Capítulo 32

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- Sou obrigado a ficar perto desse cara? - Luan perguntou segurando meu braço quando os rapazes passaram.

- Se você não quer perder uma das parcerias que mais nos dá dinheiro, sim. - respondi olhando para ele. - Hey, relaxa. - sussurrei em seu ouvido e nos juntamos aos rapazes.

- "Y como estás tu pai?" - Bernardo perguntou com um portunhol bem enferrujado.

- Bien.. Y continuas hablando español, ¿si? ¡Tu portunhol es pésimo! - afirmei rindo.

- ¿Bueno, vamos a lo que importa? - Luan perguntou já sem paciência.

- ¡Sí, vamos! - Federico respondeu e eu os guiei até onde as armas estavam.

- Entonces, apreciem. Ellas llegaron en la semana pasada. - afirmei contente abrindo as malas e pude ver os olhos deles brilharem.

- Santa Madre de Dios! - Federico exclamou enquanto eu me sentava à frente deles.

- ¡Son maravillosas! Usted sempre se superando, Anna. - Bernardo afirmou sorrindo.

- Bernardo, mi amor, yo soy la mejor en todo lo que hago. - disse me gabando colocando os pés em cima da mesa.

- ¡Por supuesto que sí! - respondeu sorrindo e Luan suspirou.

- Podemos finalizar então? - disse se direcionando a mim.

- Yo tengo una idea mejor... ¿Por qué no salimos más tarde para conmemorar y findamos la compra? - Bernardo sugeriu animado e Luan afundou na cadeira revirando os olhos.

- ¡Seria ótimo! - Federico respondeu com a mesma empolgação.

- ¿Por que no? - respondi sorrindo e percebi que Luan me encarava.

Pedi pra que Jurema os acomodasse e ela já tinha preparado os quartos.

Tenho a impressão de que isso não vai acabar bem! O Bernardo não para de provocar o Luan, com certeza percebeu que ele tá incomodado.

Nunca falei com ele sobre Bernardo, muito menos desse nosso “jeito diferente” de tratar um ao outro apesar da condição dele.

Quero ver só no que isso vai dar…

- Por que cê tá com essa cara? - perguntei sentando na cama pra tirar meus sapatos. Ia aproveitar pra relaxar um pouco.

- Porque assim como você, eu não sou obrigado a estar sempre de bom humor. - respondeu impaciente.

- Nossa! Trocou a ferradura hoje, meu anjo? - perguntei arqueando as sobrancelhas.

- Você fica cheia de graça com aquele gringo lá embaixo e queria que eu tivesse como?!

- Oi? Luan, você, por acaso, tá com ciúmes do Bernardo? - perguntei fingindo não entender.

- E se eu tiver? - retrucou me encarando.

- Não foi você que esses dias voltou com aquele papo de que se a gente não tem nada sério, a gente não pode sentir essas coisas? No dos outros é refresco né?! - disse rindo debochada.

- Foi diferente! Aquela menina não tava me chamando de gostoso na tua frente! - disse fazendo menção à fala de Bernardo mais cedo.

- Mas em compensação tava te comendo com o olho e você tava adorando! - retruquei gesticulando.

- Eu não gostei desse cara! - desconversou. - Tenho esse direito, não tenho?! - questionou de cara fechada.

- Mas é claro que tem. Você só não pode espantar nosso melhor cliente mas de resto, você pode tudo… - respondi engatinhando na direção dele na cama. - Agora vem aqui, porque essa sua cara de puto me deixou com um tesão absurdo! - disse envolvendo seu pescoço com meus braços e ele soltou um sorriso.

Bulletproof Love - Amor à prova de balasOnde histórias criam vida. Descubra agora