Capítulo 37

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- O que aconteceu? Eu pedi pra checarem o sistema 1000 vezes e pra revisarem outras 1000, então o que houve??? - perguntei de pé com as mãos sobre a minha antiga mesa.

- Eu não sei! Eu tô tão surpreso quanto você, Anna! Nada passa batido pela gente e se alguma coisa passar despercebido por mim, não passa pelo Luan! Nada! - explicou tão preocupado quanto eu.

- Tem alguma coisa muito errada nessa história! Não é possível! - afirmei convicta e os outros começaram a fazer especulações.

- Na verdade, existe uma forma deles terem entrado. - Luan disse mais alto roubando a atenção de todos.

- Continua! - ordenei intrigada.

- Quando invadiram minha sede em SP… - começou dizendo. - Eles podem ter conseguido recuperar algo. - revelou e o encarei, ele respirou fundo e continuou. - Não sobre o banco de dados pois eu me certifiquei de que não conseguiriam nada antes de fugirmos mas sobre o nosso sistema. Existe um padrão de configuração no nosso software e se eles conseguiram recuperar algo e acessar a chave, eles podem ter conseguido criptografar alguns sistemas. - concluiu preocupado.

- E você só me fala isso agora? - perguntei impaciente.

- Faz muito tempo desde que aconteceu, se eles tivessem conseguido algo, eles teriam atacado antes.

- Claro e eles não descobriram nada, só como atacar meu sistema! - exclamei sarcástica. - Deveria ter avisado sobre isso antes! - disse furiosa.

Porra, como é que ele me dá um mole desses?

- Realmente existe um padrão no nosso software mas tem uma pequena alteração pra cada chave, eles nunca conseguiriam acessar todas! - Bruno afirmou.

- Mas se eles conseguirem qualquer uma, eles vão atacar e se atacarem a gente, tudo vai pelos ares. - completei. - Eu não acredito que isso tá acontecendo! - exclamei sentando na cadeira me sentindo derrotada.

- O que a gente faz agora? - um dos rapazes que trabalham comigo perguntou.

- Eu não sei… - disse recostando minha cabeça na cadeira realmente perdida.

- Você é nossa líder, o que você mandar a gente faz! - outra pessoa disse e eu respirei fundo.

Pensa Anna, pensa, pensa, pensa!

É isso!

- Se existe um padrão no nosso software, mesmo tendo uma chave pra cada configuração ainda é possível que eles descubram algumas porque existe um padrão… - comecei a dizer. - Então pra gente conseguir fugir disso…

- A gente teria que mudar o padrão. - Luan completou entendendo onde eu queria chegar me encarando e o encarei de volta. Ai, como odeio gostar desse homem.

- Mas teria que ser do país todo... - Bruno concluiu.

- Então é melhor a gente começar logo! - respondi respirando aliviada por encontrar um fio de solução. - Vou deixar vocês trabalharem nisso, Bianca vem comigo! - disse me levantando e Bianca me seguiu pra fora da sala.

- Do que precisa? - Bianca me perguntou já lado de fora.

- Encher a cara! - exclamei e ela riu. - Mas antes disso, a gente precisa manter nosso treinamento em dia, a gente não sabe quando eles podem atacar. - concluí e ela concordou. - Chama o Pedro, é hora daquele idiota mostrar o que sabe fazer.

Reunimos o resto do pessoal que não trabalha com tecnologia, cerca de 35 pessoas e traçamos uma linha de treinos e intercalamos entre treinos de tiros comigo e Bianca e treinos de luta com Pedro e Marcos.

A gente precisa se fortalecer e manter nossas habilidades em dia, já que a qualquer momento algo poderia acontecer.

O dia correu assim, nós com os treinos e o pessoal da informática tentando formular um jeito de colocar nossa ideia em ação.

A noite caiu e eu estava mais acordada do que nunca. Não consegui dormir, a ideia de que a qualquer momento poderíamos ser atacados não saía da minha cabeça e alguma coisa me mantinha sempre alerta.

Por volta das 3 da manhã finalmente parecia que eu ia pegar no sono, até eu ouvir o alarme soar dentro do quarto.

O alarme!

Bulletproof Love - Amor à prova de balasOnde histórias criam vida. Descubra agora