Capítulo 33

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Pela primeira vez não acordei no meio da madrugada, isso significa que não tive aquele irritante sonho. Me arrumo um pouco rápido e desço correndo cantando uma música inglês, na verdade eu cantava a música de qualquer jeito então certamente a música nem iria ser mais nenhum idioma.

- Bom dia! —Falo meio alto e a Luh me encara.

- ‎Realmente o Christian estava certo quando disse que você é bem animada.

      Ela sorriu e eu dei risada.

- Estou ótima, tia! Pela primeira vez consegui dormi igual um bebê, e o melhor, não tive pesadelo.

- Isso é muito bom! Mas você não acha que iria ser melhor ir num psicólogo? Esse seu sonho é estranho.

- Christian disse isso, mas eu não quero ajuda de nenhum psicólogo, ele irá me achar problemática.

- Claro que não! Não pense assim.

- Eu...—Olhei para baixo.— não quero que ninguém saiba o que aconteceu comigo.

- Tudo bem, querida.

    A olhei novamente e sentei ao seu lado. Beijei sua bochecha e sorri.

- Vou para casa dos meus pais hoje mais tarde! A senhora vai deixar eu vir aqui te ver?

- Claro! Pode vim sempre, você será bem vinda.

Já era tarde quando fui para casa dos meus pais, eles até pensaram que tinha desistido de morar com eles, mas ficaram felizes ao me ver.

Depois de um tempo ficamos conversando sobre várias coisas, estava gostando disso, de saber que posso conversar sobre qualquer assunto com eles.

É meio estranho ser chamada de Dulce, mas confesso que estou até acostumando.

Hoje passei a tarde toda com eles, e adorei de verdade, nem me importei se sair ou não. Já era noite e ao invés de fazer o jantar o meu pai pediu pizza, ele disse que pediu o meu sabor favorito, eu já tinha comido pizza com o Christian então já adoro.

Já estava deitada na minha cama, ainda era onze hora mas resolvi deitar. Queria dormir mas o sono não chegava logo. Sentei na minha cama e fiquei olhando meu quarto.

- Muito infantil.

Levantei e fui até a janela que já estava aberta. Fiquei observando o céu.

- Queria falar com o Christian, mas certeza ele está ocupado.

Fechei a janela e fico andando pelo quarto mexendo nas coisas. Abri o guardar roupa e comecei a jogar umas roupas no chão, preciso de espaço para outras roupas. Vejo uma caixa lá dentro. Me abaixo e pego. Sentei no chão e coloquei ao meu lado. Tirei um livro de lá de dentro, um ursinho vermelho e um...diário?

- Essa Dulce era toda boba.

Abri o diário e comecei a ler. Acho que só terminei de ler quando já era madrugada. Respirei fundo e fechei o diário. Coloco dentro da caixa junto com as outras coisas. Dulce era mesmo uma bobona.

   Acordo com a claridade batendo no meu rosto. Resmungo e coloco o travesseiro sobre o rosto, tenho que lembrar de fechar a cortina. Tento dormir novamente mas não consigo. Sento na cama e bocejo.

- Não sei como consigo ter tanto sono.

    Levanto e saio do quarto apenas de pijama. Ao descer vou para cozinha, a casa estava silenciosa, talvez meus pais estejam no quarto ainda, pego uma banana e descasco. Saio da cozinha comendo e sento no sofá

Depois de um tempo vejo a minha mãe descer.

- Bom dia, querida. Dormiu bem?
- ‎Oi! Sim, sim e a senhora?
- ‎Também! —Ela sorriu e sentou ao meu lado.— Você está tão linda, filha.
- ‎Eu vi umas fotos minhas e não acho que mudei muito. —Faço careta e a minha mãe mexe nos meus cabelos.— Cadê o meu pai?
- ‎Saiu mais cedo, mas logo ele chega.
- ‎Ah tá! A senhora tem o número do Christopher ou sabe aonde mora? Quero falar com ele.
- Você já está gostando dele novamente?
- ‎Eu gostava dele mesmo?
- Você estava apaixonada por ele, filha.
- Sério? Me conte mais.

Então a Dulce era apaixonada pelo o vizinho? Pelo menos sempre tive bom gosto.

Memórias perdidas [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora