No ensino fundamental, Donghyuck era cercado de muitos amigos. Ele poderia quase se nomear popular naquele período. Sua personalidade divertida e seu jeito extrovertido atraia muito fácil as pessoas, o permitindo sempre estar em bando.
Talvez conhecer sua antiga escola há tanto tempo o desse mais confiança para buscar amizades. Ou talvez as pessoas lá fossem só mais amigáveis.
Quando estava prestes a entrar no ensino médio, sua mãe achou interessante que a mudança de instituição fosse feita porque, além da sua atual escola ser mais perto de casa, o ensino dela era prestigiada por toda cidade.
No primeiro momento, não ligou tanto assim. Por que se importaria? Donghyuck poderia se adaptar facilmente, certo?
Errado.
O ambiente era mais opressor que sua pacata escola de ensino fundamental e as pessoas ali eram mais fechadas em seus próprios grupos. Então, para um novato como ele, nem mesmo seu sorriso aberto ou sua atitude confiante o ajudou a ter amigos. Passou o primeiro ano sozinho, se não fosse por Daehee que sempre fazia questão de trocar um intervalo com as amigas para ficar com ele.
Com isso, prometeu a si mesmo que no segundo ano, tudo mudaria. Ele se tornaria tão popular como era antes.
Infelizmente, tudo passou a dar errado. Primeiro que o interesse repentino de quase metade da população masculina da escola em sua irmã o atrapalhava e o fez criar uma reputação ridícula. Coisa que atrapalhou até mesmo na aproximação a sua antiga paixão, Jeno Lee, que nasceu ainda no seu primeiro ano.
Segundo que tinha Mark Lee. Mas essa história já havia sido contada diversas vezes.
O engraçado foi Park Jisung, que teve tanto interesse em sua amizade, alegando motivos tão sem contexto, mas que havia atraído Donghyuck, sensível por ser sempre sozinho, a ponto de confiar nele para absolutamente tudo.
Inclusive sua irmã.
Talvez tivesse sido seu maior erro.
Chegou em casa, fechando a porta principal sem colocar muita força, como se a tivesse perdido pelo caminho da volta. Donghyuck estava com dor de cabeça e se sentia sozinho outra vez, como se não houvesse mais ninguém, apesar de essa não ser a verdade.
Perder um amigo era estranho, mas não era um sentimento novo. Queria chorar, mas ao mesmo tempo, não queria. Principalmente porque não se sentia errado naquilo tudo.
A diferença é que imaginava todo mundo, menos Jisung.
Arrastou as pernas degrau por degrau, dando graças aos céus quando chegou ao topo da escada, de lá apenas indo para seu quarto e se trancando. Jogou a mochila no chão de qualquer jeito e se deitou na cama sem nem mesmo retirar o casaco. O calor nem incomodava tanto.
Outra vez, Donghyuck se encontrava sem amigos. E mesmo que naquele momento, pensasse que para se ter um amigo como o Park, preferia não ter, não podia desconsiderar todas as vezes que o garoto o ajudou de verdade.
Só não entendia porque ele não havia sido sincero desde o princípio.
Obviamente que o afastaria de Daehee, porque se fosse considerar a expressão de peixe morto sempre presente na face do Park, nunca que pensaria que ele seria adequado para a Lee.
E dificilmente se tornariam amigos.
Bufou, esfregando as mãos pelo rosto. Estava começando a ficar confuso sobre o que seria melhor no fim. A porcaria da amizade de Jisung havia sido especial, ainda que ela tivesse sido usada para algo tão baixo.
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No Way
Fiksi PenggemarDonghyuck certamente fez más escolhas. Desde comprar papéis até escrever uma carta romântica para um garoto que provavelmente nem sabia seu nome. A junção daquelas escolhas resultou em apenas uma consequência: Mark Lee.