Clarissa
- sim
-Eu daria tudo para saber como são os seus lábios.
O coração de Clarissa disparou. E antes que conseguisse pensar em todos os motivos pelos quais aquela era uma má ideia, ela segurou o dedo indicador dele e o levou até os lábios.
Em silêncio, Adrian correu o dedo pelos lábios de Clarissa, enquanto ela se mantinha imóvel, hipnotizada pela sensação estranhamente íntima de senti-lo tocar seu rosto. Adrian correu o dedo pelos lábios de Clarissa e, então, o moveu até o queixo. Então, ele prosseguiu, tocando-a ao longo do queixo ate a orelha, onde circulou a concha frágil e em seguida puxou levemente o lóbulo. Ela estremeceu, e ele deixou a orelha para explorar a parte posterior de sua cabeça. Seus cabelos estavam com cachos definidos por ter deixado eles secarem naturalmente. Ele correu suavemente a mão por todo os seus cachos que ficava um pouco a baixo do ombro. Enfiou a mão por baixo pôs em concha em sua nuca. Clarissa sentiu que vacilava na direção dele, mas antes que pudesse completar o movimento a mão de Adrian movia-se de novo para a frente, até sua têmpora, cruzando o espaço amplo de sua testa macia para, então, descer a ladeira curta e reta de seu nariz. Ele penteou as sobrancelhas de Clarissa, fazendo seus olhos tremerem... E, então, a mão se foi. Ela abriu os olhos.
— Obrigado. Desculpe se me demorei.
— Não há de quê. — Sua voz soou normal, comparada com os sentimentos que ainda fervilhavam dentro dela.
O principal desses sentimentos era decepção. Ela ansiara por um beijo dele. Estava patética, ridiculamente encantada com o irmão de sua melhor amiga em menos de dois dias. E ele, ainda que pudesse estar interessado nela, como uma fêmea disponível, com certeza não parecia sofrer os mesmos efeitos que sua simples presença provocava nela.
— Descobri que se pedir às pessoas que descrevam a si mesmas, elas costumam ser muito pouco prestativas. Consigo uma imagem mais precisa tocando nas pessoas.
Portanto, ele fazia isso com frequência. Ou, se não com frequência, pelo menos quando estava conhecendo alguém.
É como braile para ele. Não necessariamente significara mais nada. Foi apenas sua maneira de aprender um pouco mais a meu respeito. 0 que na verdade é absolutamente justo, considerando que eu sei como ele é.
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QUANDO O AMOR CHEGA
RomanceClarissa já tinha desistido de pensar em formar uma família, toda vez que achava que estava encontrado o amor se deparava com mais uma decepção e quando conheceu Adrian um homem atraente e misterioso, mas muito amargo por ter que aceitar viver no m...