Capítulo 24

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Diego bate com toda força no poste, fico inconsciente por alguns segundos, e quando olho para o lado, o mesmo está com sua testa ensangüentada.
-Jade, você tá bem?
-To, e você?
-Sim...mas anda, vem logo, a gente precisa sair daqui, não temos tempo.

Corremos rapidamente para um depósito velho, e fedido. Diego disse que ali era seguro, e que um amigo infiltrado na polícia iria despista-los.
-A gente vai ficar por aqui por quanto tempo?
-Até o Leonel me dizer que tá tudo limpo. Não posso arriscar sair daqui no meio de tudo, não posso ser preso.
-Puta merda, que caralho eu fui me meter? Só me responde uma coisa, eu to sendo procurada também?
-Sim.
-CARALHO, QUE DROGA!
-Calma, Jade.
-Calma? Ok, Diego, ok. Eu não vou falar mais nada, porque da última vez que ouvi essa merda de calma, batemos com a droga do carro.
Gemo de dor e percebo que estou com um corte imenso na barriga, como eu não havia sentido isso antes?
-Jade? Ei? Tá tudo bem?
-Ta, não é nada.
-Como assim não é nada, olha o quanto de sangue tem no chão.
-Diego, me deixa, eu sei me virar.
-Nao, não sabe. Me deixa te ajudar.
-Não, sai. Arrrrrrg, que DROGA. A dor volta mais insuportavelmente.
-Jade, merda, vem aqui.

Diego conseguiu fazer um curativo e estancou também a hemorragia. Eu precisava ir ao médico urgentemente, estava perdendo muito sangue. O corte estava ficando cada vez mais feio, e eu não aguentava nem por mais um segundo ficar nessa merda de lugar.
Resolvo fechar meus olhos e ignorar a presença dessa dor, pegando rapidamente no sono.

-Jade, ei, acorda.
-Hm, o que é?
-A barra já tá limpa, vem, vamos, eu te ajudo a se levantar.
-Não precisa, eu consigo.
Levanto com dificuldade, e vou seguindo Diego.
-De onde esse carro surgiu?
-O Leonel arranjou pra mim. Vamos logo, a gente precisa chegar o quanto antes no prédio.
-Nao vamos para o morro?
-E tu acha que eu vou de carro? Voce tá quase morrendo aí, precisa de um médico.
-E como nós vamos?
-De helicóptero, né?!

Depois de uma eternidade, chegamos no tal prédio. A dor ficava cada vez mais insuportável, e parecia que eu iria morrer. Minha visão já estava ficando turva e minha cabeça começara a doer muito.
-Jade, ta tudo bem?
-Sim, tá sim...
-Voce tá pálida.
-É só impressão sua.

Seguimos com o voo, e assim que aterrissamos, toda imagem fica preta, e logo fico insconsciente.

DIEGO NARRANDO

Jade desmaia assim que chegamos no morro. Corro com ela nos braços gritando socorro.
-Jade, ei, amor. Acorda, acorda, Jade. RÁPIDO, alguém chama uma merda de médico. CADE MEUS VAPORES?
-Oi, chefia.
-Chama a porra de um médico agora. Não tá vendo?
-Desculpa, eu to indo, calma.

Depois de alguns minutos, e bastante estresse, finalmente a ambulância chega e leva Jade para o hospital. Mando Cristal ir com ela, e me avisar sobre tudo. É foda não poder estar com ela nesse momento.

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