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~Já se passou um mês, me machuquei muito, Ana anda ocupada e não tem tempo pra mim, Jake veio aqui mas depois daquilo colocaram guardas nos dormitórios, eles o levaram e depois disso ele só me segue até aqui, sinto minha cabeça doer...Me levanto da cama e começo a pentear meus cabelos, como ter forças? Não consigo tirar Taehyung e suas expressão triste no rosto antes de voar para longe de mim, abro a porta do dormitório e caminho pelo corredor, as pessoas só entram com carteirinha de aluno, encaro o céu tão azul, vejo as nuvens no horizonte, essas eram escuras, irá chover? Caminho até a cantina e vejo Ana com livros juntos a pessoas que não conheço ~

S/N- Não vou encomodar...

~Desvio da cantina pegando o dinheiro no bolso, dá pra comprar besteiras...Saiu do colégio e caminho pela calçada, procuro ao meu redor Jake, caso ele apareça, eu vou bater a cabeça dele na calçada ~

S/N -Acho que não o verei hoje.

~Paro na calçada e respiro fundo~

S/N -Qual é o problema? É só andar, droga...

~Me sinto um lixo, estou tão horrível, pior, eu só dormi esses dias...Fome?difícil mas vou comer alguma besteira, entro na cafeteria e me sento na cadeira, logo vem um garçom e lhe peço várias coisas, nada saudáveis, no máximo que diria saudável o café com leite, consumo tudo aos poucos e devagar querendo que o tempo passe devagar, sinto meu celular vibrar várias vezes mas como todos os dias, eu não atendo, não sei quem é mas também não faço questão de saber, estou tão pra baixo, assim que chamo garçom ele vem, ele me diz a conta~

S/N -Nossa...Achei que ia ser mais...

Garçom- Não, é isso mesmo...Me desculpe mas você está bem?

~Nossa, estou muito ruim mesmo hein, se o garçom tá vendo...Eu tô péssima ~

S/N-Estou bem...Obrigada por perguntar...

~Ele me comprimenta assim que lhe pago e recolhe as coisas, assim que levanto vejo Jake e minha mãe,  sentando em uma cadeira distante mas próxima a porta, ignore eles, ignore eles apenas isso, caminho em passos rápidos pegando o celular e franzindo a testa por ver que é um número desconhecido, tem mensagens mas antes de abrir elas vejo alguém parar a minha frente~

Mae-Querida, volte pra casa...Eu sinto a sua falta.

S/N-Desde quando? O que está fazendo aqui?

Mae-Querida...

~Ela segura minha mão e me sinto irritada e chateada, mais do que estou~

S/N- Não! Não encoste em mim...

~Puxo minha mão pra perto do meu peito e encaro a mesma~

Mae- Você é egoísta! Só pensa em si, você nunca pensou em cuidar de mim.

S/N- Eu cuidava! Quando você chegava tinha comida pronta e eu te dei várias vezes banho! Eu implorei que parasse!

Mae-Eu estava sofrendo!

S/N-EU TAMBÉM ESTAVA!

~Digo segurando o choro e a vendo encher os olhos de lágrimas ~

S/N- Não chore! Você nunca quis uma filha! Nunca me quis!

~Ela põe a mão na boca e sinto minha garganta doer~

S/N- Você nunca me amou mãe...Você fazia e sempre fez questão de me mostrar, você me batia! Me xingava...Acha que eu não sentia falta do papai? Acha que não sinto? Você é a egoísta, você não pensou se eu ficaria pior! Você não se juntou a mim, pra nós consolarmos, você apenas me abandonou! Você apenas me usava pra tapar um pouco da sua dor! Me fazendo dor! Você é isso ai e não passa disso...

Mae- Por isso eu preferia o seu pai...Do que você...Você machuca as pessoas com esse seu jeito depressivo!

~Ela diz chorando, encaro a mesma e digo as palavras que estão em meu coração~

S/N- Você nunca foi uma mãe, você sempre foi apenas uma pessoa desequilibrada dentro de casa..Espero que continue com sua diversão idiota de beber...Continue! Espero que não sinta minha falta, espero que me odeie...

~Aproximo meu rosto do dela e encaro seus olhos cheios de lágrimas~

S/N-Porque eu odeio você mamãe.

~Me viro indo a porta do lugar parando na mesma~

Mae- Você é um monstro s/n! Você não ama ninguém!

~Saiu da cafeteria me sentindo pior do que estava, caminho com os olhos pesados e um corpo cansado, sinto os chuviscos mas continuo indo em direção ao dormitório, entro no meu quarto e me sento no chão fazendo a porta encostar na parede deixando tudo escuro com apenas um feixe de luz, abraço meus joelhos e choro, choro alto mas não alto para que me escutem é apenas pra dor ir, ela nunca vai definitivamente, ela só adormece, sinto meu rosto molhado e minha cabeça doer tanto, me levanto tropeçando e caindo no chão, me levanto devagar e fico em pé novamente, chorando eu entro dentro do banheiro, eu rezo a deus que me perdoe...Sinto o ferro passar pela pele várias vezes, várias e várias, a dor dos meus pulsos são feitas por mim mas a dor maior é feita pelos outros, porque meu pai teve que ir?~

S/N-Pai...Papai...

~Eu sei...Eu sei que ele me consolaria e pedir desculpas pela minha mãe, vejo a pia melada de sangue e caminho pela casa indo em direção a porta, sinto o líquido quente escorrer pelos meus braços e abro a porta, lá está a chuva, não a ninguém, ando devagar indo a entrada do colégio, já está escuro, por quanto tempo chorei? Caminho pela calçada sentindo a chuva gelada molhar os tecidos em mim, meus cabelos, meu corpo, meus cortes ardem mas não choro por eles, choro porque desta vez funcionou...Sinto minha visão ficar escura e turva mas continuo andando, andando e andando, minhas pernas já doem, sei que é noite, posso ver como o céu está escuro, as pessoas estão com seus guarda-chuvas e não me enxergam, melhor assim, sinto andando grama entre meus dedos dos pés e logo percebo que nem de sandálias estou, ignoro e continuo andando, vendo que estou em um parque, eu já vim aqui...Caiu na grama de joelhos e me levanto com dificuldade depois de um tempo, a chuva deixa meus olhos turvos, me sinto fraca e pesada, minhas pernas tremem e caiu na grama de novo, tento me mover e falho miseravelmente, me sinto fraca que nem chorar mais eu consigo, tento manter meus olhos abertos e apenas vejo sapatos pararem a minha frente, sinto mãos quentes em mim mas logo apago...Espero que desta vez eu tenha ido...Que seja meu fim.

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Anjo da Morte-TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora