Você me conhece?

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Conheci meu pai! Cara, ele é muito legal, fofo, lindo, simpático, perfeito, maravilhoso, divertido, etc. Se for para o descrever irei demorar séculos.

Eles fizeram perguntas e perguntas, respondi cada uma sem pressa, sabia que eles estavam preocupados comigo. Eu contei sobre o Christian ter cuidado de mim desde que sair do hospital, que agora estou na casa da tia Luh pois decidi morar aqui, e mais coisas.

- Mas agora você irá voltar para casa, filha.

- Voltar?

Eu não queria voltar morar nessa casa mas não tive escolha, e nem iria negar isso por meus pais, certo!? Eles passaram anos sem mim e o que mais querem é estar comigo.

Já estava ficando tarde então falei que precisava ir. Christopher já tinha ido embora mais cedo pois achou melhor eu ficar sozinha com meus pais.

Na manhã seguinte acordei totalmente ótima, me sentia tão bem. À tarde fiquei um tempo conversando com o Christian por ligação, até mesmo longe ele me faz tão bem. Quando deu 17:hrs fui para o lugar que encontrei o Christopher. Fiquei lá por um tempo o esperando mas nada dele chegar.

Olhei para árvore e faço careta.

- Estamos sozinhas, amigona. Aceita escutar uma música? Vai adorar me escutar cantando, ou melhor! Posso até fazer striptease para você.

Dou gargalhada e abraço a árvore.

- Não me ache louca não.

- Eu já estou achando.

Escuto a voz dele e viro rapidamente. Eu apenas dei mais risada.

- Demorou, amigão.

- Você é doida, antes era tão quietinha e tímida.

- Sério? —Vejo ele aproximando de mim e parar na minha frente.— Me conte como eu era.

- Tinha vergonha de quase tudo, e certamente nunca iria falar o nome "striptease".

- Você era só meu amigo mesmo? Eu sinto algo diferente por você.

    Christopher e eu ficamos conversando até tarde. Ele me contou como nos conhecemos e o que houve entre a gente.

         Já era noite e eu estava no quarto deitada falando com o Christian por ligação, o mesmo reclamou comigo por está me soltando demais, eu tinha falando umas coisas do Christopher por isso.

- Você tem que se comportar, Ravena... Dulce, sei lá como te chamar.
- ‎Me chame de amor da sua vida, querido. —Dei risada.— Brincadeira.
- ‎Estou falando sério!
- ‎Chris, não seja chato! Por isso não tem namorada.
- Não tenho porque não quero.
- ‎Ei! O Christopher é muito fofo. Quando ele disse que já me viu nua foi divertido, eu rir sem parar e perguntei porque ele não ficou comigo.
- ‎Meu Deus! Ele vai ficando achando que você é uma garota fácil.
- ‎Mas eu sou.
- ‎Dulce!

Na manhã seguinte fui para casa dos meus pais cedo, passamos a tarde juntos. Eu perguntei para eles se poderia vir morar com eles amanhã mesmo e meus pais ficaram alegres.

Mais tarde nos despedimos. Estava indo para casa até que escutei alguém me chamando. Olhei para trás e uma garota correu até mim e me abraçou. Eu fiquei confusa.

- É verdade! Você voltou, meu Deus! Quando eu soube fiquei histérica.

- Você está... me apertando.

  A mesma afastou um pouco e eu a encarei. Any! A tia da Sófia.

- Any! —Falei meio envergonhada.

- ‎Ai meu Deus! Dulce, que saudade, sua louca. Cara, você fez tanta falta.

- Espera! Você me conhece?

- Somos amigas, melhores amigas! Eu estou sabendo que perdeu a memória. —Suspirou.— Isso é horrível, eu sei.

- Somos amigas? Que legal! você é a tia da Sófia, cadê ela?

- Sófia? —Ela estava surpresa.— Como sabe dela?

- Nos conhecemos no festival, ela tinha corrido de você pois queria a obrigar brincar de pula pula. —Dei risada.— Adorei ela.

- Caralho! Estávamos tão próximas. —Ela soltou outro suspiro e me abraçou novamente, dessa vez retribui.

Passamos o fim da tarde juntas. Any me contou umas coisas que aconteceram e sobre nós.

- Vocês estão namorando? Que legal! O Alfonso demorou mesmo para se declarar.
- ‎Sim! Demorou mesmo, ainda mais que quando você sumiu eu fiquei bastante abalada e me afastei um pouco das pessoas.
- Mas está tudo bem agora, tá? Eu voltei e ainda somos amigas.

Eu adorei a Anahí, a loucura dela parece um pouco com a minha, só que ela é mais louca. Ela passou seu número e disse para ligar qualquer momento e perguntou o que achava sobre fazer um jantar para comemorar que eu voltei, fiquei sem graça mas adorei a ideia.

Memórias perdidas [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora