Capítulo 15

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             DIEGO NARRANDO

Pensei bastante sobre o que o Henrique conversou comigo. De fato, já tenho deixado a Jade tão decepcionada, sei lá, ela só se afasta de mim, e a maioria das vezes a culpa não é minha, eu realmente não a entendo. Hoje depois de ter falado com o Henrique, fui atrás da Juliana, ela pode ser a chata que for, a mais insuportável desse morro, mas porra, que puta foda que eu dou com ela, eu precisava daquela sentada que só ela da, fala sério, aquela mulher transa muito gostoso, mas só presta pra isso também.
Chegando na casa rosa, levei ela pro seu quarto, até porque, não carrego qualquer uma para o meu. Começamos a nos beijar, mão pra lá, mão pra cá, até que tava gostosinho, não vou mentir e dizer que tava uma merda, mas não consegui ultrapassar com ela, meu pensamento só focava na Jade, e não deixei nem que ela me desse uma mamadinha. Deixei Juliana de lado, e saí do quarto fingindo que nada tinha acontecido, mas aí, como eu esperava, a chata veio atrás.
*Flashback On*
-Diego? Onde você vai? Não tava gostoso não? Posso te deixar mais excitado. Juliana fica de joelhos e coloca meu pau pra fora. Dou uma empurrada nela, fazendo-a cair no chão.
-Já disse que não quero. Vai, vaza, sai daqui.
-Voce tá assim por causa daquela putinha mal comida da Jade? Me poupe, Diego, você já foi melhor. Juliana chega perto do meu pescoço, dando leves beijos.
-Você não ousa falar da Jade perto de mim, muito menos mal. Cravo minhas mãos no seu rosto e empurro-a contra a parede. -Ja mandei você vazar, sai, chispa.
-Você não era assim, eu te amo, Diego, e sempre vou te amar. E se eu não posso te ter, ninguém mais vai. Juliana sai chorando e bate à porta com força. Nem dei atenção ao o que essa louca disse, se ela tentar fazer algo contra a Jade, vai acabar se fudendo feio comigo, e muito, por sinal.
*Flashback Of*
Depois desse episódio ridículo, resolvo tomar um banho e tirar o cheiro daquela maluca. Subo, e faço todas minhas necessidades, escolho uma roupa legal, e mando todas as meninas para o salão, ou pra fazer qualquer coisa, só quero que nenhuma delas me atrapalhem enquanto eu estiver com a Jade, por isso, ordenei para que nenhuma delas voltassem para casa hoje.
Mando um radinho pro Henrique, e peço a ajuda dele, por incrível que pareça, nunca fiz um jantar romântico, muito menos já pedi alguém em namoro, então, não faço ideia de como isso seja. Henrique apareceu com varias flores rosas, taças, um bom vinho, e uma comida de um restaurante mega chique. Pedi para que ele comprasse alianças também, se for pra fazer algo, que seja bonito, grandioso, e legal. Subo para meu quarto, e escrevo com as pétalas, em minha cama, um enorme e clichê "quer namorar comigo?", ok, bem brega, mas até que gostei, surpreender as vezes cai bem. Depois de terminar, desço e começo a arrumar a mesa, coloco uma música ambiente, até que sou interrompido por uma chamada em meu rádio.
-Chefe? Câmbio, responda.
-Fala, rato, o que tu manda?
-Mano, achamos uma policial infiltrada aqui no morro, tava passando informações para seu distrito, o que a gente faz com essa puta?
-Merda, logo agora? Trás essa mulher aqui no meu barraco, vou mostrar pra ela como é se meter com quem não deve.
Espero a chegada do Rato e ligo para um contato meu.
-Fala Diego.
-Fala Diego? Fala Diego é o caralho, você me prometeu que ninguém se meteria em nossos negócios, agora eu encontro uma policial infiltrada aqui no meu morro? É assim que a gente vai pra frente? Resolve essa bagunça agora, quero nem saber, você deveria ter ciência dessa merda, agora segura essa pica.
Desligo estressado, e nem espero o merdinha me responder.  Logo que olho, a mulher tá na minha frente. Está com roupas normais, como se fosse uma moradora mesmo. Parece bonita, cabelos loiros, olhos claros, mas não consigo identificar muito pelo sangue que encontra-se em seu rosto.
-Ela trabalhava no salão como cabeleireira, senhor. Já tá aqui faz uns 6 meses, ninguém nunca tinha desconfiado, até que um morador viu ela tendo algumas conversas estranhas, dai denunciou. Fizemos um levantamento, e descobrimos que a gracinha aqui é uma policial.
-Engraçado, você veio aqui em qual intuito? Suicídio? Acha que ninguém nunca ia descobrir? Debaixo dos meus olhos? No meu morro? NADA passa por mim, aprenda isso. Agora, só pela sua audácia, vamos começar a brincadeira.

Depois de uns 20 minutos batendo na policial, a sala já se encontrava cheia de sangue, e toda surpresa que preparei pra Jade, de fato foi por água abaixo. A mulher é até que bem resistente, não nos deu informações, e continua apanhando que nem doida, não me sinto bem em fazer isso, mas eu não posso deixá-la impune, muito menos quando isso se trata do meu morro, da minha vida.
-Pois bem, a mocinha não vai nos falar nada?
-Eu não tenho nada pra falar pra vocês. A mesma cospe sangue. -Prefiro morrer a entregar meus colegas de trabalho.
-Tudo bem, então. Rato, pega a policial e amarra na árvore, vamos dar uma queimada em alguém hoje.
-Mec, chefia.
Viro de costas pra limpar o sangue que se encontrava em minhas mãos, até que um som familiar invade meus ouvidos.
-Di-diego?
Olho para trás, e vejo Jade com uma expressão totalmente assustada, merda, não era pra ela ver isso.
A mulher olha desesperadamente para Jade e começa a gritar.
-Foge, Jade, sai daqui, foge!
Jade começa a chegar pra trás e esbarra com um dos meus vapores, ela olha pra trás, e o mesmo vira pra ela e fala:
-Vai aonde, Jade? Fica aqui e observa o que acontece com uma policial que tenta se infiltrar em nosso morro.
Jade vira pra mim com os olhos cheios de lágrimas, e meu pensamento se encontra cada vez mais confuso. Por que essa mulher mandou ela fugir?

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