Capítulo 17

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       Já era umas dez hora quando fui tomar banho e me arrumei. A casa já estava silenciosa então era sinal que meus pais foram dormir. Estava no meu quarto, deitada na cama mexendo no celular. Recebo um sms, era do Christopher dizendo para o esperar lá fora agora, eu estranhei então perguntei pra que e ele respondeu um simples "vai logo", sim, ele é muito ignorante. Saí do meu quarto e desci sem fazer barulho. Saio da casa e fecho a porta devagar. Esperei uns 5 minutos e o senhor grosso apareceu.

 - Demorou!

- ‎Vem comigo. —Ele pega no meu braço sem machucar.

 - ‎Aonde? Não posso ir, está tarde.

       Ele saiu me puxando. Não tem como entender o Christopher.

 - Você não pode sair me levando para um lugar que nem sei aonde é.

     E de novo não disse nada. Andamos até um posto de gasolina, o Christopher disse que tínhamos que esperar um pouco. Eu tentei fazer ele falar aonde estamos indo mas ele não disse. Um carro parou perto da gente. Christopher abriu a porta de trás e me mandou entrar.

 - Eu não vou entrar aí. Nem era para eu estar aqui.

- Dul, confia em mim, nada vai acontecer.

       Fiquei meio tensa mas entrei, ele também entrou logo em seguida e fechou a porta.

 - Eai, Matheus.

 - ‎Oi, gente. Então, essa é a famosa Dulce?

 - ‎Famosa? — Quê? Desde quando ele sabe sobre mim? E como assim famosa?

- ‎É ela mesmo! E cuidado, a bichinha aqui é brava.

        O tal Matheus começou a dirigir

 - Any disse que ela é de boa.

- ‎Mesmo assim tome cuidado.

    Eu apenas observei calada e confusa. Eles ficaram conversando, me distrair um pouco pois estava olhando para o céu.

[...]

      Acordo aos escutar vozes e abro meus olhos. Ainda estava no carro. Sento no banco e olho para fora pela janela. Vejo algumas pessoas, era cinco homens, e nada do Christopher. Abro a porta do carro e saio andando. Os homens me olharam mas eu continuei andando.

 - Cadê esse maluco?!

        Vejo o tal Matheus e aproximo.

 - Matheus! Aonde estamos? Cadê o Christopher?

 - Opa! Calma, o Christopher está resolvendo uma coisa.

 - Qual coisa?

 - Uma coisa! Agora senta aí e o espera.

     Revirei meus olhos e sentei numa cadeira perto dele. Ele riu e eu o encarei.

 - Tu é mesmo obediente em.

 - Me diz, por que o Christopher me trouxe para cá?

       Antes dele responder o Christopher aparece. Me levantei e coloquei minhas mãos na cintura.

 - Não venha querer dar uma de mãe agora.

 - Aonde estamos? Christopher...

 - Vêm comigo, Dul.

      Ele saiu andando e eu seguir, o mesmo entra numa sala e eu vou junto. Tinha um homem, também estranho. O olhei fixamente, era o mesmo homem daquela noite na casa do Christopher. 

       Sentir seu olhar sobre mim e isso me deixava envergonhada. Olhei o Christopher que permanecia sério e depois o tal homem misterioso.

 - Está cuidando de criança agora, Christopher Uckermann? —Não houve resposta do Ucker.— Pode nos deixar a sós.

 - Sério isso?

 - Sai, Christopher. —O Christopher disse para mim que está tudo bem e saiu nos deixando sozinhos. — Sou o Pedro. Sente-se, Dulce.

      Continuei em pé, cruzei meus braços e esperei ele dizer algo. Christopher não devia ter me deixado sozinha, que ótimo amigo eu tenho.

 - Eu disse para você se sentar.

 - Eu não quero. —Ele me olhou sério, muito sério. Sentei e o encarei.

 - Ótimo, e não venha querer ser rebelde.

 - O que você quer?

 - Escutei a Anahí falando sobre você e fiquei interessado em te conhecer.

 - Que lugar é esse? O que vocês fazem aqui?

 - Não faça perguntas, quando chegar sua vez de falar você saberá.

    Acho que ele aprendeu ser ignorante com o Christopher ou então foi ao contrário.

 - Seu amigo, Ricardo, veio para cá.

 - Sério? Cadê el...

 - Sem perguntas. — Ele fez uma pause e continuou— Aqui é uma clínica, e trazemos pessoas para se recuperar e se sentir bem para construir a vida novamente.

         Fiquei escutando ele falar e falar. Legal isso de clínica e tal. Mas como o Christopher e a Anahí acharam esse lugar? Por que eles dois nunca me contam nada?

 - Você quer?

 - ‎Ah, desculpa, pode repetir a pergunta? Eu me distrair.

 - Perguntei se quer ver o seu amigo agora.

 - ‎Sim, sim, eu quero! E obrigada, eu não sabia como o ajudar, e nem o que fazer com ele.

- Iremos o ajudar.

       Nos levantamos e saímos da sala. O Christopher se aproxima de nós e o Pedro manda ele ir me levar até o Ricardo. Saímos andando, olhei para trás e vi o Pedro entrar novamente na sala, ou escritório.

 - Me conta como você e a Any descobriram esse lugar.

 - ‎Sabia que iria perguntar sobre isso.

 - ‎Então me diz.

 - ‎Depois, não estou afim de dizer.

 - ‎Hum. O Pedro me deu medo mas depois passou.

 - ‎Ele dá medo em qualquer um.

 - ‎Tem muitas pessoas nessa clínica? Eu só vi apenas alguns homens.

 - ‎Aqueles são os que trabalham aqui, tem mais ajudantes mas já estão descansando.

 - ‎Gostei disso de ajudar, todos realmente precisam de ajuda.

- Ele abriu a clínica vai fazer três anos. A Any e eu quase sempre vem pra cá ajudar em qualquer coisa.

       Dei um pequeno sorriso. Ele bateu na porta de um quarto. Vejo a porta abrir e olho o Ricardo.

- Dulce! Que bom te ver. —Ele sorriu sincero.

 - Ooi, Ricardo! Digo o mesmo. —Sorri.— Como você está?

 - Entrem.— Ele deu espaço e nós entramos. — Eu estou bem. Seu namorado me trouxe para cá e disse que irei melhorar aqui.

 - Com certeza vai mesmo! —Ucker diz com aquele belo sorriso

Memórias perdidas [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora