Depois da aula o Pablo e eu fomos na sorveteria, quem não gostou disso foi o Christopher mas fazer o que né. Estávamos tomando sorvete e conversando alegremente.
- Mas então, você nem sentou perto de mim hoje, fiquei triste.
- Na próxima eu sento, tá?
- Tá! —Ele mela meu nariz com sorvete e sorri— Linda de qualquer jeito.
- Bobo. —Limpo o meu nariz e volto comer meu sorvete.— Agora fale de você. Mora muito tempo aqui? Tem irmãos? Mora com seus pais?
- Faz dois anos que estou morando aqui, eu tenho um irmão mais novo, e moro sozinho sim, coisa de crianças morar com os pais.
- Eu moro com meus pais!
- Ah...mulheres são assim mesmo, demoram para sair debaixo das asas dos pais. —Ele diz sem graça.
- Seu irmão têm quantos anos?
- Oito anos, ainda.
- Que fofo! Posso conhecer ele algum dia?
- Claro! Podemos marcar para vocês se conhecerem.
- Tá bom.
Conversamos tanto que nem vimos o tempo passar, mas foi ótimo ficar com ele.
- Eu já vou, meus pais já devem estar preocupados. —Levanto e ele faz o mesmo.
- Eu te levo. —Ele sorriu e eu retribuir o sorriso.
- Então vamos.
- Deixa só eu pagar. —Concordo e ele vai lá. Depois de um tempo ele volta e saímos andando.— Devemos sair mais, o que acha?
- Devemos mesmo, podemos sair mais vezes então.
Conversamos até chegar em casa. Paramos na frente da casa e agradeço por ele ter me trazido.
- Até amanhã, Pablo.
- Qualquer coisa é só me ligar.
- Pode deixar. —Beijo a bochecha dele. — Se cuida.
- Tchau, linda.
[...]
Acordei com alguém puxando a coberta de cima de mim e começar a brigar comigo, e esse alguém é o meu vizinho. O olhei e revirei os meus olhos.
- Como pode sair com ele? Você nem o conhece.
- Me deixa, estou com sono.
- Para de provocar, Dulce María! O Pablo não presta.
- Já chega, "pai". —Sentei na cama. —Quem deu permissão para entrar no meu quarto e me acordar?
- Seus pais deixaram. —Ele senta na minha cama.— Dul, sério, se afaste dele.
- Não quero e nem vou.
- Não seja teimosa.
- Não seja chato. —Ele olha minhas pernas e depois para meu rosto— O que foi? —Disse cobrindo minhas pernas com a coberta.
- Quero explicação!
- Ãn? Sobre? Está doido?
- Não finja de sonsa.
- Vá embora, você está chato.
- Não diga que não avisei. —Ele levanta e sai do quarto.
Era só o que faltava, Christopher querendo mandar em mim e me proibir de ter amigos.
No dia seguinte o tempo estava meio frio. Lá na escola foi divertido, a única parte ruim foi que Christopher nem quis falar comigo.
Eu estava em casa sozinha pois meus pais saíram. Sento na borda da piscina e coloco meus pés na água.
- Ah...nada para fazer.
Escuto um barulho e olho para direção da casa do lado. Meu Deus! O que deu nesse garoto? Vejo o Christopher pulando o muro da minha casa e ele me olha com a cara de pau, que sem vergonha.
- Oi, Dul.
- Como conseguiu pular?
- Pulando ue.—Ele aproxima de mim.— Coloquei a escada do outro lado e estou aqui agora. Aliás, que corpo perfeito, e esse biquíni? Combinou contigo. Ainda tenho vontade de foder você.
- Christopher!
- Tá, já parei.Levantei. Chamei para entrar e fomos para o meu quarto. Mando ele sentar na cama e ficar calado, por incrível que pareça ele obedeceu. Vestir um simples vestido e deixei meus cabelos soltos.
- Você está com uma cara de bobo.
- Estava pensando, você é muito linda.
- Obrigada! Agora vamos assistir algo.
- Vamos assistir? —Ele fez careta engraçada.— Quer mesmo assistir?
- Sim! O que quer fazer? —Ele levantou— Nem precisa responder, já até sei.
- Esperta.
Saímos do quarto e fomos para sala. Liguei a televisão e o Christopher escolheu um filme. Sentamos no sofá e o Ucker passou o braço pelo meu ombro, eu deixei e continuei olhando para TV.
- Já assistiu esse filme, Dul?
- Não e você?
- Já sim, várias vezes, o nome é... —O interrompo.
- Meu filho, eu sei o nome, esse filme faz sucesso.
- Se faz tanto sucesso por que nunca assistiu?
- Nunca me interessei.
Christopher me olhou e depois para a televisão. Assistimos o filme calados, as vezes o Ucker passava a mão na minha coxa, tocava no meu seio e dizia que a mão escorregou sem querer e eu brigava com ele mas ele continuava me tocando até que me irritei e sentei no outro sofá, tirando isso foi maneiro assistir com ele.
- Por que não conversou comigo na escola hoje? —Desliquei a tevê.
- Aquele infeliz não saiu do seu pé.
- Você é meu amigo e pode falar comigo sempre.
- Eu sei, mas não estava afim de falar contigo.
- Grosso.
- Grosso é? —Ele sorriu.
- Para de ser safado!
- Uê! Não falei nada, você que está pensando demais.
Quando meus pais chegaram o Ucker e eu ficamos conversando com os dois, meus pais parecem gostarem do Christopher.
Era 23:50 e eu olhava pela janela do quarto, o céu estava cheio de estrelas. Vejo um carro parar na frente da casa dos meus vizinhos, um homem sai do carro e depois...a Any? Fiquei confusa, o que ela está fazendo nessa hora no carro desse moço? Ela encosta no carro, o tal moço oferece algo para ela e a mesma não aceita. O Christopher sai da casa e fecha a porta, logo aproxima dos dois e cumprimenta o moço e... O que está acontecendo? Por que ele beijou a Anahí? Eu só posso estar sonhando. Eles entraram dentro do carro e deu partida.
Fecho a janela e deito na minha cama. Ele a beijou e ela retribuiu tão rápido, mas ela está apaixonada pelo Alfonso... Está ne mesmo? Será o que iram fazer agora?
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Memórias perdidas [Concluída]
FanficDuas pessoas diferentes podem se apaixonar? Claro que sim, os opostos se atraem, não é mesmo? Mas se o destino fazer duas pessoas que se amam se separar sempre? Você continuaria amando "A" sua pessoa? Com Christopher e Dulce não foi tão diferente...