I Like Me Better

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JUSTIFICATIVA DE UMA AUTORA AUSENTE: Nunca fui de falar muito da minha vida aqui, mas sinto que devo resposta por ter permanecido ausente nos últimos meses. ILMB surgiu de um momento de muita confusão e dor e foi uma maneira de terapia que se encaminha para a alta em algumas semanas. Uma história que me trouxe entre tantas outras coisas alívio e puramente amor.  Durante o ano passado todo me preparei para algumas provas de vestibulares cujo principal resultado sai dentro de algumas horas, mas cá estou eu escrevendo isso pros corações que eu havia deixado ao relento, queridas leitoras. Nos últimos meses iniciei um trabalho que suga boa parte da minha energia e por isso tem sido difícil simplesmente parar e buscar inspiração para escrever. Peço que compreendam e compreendam que o final é apenas o começo de algo novo e brilhante para todas nós. Espero que se divirtam com o capítulo pelo qual esperaram durante todo esse tempo, que sintam na pele o arrepio de cada palavra escolhida e que se emocionem como eu me emocionei durante várias vezes durante a escrita. Enfim, boa leitura. 

Heidy, eu sei que você está por aí, esse é pra você. 

você vai embora

mas é como se não tivesse ido

por que você age assim

por que você

abandona o que quer guardar

por que você continua

onde não quer ficar

por que você acha que é ok ir para duas direções

ir e voltar ao mesmo tempo (Outros Jeitos de Usar a Boca)

-Então, Camila, o que vai ser? -Lauren perguntou mais uma vez enquanto assistia o olhar incerto da outra mulher.

-Eu não sei, tá bem? -a cubana exasperou sem ar ao passar a mão pelo cabelo irritada e confusa ao mesmo tempo, sua mente não parecia capaz de se ver livre da imagem de Lauren como uma droga de alguma forma necessária. O lance sobre vícios é que a abstinência pode ser tão cruel quanto alguns de seus efeitos. -Eu não sei se eu consigo-

-Lauren, eu preciso de ajuda com um dos artigos. -o homem cujo nome Camila aprendera ser Steven disse ao encarar as duas de longe e apontar para o apartamento.

-Eu já vou, eu só preciso- a morena começou sem jeito ao dividir a atenção entre os dois adultos.

-Ela é toda sua. -a cubana informou com firmeza acompanhado de um sorriso leve.

-Espera, Camz, a gente não terminou essa conversa.

-Eu sei. -Camila mordeu o lábio, um sinal de nervosismo que ficara mais intenso com os anos. -Mas eu realmente preciso pensar sobre isso, Lauren.

A morena assentiu, algo na maneira como Camila a olhara antes de se virar lhe dera esperança de que as coisas entre elas pudessem realmente ir a algum lugar no futuro, mas ela não podia se permitir ter esperança quando os muros construídos ao redor da cubana ainda pareciam tão resistentes. Por outro lado, ela sabia que honestidade era a única maneira de assegurar que dessa vez as coisas seriam diferentes e algo lhe dizia que permitir que elas permanecessem naquele estado de latência confuso definitivamente não era a melhor escolha.

-Eu não sei como te agradecer por hoje. -Steven era loiro e alto, seus ombros eram levemente curvados quase como se ele tivesse um medo inconsciente de que sua cabeça atingisse o teto. Seu rosto era fino e enfeitado por traços delicados, um cabelo curto desgrenhado e óculos redondos que faziam Lauren não raramente se lembrar de um desenho animado.