- Sr. Lee, o Mike está em casa?
Felicia e Christopher disputavam espaço em frente a bancada do porteiro do prédio de Michael. Durante todo o caminho, a jovem tentou falar com o rapaz em todos os telefones que ela tinha dele e nenhum atendia.
- Eu não o vi descendo, Srta. Foster.
- E o senhor esteve aqui o tempo todo?
- Sai por cinco minutos, só. - o casal se entreolhou.
- Eu preciso subir.
- Vou ter que informa-lo que os senhores estão
aqui. - Christopher se remexeu e, no segundo seguinte, apontava o seu distintivo para o senhor a sua frente.- Nós vamos subir.
Sem mais resistência, os agentes seguiram apressados na direção do elevador. Como se fosse faze-lo chegar mais rápido, Felicia não parava de pressionar várias vezes o botão do andar da casa de Michael, tamanho era o seu nervosismo.
Assim que o elevador começou a perder velocidade, indicando que estava prestes a parar no seu destino, os dois aprontaram suas armas. A porta do elevador, como sempre, estava destrancada, mas o que alarmou a jovem foi a porta do apartamento dele também estar.
Entraram os dois com as armas em prontidão e se dividiram para vasculhar o apartamento inteiro em menos tempo. Felicia foi a primeira a voltar para a sala, nervosa por não ter encontrado nada fora do lugar e, assim que viu o parceiro se aproximar com o mesmo semblante, o resto de esperança que lhe restava fora exterminado.
- Não tem sinal nenhum dele ou de onde ele possa estar. - ela disse, sentando no sofá e apoiando a cabeça nas mãos.
- Nós vamos encontra-lo. - Christopher se sentou ao seu lado, trazendo sua corpo para perto, envolvendo-a num abraço.
Sem terem mais o que fazer ali, voltaram para a cede. Felicia parecia apenas triste, mas uma raiva estava começando a consumir o seu interior e, assim que entrou no local onde trabalhava, foi direto para a sala de interrogatório, deixando Christopher contando os últimos acontecimentos para Luke.
- Saia.
- Agente Foster? O que...
- Eu mandei você sair.
Ela apontou a arma para ele, com os olhos afixados em Jason e, como não tinha como se defender, o outro agente que tentava fazê-lo falar mais alguma coisa, saiu. O sorriso debochado que o réu tinha estava deixando-a ainda mais irritada.
- Achava que a Interpol tinha agentes mais inteligentes que esse que você expulsou daqui. - ele a olhou por inteira - Você nunca acertaria nele olhando para mim.
- Eu nunca atiro para errar.
Com um sorriso debochado no rosto e ainda encarando-o, a jovem acertou exatamente o meio do relógio de parede que tinha naquela sala. Ele encarou o aparelho, surpreso pela precisão da mulher na sua frente, mas logo voltou a olha-la.
- Todos devem saber o quanto a sua mira é boa.
- Sabem e agora que você também sabe, que tal me falar para onde o seu irmão levou o Michael? - ela foi ao ponto e ele fingiu pensar por um segundo que foi cortado por outro tiro.
- Você não vai me matar. - seu sorriso reapareceu - Você precisa de mim para salvar o seu querido cantor de merda.
- Quem disse que eu vou te matar? Eu vou brincar com você. - nesse momento, ela tirou todas as balas que cabiam na sua arma e segurou apenas uma, mostrando para ele - Já sabe qual a brincadeira, certo?
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Mystery Girl
General FictionFelicia está a anos na França, soterrando todos os sentimentos que possui por Michael com a ajuda do seu trabalho, que ocupa a maior parte do seu tempo. Porém, essa ajuda se torna ineficaz uma vez que ele a obriga voltar para Londres. Ela nunca pens...