Capítulo 11

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Mais um mês tinha se passado e as únicas noticias de Michael que Felicia tinha acesso eram as que saiam nos sites de fofoca. Alguns escândalos em boates, sempre envolvendo ele e alguma menina, e vários shows lotados pelo Reino Unido.

A jovem estava focada, determinada a acabar de uma vez com essa missão para poder voltar para França. Ela fingia não se importar, tentava não sentir ciúmes ou raiva, mas era praticamente impossível. Estar em outro país, na sua mente, a ajudaria a esquece-lo ou, pelo menos, enterra-lo fundo na sua mente.

- Não entendi o motivo desse cara ainda estar aqui. - ela reclamava, sem um pingo de paciência.

Felicia estava recostada na mesa que compunha a sala paralela a dos interrogatórios, de braços cruzados. Christopher, que fazia companhia à jovem, comia uma rosquinha enquanto encarava o último capanga que os dois prenderam pelo vidro que ocupava grande parte de uma das paredes dali.

- Parece que o chefe ainda tem esperança de que alguém faça-o falar.

- É mais fácil o Redmor cair nas nossas cabeças agora do que ele falar alguma coisa. - ela estava indo na direção da saída quando a porta foi aberta rapidamente.

- Depende de qual Redmor você se refere, agente Foster.

Luke entrou na sala com seu notebook em mãos, depositando-o na mesa. Os dois agentes se viraram na direção da tela que mostrava uma filmagem de alguma das câmeras de segurança que ficavam espalhadas pela cidade. Ela mostrava um homem que estava visivelmente querendo se esconder mas que, por pura distração, virou sua cabeça, deixando seu rosto todo amostra.

- Eu pesquisei em todos os bancos de dados e eis um Redmor.

- O irmão... - Luke apenas concordou num aceno.

- E você sabe onde ele está hospedado?

- Não, mas ele é viciado em aposta e vai todos os dias para esse bar. - ele apontou para uma porta grafitada - Essa é a chance que vocês precisavam.

- Nos dê o endereço, Luke. - a menina pediu, indo novamente em direção a saída.

- Vocês vão agora?

- Ele está lá? - ela perguntou, segurando a porta.

- Sim.

- Então vamos.

Dizendo aquilo, Felicia saiu e fechou a porta atras de si, deixando Christopher e Luke atônitos na sala. Ela já estava praticamente pronta quando seu parceiro finalmente chegou na sala que dividiam. Ele ficou observando-a por um tempo, sem falar nada, preocupado com ela e com que a mesma estava prestes a fazer.

- Por que você está parado ai? Se arrume.

- Por que toda essa pressa? Você sabe que, sem uma estratégia, pode dar tudo errado.

- Eu não aguento mais essa cidade, Chris. - seu rosto adquiriu uma expressão cansada, enquanto o olhava profundamente.

- Ok, eu entendo do que você está tentando fugir, mas eu não vou deixar você receber outra bronca do chefe atoa.

- Você está certo.

- Eu sempre estou. - ele lhe lançou um sorriso e sua mão - Agora vem, temos um plano para fazer.

Os dois foram juntos à mesa de Luke para fazer algumas especulações. Os três passaram horas esque‐ matizando como Christopher e Felicia agiriam no dia seguinte, vendo filmagens, decorando movimentos, delegando possíveis erros.

- Vai dar certo. - agente Flirman falou, assim que lhe foi apresentada a ideia.

A noite passou depressa e, quando ambos despertaram no dia seguinte, era hora de começar todos os preparativos. Já passava da hora do almoço quando o rapaz estacionou na calçada contrária a da porta do bar e esperaram. Ao verem Jason Redmor entrando, sabiam que havia chegado a hora. - Pronta?

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