Eu não queria amar você

Capítulo 03

Eu simplesmente fiquei acordada, não conseguia dormir. Isso sempre acontece. Meu dia seria horrível, to até vendo. Peguei meu celular no criado mudo, são exatamente 04:16, eu ficava quietinha para não acordar Emma. Não queria que ela ficasse acordada comigo por preocupação.

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08:00 horas levantei da cama, fui no banheiro, minha cara estava horrível, tá tipo que eu engeri bebidas alcoólicas e fumado uns baseados. Não dormir mesmo. Fiz minha higiene matinal, vesti minhas roupas de medingo.

Simplesmente não tinha nada pra fazer, eu não estava com fome. Sentei no sofá liguei a TV, colocando em um canal de desenhos animados. Escuto a porta sendo aperta, era David. Todos os dias ele vem aqui, quando não vem, é por que está muito ocupado com serviço. O mesmo já chamou eu e a Emma pra morar com ele, mas não quero, Emma não vai por minha causa, as vezes sinto que incomodo.

David: Bom dia, eu trouxe lanches - sorriu levantado a uma sacola me mostrando, sorri pra ele.

Emma: Eu ouvi lanches? - gritou do meu quarto, em seguida saindo do mesmo, pegando a sacola do David.

David: Você estava acordada ou ama minha voz que te acordou? - olhou para ela rindo.

Emma: Eu já tinha acordado - deu um selinho nele, ela olhou para mim - nossa Amber você fumou baseado? Sua cara tá péssima - fez uma careta estranhamente, ela estava parecendo uma bruxa com seus cachos desmanchados.

Eu: Fumei na madrugada, que depois não consegui dormir - forcei um sorriso, eu não estava com nenhum pingo de sono, mas meu corpo estava dolorido. Olha o que o psicológico faz com uma pessoa. Emma conversou com David só com o olhar.

David: Ah Amber, aconteceu de novo? - Suspirou lentamente, confirmei com a cabeça.

  Emma foi na cozinha, eu já sabia o que iria fazer. David sentou ao meu lado.

Emma volta com um comprimido na mão e um copo de água na outra. Ela para na minha frente.

Eu: Não vou tomar essa merda, não sou problemática - me irritei. Eu não queria tomar remédio para me controlar e depois dormir.

David: Mas Amber, o médico recomendou - falou com tom de voz calma.

Emma: Você tem que tomar, ou prefere ir ao psicólogo? - Ela sabia como me deixar irritada, fiquei calada pegando o remédio e o copo de água. Coloquei o comprimido na boca em seguida a água. 

Entreguei o copo de água para ela de volta.
 
Sabe aquele momento que você se sente que está incomodando as pessoas? É isso que eu sinto agora. Sempre que tenho pesadelos assim, tenho que tomar remédios.

Eu: Será que vou superar? - pensei alto,  Amber e David me olham rápido. Suspirei lentamente.

Emma: Claro que vai, ano retrasado você estava pior, estava tão magrela, feia, hoje você está menos feia - deu tapinhas nas minhas costas, eu nem estava ofendia, ela sempre foi assim, desconfio que bateu a cabeça quando nasceu. Ri dela.

O remédio já estava fazendo efeito. Levantei indo para o quarto, ele é tão forte que nem sei que horas irei acordar.

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Acordei com a claridade do quarto.

Emma: Amber, acorda, são 18:32 - me balançou de leve. Abrir os olhos. Eu dormi muito, mas muito. Sentei na cama esfregando meus olhos - eu saí, voltei e você dormindo - riu

Eu: O baseado fez efeito - gargalhamos - Estou com fome - passei a mão na barriga.

Emma: comprei rosquinha - levantei tonta, ficando alguns segundos parada, até que voltei ao normal.