Capítulo 6

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Uma semana se passou e Felicia e Michael se viam todos os dias. Como não tinha um jeito de despistar ou dispensar a vigilância sobre o menino, o agente encarregado pela sua segurança sabia que os dois andavam juntos. A jovem sabia que, mais cedo ou mais tarde, seu chefe acabaria descobrindo e alertaria-a sobre os perigos daquela relação.

Ela e Christopher estavam na cede da Interpol, um lugar escondido que apenas algumas pessoas tinham acesso. A moça estava sentada em sua mesa, rodando a sua arma e esperando que alguma pista sobre seu caso caísse na sua frente enquanto imaginava motivos para o sumiço do seu parceiro.

- Agente Foster, preciso falar com você. - o senhor Flirman a chamou, assim que passou pela sua mesa, fazendo-a segui-lo.

- Houve alguma coisa? - ela perguntou, fechando a porta atras de si.

- Você sabe que aqui nós não impedimos que nossos agentes namorem, mas, devida as atuais circunstancias, não acha perigoso demais se envolver com aquele rapaz?

- Eu penso nisso todos os dias antes de dormir, senhor.

- Felicia, - ele disse, segurando a mão da jovem - escuta o que lhe digo, ele vai estar muito mais protegido longe de você, por mais que isso destroce seu coração.

- Eu sei disso, só não sei se tenho coragem de abandona-lo de novo. - confessou e ele beijou sua mão, fazendo-a sorrir fraco.

- A vida é feita de sacrifícios. Lembre-se como poderia ser diferente o final da minha história com Meredith.

- Me lembrarei.

- Dispensada.

A jovem concordou, saindo da sala logo em
seguida. Ela se encaminhou de volta à sua mesa, com a mente extremamente longe dali. Sentou-se em sua cadeira e bufou ao notar que estava sozinha, acompanhada apenas de seus sentimentos conflitantes.

- O que o chefe queria? - Christopher perguntou, parado atras da menina, apoiado em sua cadeira.

Ele não tinha parado em sua mesa um minuto sequer naquele dia e tudo o que ela queria era ele ali para ajuda-la a arrumar seus pensamentos. A menina sabia que suas ações estavam erradas, mas o simples pensamento de perder Michael mais uma vez, partia o seu coração em milhões de pedaços.

- Abrir meus olhos. - sua voz saiu fraca, quase que um sussurro, tentando mascarar todo o seu sofrimento.

- Cade aquela mulher decidida que eu conheço? Que não deixa se abalar fácil. - ele falou, se agachando na frente dela.

- Se apaixonou.

- Você não se apaixonou, você sempre foi apaixonada por ele. O problema é que agora você o tem perto demais e as tentações estão a flor da pele.

- E o que você me aconselha fazer?

- Você já sabe o que eu vou dizer, a mesma coisa que o chefe lhe falou e a mesma coisa que a sua razão está gritando dentro dessa cabeça. - ele disse, tocando a cabeça da menina, fazendo-a ri fraco com aquele ato - Só quero que você tenha em mente que, independente da sua escolha, eu vou estar aqui para te dar o maior apoio possível.

- Obrigada. - ela sussurrou no seu ouvido, escorregando da cadeira e caindo sentada em seu colo - Eram essas palavras que eu precisava ouvir.

Christopher enterrou o rosto na curva do pescoço da jovem, apertando-a em seus braços. Se soltaram ao ouvir passos vindo na direção dos dois, se levantaram e ficaram surpresos ao verem o agente Flirman entrando na sala onde a mesa de ambos ficavam e fechado a porta.

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