Já era umas dez hora quando fui tomar banho e me arrumei. A casa já estava silenciosa então era sinal que meus pais foram dormir. Estava no meu quarto, deitada na cama mexendo no celular. Recebo um sms, era do Christopher dizendo para o esperar lá fora agora, eu estranhei então perguntei pra que e ele respondeu um simples "vai logo", sim, ele é muito ignorante. Saí do meu quarto e desci sem fazer barulho. Saio da casa e fecho a porta devagar. Esperei uns 5 minutos e o senhor grosso apareceu.
- Demorou!
- Vem comigo. —Ele pega no meu braço sem machucar.
- Aonde? Não posso ir, está tarde.
Ele saiu me puxando. Não tem como entender o Christopher.
- Você não pode sair me levando para um lugar que nem sei aonde é.
E de novo não disse nada. Andamos até um posto de gasolina, o Christopher disse que tínhamos que esperar um pouco. Eu tentei fazer ele falar aonde estamos indo mas ele não disse. Um carro parou perto da gente. Christopher abriu a porta de trás e me mandou entrar.
- Eu não vou entrar aí. Nem era para eu estar aqui.
- Dul, confia em mim, nada vai acontecer.
Fiquei meio tensa mas entrei, ele também entrou logo em seguida e fechou a porta.
- Eai, Matheus.
- Oi, gente. Então, essa é a famosa Dulce?
- Famosa? — Quê? Desde quando ele sabe sobre mim? E como assim famosa?
- É ela mesmo! E cuidado, a bichinha aqui é brava.
O tal Matheus começou a dirigir
- Any disse que ela é de boa.
- Mesmo assim tome cuidado.
Eu apenas observei calada e confusa. Eles ficaram conversando, me distrair um pouco pois estava olhando para o céu.
[...]
Acordo aos escutar vozes e abro meus olhos. Ainda estava no carro. Sento no banco e olho para fora pela janela. Vejo algumas pessoas, era cinco homens, e nada do Christopher. Abro a porta do carro e saio andando. Os homens me olharam mas eu continuei andando.
- Cadê esse maluco?!
Vejo o tal Matheus e aproximo.
- Matheus! Aonde estamos? Cadê o Christopher?
- Opa! Calma, o Christopher está resolvendo uma coisa.
- Qual coisa?
- Uma coisa! Agora senta aí e o espera.
Revirei meus olhos e sentei numa cadeira perto dele. Ele riu e eu o encarei.
- Tu é mesmo obediente em.
- Me diz, por que o Christopher me trouxe para cá?
Antes dele responder o Christopher aparece. Me levantei e coloquei minhas mãos na cintura.
- Não venha querer dar uma de mãe agora.
- Aonde estamos? Christopher...
- Vêm comigo, Dul.
Ele saiu andando e eu seguir, o mesmo entra numa sala e eu vou junto. Tinha um homem, também estranho. O olhei fixamente, era o mesmo homem daquela noite na casa do Christopher.
Sentir seu olhar sobre mim e isso me deixava envergonhada. Olhei o Christopher que permanecia sério e depois o tal homem misterioso.
- Está cuidando de criança agora, Christopher Uckermann? —Não houve resposta do Ucker.— Pode nos deixar a sós.
- Sério isso?
- Sai, Christopher. —O Christopher disse para mim que está tudo bem e saiu nos deixando sozinhos. — Sou o Pedro. Sente-se, Dulce.
Continuei em pé, cruzei meus braços e esperei ele dizer algo. Christopher não devia ter me deixado sozinha, que ótimo amigo eu tenho.
- Eu disse para você se sentar.
- Eu não quero. —Ele me olhou sério, muito sério. Sentei e o encarei.
- Ótimo, e não venha querer ser rebelde.
- O que você quer?
- Escutei a Anahí falando sobre você e fiquei interessado em te conhecer.
- Que lugar é esse? O que vocês fazem aqui?
- Não faça perguntas, quando chegar sua vez de falar você saberá.
Acho que ele aprendeu ser ignorante com o Christopher ou então foi ao contrário.
- Seu amigo, Ricardo, veio para cá.
- Sério? Cadê el...
- Sem perguntas. — Ele fez uma pause e continuou— Aqui é uma clínica, e trazemos pessoas para se recuperar e se sentir bem para construir a vida novamente.
Fiquei escutando ele falar e falar. Legal isso de clínica e tal. Mas como o Christopher e a Anahí acharam esse lugar? Por que eles dois nunca me contam nada?
- Você quer?
- Ah, desculpa, pode repetir a pergunta? Eu me distrair.
- Perguntei se quer ver o seu amigo agora.
- Sim, sim, eu quero! E obrigada, eu não sabia como o ajudar, e nem o que fazer com ele.
- Iremos o ajudar.
Nos levantamos e saímos da sala. O Christopher se aproxima de nós e o Pedro manda ele ir me levar até o Ricardo. Saímos andando, olhei para trás e vi o Pedro entrar novamente na sala, ou escritório.
- Me conta como você e a Any descobriram esse lugar.
- Sabia que iria perguntar sobre isso.
- Então me diz.
- Depois, não estou afim de dizer.
- Hum. O Pedro me deu medo mas depois passou.
- Ele dá medo em qualquer um.
- Tem muitas pessoas nessa clínica? Eu só vi apenas alguns homens.
- Aqueles são os que trabalham aqui, tem mais ajudantes mas já estão descansando.
- Gostei disso de ajudar, todos realmente precisam de ajuda.
- Ele abriu a clínica vai fazer três anos. A Any e eu quase sempre vem pra cá ajudar em qualquer coisa.
Dei um pequeno sorriso. Ele bateu na porta de um quarto. Vejo a porta abrir e olho o Ricardo.
- Dulce! Que bom te ver. —Ele sorriu sincero.
- Ooi, Ricardo! Digo o mesmo. —Sorri.— Como você está?
- Entrem.— Ele deu espaço e nós entramos. — Eu estou bem. Seu namorado me trouxe para cá e disse que irei melhorar aqui.
- Com certeza vai mesmo! —Ucker diz com aquele belo sorriso
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Memórias perdidas [Concluída]
FanfictionDuas pessoas diferentes podem se apaixonar? Claro que sim, os opostos se atraem, não é mesmo? Mas se o destino fazer duas pessoas que se amam se separar sempre? Você continuaria amando "A" sua pessoa? Com Christopher e Dulce não foi tão diferente...