Disparei sem dó nem piedade!
Um tiro na cabeça, um em cada lado do peito e um na barriga, fazendo um formato de cruz pra que o Vincent reconhecesse que éramos nós quem tínhamos feito aquilo quando encontrasse o corpo.- Nojento! - exclamei ao me aproximar e constatar que ele havia morrido - Livrem-se dele! E limpem isso aqui - disse entregando minha arma que estava banhada com sangue daquele verme - Luan, chama 5 dos seus homens, vamos fazer uma varredura pra ver se tem mais deles por aqui.
Saímos dali e eu peguei outra arma, eu tinha porte legal então não havia problema. Pedi pra que Luan dirigisse, eu ainda tinha raiva pelo o que tinha acontecido.
- Você tá bem? - ele perguntou me observando enquanto dirigia.
- Descobriram a gente, você acha que eu tô? - retruquei sem olhar pra ele.
- Não sabem exatamente quem a gente é né?!
- Não, mas sabem que a gente existe. Os únicos rostos conhecidos são o do meu pai, o de Stefano e o de Giorgio… - falei o último com pesar e pude ouvir Luan suspirando. - Pois é, eles mataram seu pai e não vão parar até achar todos nós, a menos que a gente os encontre antes.
- E podemos fazer alguma coisa à respeito?
- Nos preparar… e ir atrás deles. - respirei fundo por saber que não seria uma tarefa fácil.
Até onde se sabia, eles poderiam ter um arsenal e um “exercito” bem maior que o nosso. Ao todo, eu tinha cerca de 40 pessoas, incluindo homens e mulheres, depois que Luan chegou esse número subiu para 55. Se nós já éramos muitos, imaginem eles.
Fizemos uma ronda pela cidade tentando disfarçar ao máximo para que as pessoas não desconfiassem, afinal, aquela ainda era uma cidade comum e turística como a maioria no Rio de Janeiro.
Não encontramos ninguém e confesso que fiquei aliviada. Voltamos para a fazenda e Luan ainda me olhava um pouco surpreso pois eu agia como se nada tivesse acontecido...
- Como se sente? Quer dizer, você acabou de matar uma pessoa, não se sente mal? - indagou -
- Luan, cê sabe como eu aprendi a atirar? - perguntei e ele me olhou curioso - Com 10 anos de idade ajudando o meu pai a torturar um homem! - expliquei e ele ficou surpreso - Já passei da fase de me sentir mal.. Aliás, se fosse pra ter sentimentos, eu tava fazendo teatro e não sendo atiradora de uma máfia! - brinquei.
- Uau! - disse rindo um pouco - Mas você acha que o Vincent vai querer vingança?
- Com certeza, vai! Mas eu duvido muito que ele nos ataque agora...
- Até porque ele não sabe onde a gente realmente está..
- Exatamente! Agora me dá licença, eu preciso de um banho, tô cheirando à pólvora!
Luan assentiu e fui para meu quarto. Tentei relaxar os nervos afinal mais uma vez nosso esconderijo tá inseguro.
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Bulletproof Love - Amor à prova de balas
Teen FictionHerdeira de uma máfia italiana milionária, Anna Giácomo, além de chefe, é a melhor atiradora do seu QG, situado na cidade de Paraty, no Rio de Janeiro. Após problemas com ataques inimigos, seu pai, Dom Antoni Giácomo, precisa que ela receba 16 homen...