𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐅𝐈𝐕𝐄

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⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐅𝐈𝐕𝐄:
⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐎 𝐌𝐄𝐃𝐎 𝐃𝐀 𝐏𝐀𝐑𝐓𝐈𝐃𝐀
⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐐𝐔𝐄 𝐋𝐎𝐆𝐎
⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐂𝐇𝐄𝐆𝐀𝐑Á

Aquelas palavras foram o bastante para me deixar com uma pulga atrás da orelha, afinal, o passado sempre foi importante, porque através dele poderíamos melhorar e ver o que estava errado ou o que deu errado

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Aquelas palavras foram o bastante para me deixar com uma pulga atrás da orelha, afinal, o passado sempre foi importante, porque através dele poderíamos melhorar e ver o que estava errado ou o que deu errado. As consequências de um presente vinham de um passado.

Para Henry, contudo, parecia que o passado era só o passado. Assim, depois de mais um sorriso de satisfação por parte dele, senti a atmosfera à nossa volta pesar. Enquanto eu observava o rosto do homem à minha frente, juntamente com aqueles olhos verde-escuros, tentando procurar qualquer história escondida, notei que estávamos sozinhos. Não havia mais ninguém além de nós dois, como se Henry tivesse conseguido expulsar qualquer coisa que o deixasse desconfortável. E isso significava que qualquer coisa vinda de seu irmão mais novo não estava mais ali.

E, mesmo sentindo o meu coração diminuir a pulsação, busquei não mostrar o meu desespero. Harry me avisou daquilo mais de uma vez, qualquer aproximação com Henry que causasse um sentimento que não fosse o ódio, ele se afastaria de mim, porque de alguma forma a presença de seu irmão o enfraquecia. Era até estranho, afinal de contas, Harry sentia raiva o suficiente para matar uma pessoa, então por que com Henry era diferente?
     — Preciso voltar ao trabalho — murmurei, tentando quebrar aquela ligação que começava a ser criada entre Henry e eu, enquanto este fitava os meus olhos.
    
Ele soltou o meu rosto e senti o oxigênio voltar novamente para os meus pulmões.
     — Ainda estamos no nosso turno... Você se sente bem, Melissa? Está ficando tão pálida… — comentou, quando abracei o meu próprio corpo. Devido a ausência total do Harry, automaticamente os meus olhos fitaram o espaço onde ele deveria estar, o que foi extremamente errado, porque Henry continuava olhando para mim. — O que estava olhando? — quis saber ele, dando uma rápida observada para onde os meus olhos escaparam. — Você está mesmo se sentindo bem?
    
Imaginei Harry de todas as formas, os seus sorrisos verdadeiros e a natureza dos seus olhos. Relembrei os nossos beijos com sentimento e a vez em que eu sonhei que estávamos felizes e apaixonados, sozinhos e sem mais ninguém. Eu o queria de volta, para que ele preenchesse aquele buraco criado no meu peito. Mas onde ele estava?
     — Eu... não sei.
     — Melissa?

Henry rapidamente se preocupou e mais uma vez se aproximou de mim, envolvendo os meus braços e buscando me manter de pé. E aquilo era tudo o que eu não queria, porque estar próxima dele significava estar longe do Harry.
     — Não…
     — Olha pra mim..., você está gelada — continuou o homem, e então eu passei a sentir tonturas, as minhas pernas fraquejaram e tudo se apagou. Só o que ouvi foi a voz do Henry me chamando, e me chamando, e me chamando…

Abri os olhos e dei de cara com uma luz oscilante. Instantaneamente passei a mão pelo rosto e tentei me recordar do que havia acontecido. Percebi que estava em um consultório e logo aquele mesmo homem de olhos verde-escuros se aproximou.
     — Como está se sentindo?     
     — O que aconteceu?   
     — O nível de glicose no seu corpo estava baixo demais — respondeu Henry, tocando a minha testa —, e então eu trouxe você pra cá.
     — Ah…
     — Você está abaixo do peso, Melissa — comentou, me analisando como se eu fosse a sua paciente. Resolvi sentar, buscando estar longe do seu toque —, e provavelmente foi isso o que a fez desmaiar. Você não está se alimentando direito.

hope • hs | book 1 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora