O Pedido de Casamento

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Jurandir voltou ao trabalho no casarão após o término da reunião, às vezes ele se pegava pensando como a vida é engraçada ao levá-lo até aquele momento em que no fundo, mesmo não sendo um guardião, mesmo sendo só um ajudante parecia um super herói cuidando do bem maior. Ele mesmo ria com seus pensamentos, que não pararam enquanto ele pintava a parede da parte de fora da casa. Ele nem se deu conta que Milu estava parada embaixo da escada e estava sorrindo ao dizer:

- Se você visse como estava longe em seus pensamentos. Você até sorria. Em que pensava?

- Sabe, depois que sai lá da caverna para terminar meu serviço e você e os outros continuaram a conversar, achei engraçado porque nos observando bem, parecíamos um bando de super heróis.

Os dois riram juntos agora da observação de Jurandir. Milu foi a primeira a dizer:

- Nunca tinha parado para pensar dessa forma. Mas do nosso jeito talvez sejamos mesmo.

- É, quem sabe?!

- Amor tenho que ir para loja agora, nós nos vemos mais tarde?

- Claro, vou terminar de pintar essa parede, depois vou a igreja, hoje o padre Ramiro vai fazer uma cerimônia especial.

- A tudo bem, que horas você passa em casa?

- Umas dezenove pode ser?

- Sim sim, até mais então Ju. 

Ele observou a namorada se afastar. Logo que terminou tudo, ele ainda sujo de tinta, estava voltando para casa, mas na loja de joias da cidade tinha um anel tão bonito. Primeiro ele pensou, depois olhou para vitrine novamente e não teve dúvidas, comprou a aliança de ouro para Milu.
Gabriel saiu para ver como havia ficado a parede que Jurandir pintou recentemente, e viu que o trabalho dele estava sendo de uma serventia enorme. Vendo a parede Gabriel pensou no juramento que fez junto aos guardiões para nunca contar sobre a fonte para o namorado de Ondina, ele fez isso porque sentia conhecer de algum lugar aquele homem, e por alguma razão não ia com a cara dele.
Luz passou na frente da loja bem na hora que Milu estava trancando a tudo para ir embora:

- Mãe, como vai?

- Minha filha, vou bem, que bom te ver.

- É bom te ver também, queria que fosse apenas cordialidade, mas mãe, sabe queria saber se não tem um chá para esse enjoo que estou sentindo.

- Que enjoo filha?

- Ah mãe, esse mês inteiro eu tive enjoo muito forte.

- Entre querida, eu tenho um chá sim, vou encontrar com o Ju daqui umas duas horas ainda, então posso te dar atenção.

Elas entraram na Cristalina e Milu fez o chá para a filha.

- Gostou do chá?

- Sim gostei, ainda mais porque realmente o chá tirou minha ânsia.

- Você anda tendo mas alguma coisa Luz?

- A mãe, não eu tive alguns desmaios também, mas sei que é por conta da correria, não estou me alimentando muito bem.

Milu sorria para Luz com muita alegria.

- Luz só mais uma pergunta, como anda sua menstruação?

- Que coisa mãe, você sabe que não tenho costume de falar com outra mulher essas coisas, eu tive que aprender tudo sozinha, porque sempre havia sido eu e meu avô. Ok, estou desviando do assunto né? Bem acho que tem uns três meses já que não tive nada, mas foi o que falei, na correria...

- Luz, eu já disse que seus dons são melhores que os meus, me diga a verdade, acha mesmo que é só isso?


- Você já sabe não é?

- Quando descobriu filha?

- Na verdade mês passado tive um sonho tão real, como uma visão, nele eu estava segurando um bebê.

- Parabéns, estou tão emocionada, ganhei uma filha e um neto quase que juntos.

- Mãe por favor não fale a ninguém ainda.

- O filho é de Gabriel?

- Sim mãe, por isso quero sigilo. Apesar de ter um romance com Junior, nós nunca fizemos nada demais.
- Claro que farei o que me pede. Levante até aqui e me abrace.

O abraço foi longo e cheio de emoções e sensações entre as duas sensitivas da cidade.Em casa, Milu havia feito uma comida simples, mas ainda assim com muito amor para Jurandir. No banho ela lembrava de toda felicidade que sentia, com a vida, o namorado, a filha esperando uma criança. Quem diria que ela seria avó, e melhor, conheceria seu neto. Ela vestiu apenas uma camisola e colocou o roupão por cima, pois ouviu Jurandir chamar e bater na porta, correu até lá porque não gostava de deixá-lo esperando.
- Humm minha namorada me recebendo assim de roupão?

- Eu me atrasei um pouco na loja, cheguei, fiz nosso jantar, tomei um banho, quando ia colocar a roupa você chegou.

- Você é linda de qualquer maneira.

Eles se beijaram, então ela o conduziu para cozinha. Eles jantaram juntos. Já na sala tomando um café apenas de cortesia depois do jantar, Jurandir resolveu pegar a caixinha no bolso da calça.
- Milu, queria te pedir algo, era para esperar um pouco, mas não aguento mais ficar somente assim

- Ju você não está falando coisa com coisa.....

Ele se ajoelhou na frente da ruiva sentada no sofá, pegou a caixinha, abriu e disse:
- Milu não quero mais, minha casa ou sua, quero nossa casa, quero me unir a você todas as noites, te abraçar enquanto estou na cama, quero te chamar de esposa. Milu aceita se casar comigo?

Com os olhos brilhantes de tanta felicidade Milu ajoelhou se juntando a Jurandir no tapete e disse:

- É claro que eu aceito, eu te amo Jurandir.

Ele tirou o anel da caixa e colocou o anel em Milu, que por acaso serviu muito bem nela. Os dois se abraçaram e o beijo após o abraço foi com muita vontade, as carícias entre eles se prolongaram, e quando perceberam Jurandir estava deitado em cima de Milu ali no tapete mesmo, ele havia tirado a camisa preta, e ela tinha tirado o roupão. Eles continuaram se beijando naquela posição, e Jurandir começou a subir a camisola de Milu lentamente, isso fez com que ela sentisse mais desejos por ele, e nenhum dos dois pareceu se importar de estar no tapete. Ela tirou o sinto da calça dele, e ele beijou o pescoço dela, depois mordeu a orelha fazendo Milu se arrepiar. Passaram um ótimo momento ali, depois foram para o quarto. E se amaram como duas almas que precisavam uma da outra.

MILUDIROnde histórias criam vida. Descubra agora