Capítulo 12

40 7 14
                                    

- Posso te pagar uma bebida?

-  Não tinha uma cantada melhor? - perguntei dando um gole na minha bebida, que por sinal era vinho.

- Desculpa, até tinha mas esqueci quando vi você. - disse galanteador.

- Ah, por Dio! Acho melhor pedir a bebida, talvez mantendo sua boca ocupada, você não me passe cantadas que meu avô usava! - disse tomando o último gole do vinho e ele riu pedindo as bebidas pro barman.

- Sua graça?

- Anna, e o brega, como se chama?

- Arthur! Posso ser brega mas pelo menos consegui sua atenção - disse sorrindo.

- Pois é, ponto pra você! - disse devolvendo o sorriso.

- Você não costuma vir aqui né?

- Não muito, por quê?

- Percebi, porque eu sempre venho aqui e nunca tinha te visto…

- Então já usou essas cantadas com outras mulheres?! Uau! - disse sarcástica.

- Na verdade, já usei com umas 3 hoje também mas não deu muito certo - brincou e eu ri - E você também foi a mais interessante de todas. - concluiu.

-  Interessante? Tá aí, finalmente uma coisa que eu gostei de ouvir... - disse sorrindo.

Senti Luan nos olhar atravessado e resolvi entrar no jogo dele. Continuei conversando com Arthur mas eu realmente não muito tava afim…

- Mas o que faria se eu dissesse que eu não tô afim? Quer dizer, eu tô curtindo tua companhia mas não tô me sentindo confortável aqui, sabe?!

- Alguém te atrapalhando?

- É, na verdade sim... - respondi fingindo estar constrangida.

- E quem  é o vacilão?

- Atrás de mim e, provavelmente, olhando pra cá!

- Ah, saquei... Você é muito mais gata que aquela loira ali, pode apostar!

- É, eu sei… Obrigada - agradeci dando um gole na minha bebida.

- E se eu te ajudasse a tirar onda com a cara dele?

- E como você faria isso?

- Dança comigo? Assim eu saio feliz, você sai feliz e ele fica com raiva… - sugeriu tentador.

Até que não era má ideia, afinal meu pai disse que eu precisava me divertir, não é?!

- Tá aí, gostei da ideia… Vamos dançar! - disse largando meu copo do balcão e me levantando.

Peguei na mão de Arthur e fomos pra pista de dança. Luan já me encarava com as sobrancelhas arqueadas, achei graça. Eu e Arthur começamos a dançar como se houvéssemos nós dois ali. É claro que ele se aproveitou um pouco da situação mas não me importei.

- Só uma coisa: caso o Luan venha até a gente, não se importe. Só sai de perto e outro dia a gente se encontra, eu não gosto muito de escândalo em público.

- E como vou saber que não tá mentindo pra mim?

- Te dou meu telefone... Quer? - perguntei e ele sorriu em resposta - Anota aí: (xx) (xxxx-xxxx)

- Pronto, agora cê não foge mais de mim! - sorriu galanteador.

- Acredite, se você me conhecesse melhor, você que fugiria de mim!

-  Trabalha pro tráfico, por acaso? - perguntou rindo.

Ah, se ele soubesse…

- Não, pro FBI! - brinquei rindo e ele me acompanhou.

Eu percebia Luan ficando mais nervoso a cada música e aquilo era realmente satisfatório, até uma das músicas fez as coisas esquentarem. Uma música lenta e sensual, eu e Arthur estávamos mais colados, fora os beijos roubados durante a dança. Nosso objetivo era apenas um e ele estava sendo alcançado.

Bulletproof Love - Amor à prova de balasOnde histórias criam vida. Descubra agora