O Moletom do Bakugou e os pés descalços

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Notas iniciais

Com gosto dizemos que, FINALMENTE ESTAMOS DE VOLTA.

Esse capítulo saiu um pouco maior do que o esperado, mas essa história se escreve sozinha. Perdoem-nos pelo número exorbitante de palavrões e esperamos que gostem.

*

Diário do Midoriya

Querido diário, não pude escrever noite passada pois estava um pouco ocupado com… Ah, você sabe… Né?

Eu sabia que o Todoroki estaria lá, mas precisava focar no trabalho. Kacchan não estava com o melhor dos humores e só eu sei quantas taças de champanhe eu o impedi de beber. Espero que ele tenha ficado bem sem mim, porque aquela oportunidade eu não podia perder…

Todoroki chegou por trás de mim, um pouco tímido, oferecendo uma taça. E eu só tive olhos para ele. Ainda ouvi o Kacchan murmurar algo parecido com “cabelo de merda”, antes de perdê-lo de vista. Não faço a menor ideia do que isso significa, mas também, naquele momento, não importava. Só espero que ele tenha não tenha exagerado na bebida.

E sobre o meu TodoRouco (afinal, a voz dele fica bem rouca quando…), matei minha curiosidade e SIM!!! Lá embaixo também tem duas cores. Eu ainda estou sonhando com o que aconteceu!!!

Ah, eu fiquei com um pouco de dó do Kirishima… Parecia muito animado com o aniversário da amiga, mas o Kacchan... Se ele conseguiu mesmo fazer a decoração, espero que não tenham tirado foto do lugar… Enfim, é um brega de bom coração.

Mal consegui dormir e daqui a pouco já é hora de acordar. Espero que tenha forças para trabalhar amanhã!

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Enquanto Kirishima foi até a cozinha preparar um café para o chefe, o outro saiu à francesa, deixando-o sem entender completamente nada. Ainda tagarelava sozinho no cômodo, quando ouviu o barulho da porta da frente batendo.

Foi até a sala com duas xícaras em mãos. Tinha preparado o café para Bakugou, do jeito que ele gostava. Mas agora, encontrava-se parado, olhando para o sofá vazio, e de alguma forma sentiu-se até um pouco… Triste? Não é que a situação não fosse estranha, mas queria ter dividido a refeição com o outro e talvez até ter ido junto com ele para o trabalho, apesar de isso soar muito em sua cabeça como coisa de casal. CASAL?!?! Só podia estar doente! Correu para se arrumar, afinal, precisava chegar na hora. Mas sabendo da situação do chefe, era provável que chegasse antes dele.

Vestiu-se rapidamente, sem pensar muito em combinar as peças escolhidas e, com isso, acabou por usar uma roupa considerada normal por todo o resto da população e calçar as crocs pretinho básico que combinavam com tudo. Ao sair do apartamento e passar pela portaria, cumprimentou a porteira como sempre, mas não recebeu o “bom dia” usual.

- Seu… Seu Kirishima… O senhor está bem? Quero dizer… Não pude fazer nada para impedir o Seu Bakugou de entrar. E eu… Tenho aluguel para pagar e… Tenho comido só miojo e sardinha…

Aquela história, Eijiro conhecia bem. Uraraka saía nas noites que não trabalhava e pagava a bebida para todos os amigos, restando-lhe apenas, por fim, o miojo e a sardinha.

- Não se preocupe, Dona Uraraka! Está tudo bem comigo. Eu não abriria uma reclamação contra você… E seja lá o que ele tenha lhe dito, era só brincadeira, tenho certeza. Ele é um homem muito bom… E MÁSCULO!

- Ele saiu agora há pouco e chutou o vaso de planta ali na entrada, que felizmente, e não sei como, resistiu e passa bem. Eu devo ter aprendido uns 20 palavrões novos só nos 10 segundos que ele cruzou o hall. Parecia bem irritado...

O Diabo Não Usa CrocsOnde histórias criam vida. Descubra agora