Ensina-me - Felizes para sempre?

Capítulo Doze

O tempo ia passando cada vez mais rápido o que me deixava assustada pois para todos Bruce e eu ainda éramos um casal feliz com grandes expectativas para o casamento que as presas chegava e por coincidência hoje era o dia do ensaio ao qual não entendia o por que da necessidade de fazer algo assim, não era só chegar no lugar e dizer "aceito"? Seria tão mais fácil e menos complicado enfrentar seu futuro marido. Owen estacionava em frente a casa da família Evans, pude vê o carro dos meus pais, de Kate e Robs e Jane, todos já estavam em casa e com um aperto maldito no meu peito desejei poder desaparecer só para não enfrentar Bruce na frente dos outros, o fato é que ainda me sentia incomodada com o assunto do perfume e a bebedeira da semana passada, não conversei com ele sobre afinal não conversamos mais como antes e sim só o necessário. Deus, onde cheguei com o homem da minha vida passamos de um casal extremamente apaixonado por completo estranhos que dividia um apartamento isso estava arrasando meu coração me quebrando por dentro pois não era isso que eu imaginava quando aceitei me casar, onde foi parar o companheirismo ou irei te apoiar e te amar além de todas as coisas.

Poxa Bruce sempre foi tão compreensivo e flexível quando se tratava de decisões inusitadas e agora me vem com essa, olhei para minha mão esquerda onde a aliança de noivado permanecia o diamante azul com aros de platina sitiava com as luzes da rua, lindo, único, ele pertenceu a família Evans por séculos e como Bruce era o mais velho foi dado a ele para que o entregasse a mulher que decidira passar o resto de sua vida, toquei com cuidado a aliança isso representaria nossa vida. Senti algo quente e molho escorrendo pelo meu rosto então um pingo cai sobre minha mão com as pontas dos dedos aproximei da minha bochecha e só percebi que estava chorando quando o soluço escapou sufocando-me pela garganta me fazendo perder o fôlego, e isso se repetiu mais uma, duas e três vezes. Céus estava em prantos e não sabia como controlar, isso estava apertando meu peito como se algo pesado pressionava minha caixa toráxica e assim pesava tanto que não conseguia suportar a falta de ar, olhei para frente e Owen já não estava no carro vi sua silhueta ao lado da porta e como se ele já soubesse que se ocorria comigo permaneceu imóvel apenas aguardando meu sinal. Odiava me sentir tão inútil a ponto de não saber o que se passava dentro do meu peito, a ponto de não saber como agir em um conflito com meu próprio noivo. Tomei ar novamente e limpei as lágrimas soltei o fôlego e assim a porta se abriu e puxei minha bolsa e sai, um lenço branco apareceu na minha frente com um sorriso peguei me virando para meu segurança.

— Obrigada.

— Seu avô não irá gosta de vê sua neta com os olhos vermelhos — disse.

— Óbvio que não.

Com uma suave risada caminhei em direção a porta e toquei a campainha, alguns sons de passos e logo a porta se abriu e Amy sorriu ao me vê nos abraçamos e ela me puxou para dentro com uma alegria contagiante, bom teria me contagiado se uma ferida enorme não tivesse se instalado em meu peito.

— Todos já chegaram só faltava você — ela comenta.

Atravessamos a casa até o quintal e ali estavam todos, conversando e bebendo altas risadas de Henry podia se preenchida.

— O minha querida — ouvi a voz de Donna logo atrás — como você está?

— Bem, e a senhora ? — sorri retribuindo o abraço.

— Bem também...

— Perfeito... Bruce já chegou ?

— Ainda não... — ela franziu o cenho elevando o pulso para olhar seu relógio — Já deveria ter chegado.

Acenei com a cabeça, me virei e fui até onde minha mãe se encontrava com meu pai com um enorme sorriso ela me abraçou com força beijando minha bochecha.

— Oh querida, você demorou.

— Estava em reunião com a Chanel... — sorri disfarçando — onde está Benjamin?

Dona Claire sempre deve o dom da mudança, tudo o que ela colocava a mão se tornava elegante e fino com seu toque moderno e pessoal. Eu amava minha mãe por isso, por ela ser a sofisticação em pessoa, quando ela sorriu e puxou um rapazinho de cabelos cortados roupa limpa e cheirando a perfume masculino não acreditei no que estava vendo, seus olhos azuis brilhavam de uma maneira que até parecia galã de filme.

— Quem é você? — fingi segurando uma risada.

— Sou eu Ray! — ele disse alisando a roupa — Benjamin... agora estou bonitão!

— Nossaaaa — me aproximei dele o puxando para um abraço — está um espetáculo rapazinho.

— A senhora Claire me levou para fazer compras — ele disse apontando para minha mãe — ela disse que eu deveria está bonito e charmoso para seu casamento.

— Olha... eu...

A porta da frente bateu em um estrondo e logo pude ouvir risadas até que Bruce apareceu na porta do quintal completamente bêbado acompanhando de duas mulheres, o tipo mal se aguentava em suas pernas o terno que tinha posto hoje estava desalinhado e pude vê marcas de batom em seu colarinho. O silêncio se fez, todos olhavam para o meu...para aquele estranho que ria frouxo.

— Zeguei... ooohhh — ele gritava apontando para — aqueza...aquela é minha noiza.

O senhor Johnson foi até seu filho o puxando pelo braço até o canto distante do quintal, a cena podia ter sido tirada de um filme de terror. Podia ver a ira em seus olhos é por mais que seu pai gritasse com ele Bruce não desviava seu olhar raivoso de mim até que Benjamin apareceu ao meu lado segurando pela mão.

— CHEGA! — ele gritou jogando a garrafa de whisky no chão — Izzo! e culpa dela... e dele...

Cambaleante ele veio até mim apontando o dedo.

— Gozta do que vê! voze escolheu esse pivete ao invés de mim! ao invés de nos! — rosnou.

— Quem é você? — engasguei as palavras — você me fez escolher Bruce! Você não me apoiou, não esteve comigo! Preferiu beber e sair com mulheres ao está comigo.

— Pensei que me amava, Ray — murmurou — pensei que me amava, mais que tudo.

— Eu amo... eu amo meu Bruce — solucei — mas não amo isto que você está se tornado, essa pessoa não é meu noivo.

Me virei para todos com o coração pesado.

— O casamento está cancelado — tirei o anel de noivado entregando para ele — Acabou.