As Crocs de pedras vermelhas e os camarões gigantes

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Notas iniciais:

Finalmente voltamos, anjos. Desculpem a demora, pois é muito complicado escrever durante o período. Bom, mas aqui estamos para a noite maluca que prometemos. Esperamos que curtam!

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Assim que desceu do uber, Bakugou sentiu seus dedos dormentes, a cabeça leve e percebeu que a imagem estava fora de foco. Precisava se fixar em alguma coisa e nada melhor que os cabelos vermelhos e altos de Kirishima. Aquele penteado era uma merda. Mas até que não ficava ruim no secretário. O editor até achava bem interessante daquela ótica.

Como possuíam ingressos VIP, entraram rapidamente na boate. Eijiro estava sóbrio suficiente para notar que Kaminari também já não estava muito bem, e abraçava Sero e Mina, jogando-os para qualquer direção. O editor célebre estava logo atrás de si, mantendo uma distância saudável para as aparências.

A dona do lugar, Kyoka Jirou, foi de encontro aos convidados de Bakugou, estranhando a quantidade de pessoas ao redor do loiro, porém, ficava feliz em ver que ele tinha outras interações sociais que não ela ou Midoriya.

- Sejam bem-vindos ao Sound Check! Eu sou Jirou, a dona e manager daqui. Espero que curtam a noite!

No mesmo momento, os olhos de Kaminari arregalaram-se. Não tinha ideia do motivo, mas estava na frente da mulher mais estilosa e foda que já havia conhecido. Ashido percebeu a perturbação nas ondas cerebrais do amigo e deu-lhe um beliscão em alerta, que quase o fez pular.

- O-Obriiiigado… Porrr shabe? Nosh recheberrr…

Disse Denki, de forma enrolada. Em consequência de seu hálito alcoólico, Kyoka virou um pouco seu rosto para não receber as rajadas diretamente.

- Shóó posso istar cum um anxu na frentii.

Kirishima segurou a manga de Bakugou ao percebê-lo irritado com a atitude inocente de Kaminari. Sabia que o elogio era sincero e não fazia por mal. Encarou o chefe na tentativa de tranquilizá-lo, mas não esperava pela reação do outro. O estado era quase crítico. O editor arreganhou a boca mostrando todos os dentes em algo que sequer poderia ser chamado de sorriso. Era assustador. O ruivo soube na hora que precisava sentá-lo em algum lugar e fazê-lo beber água.

- Oi, dona Jirou! Tudo bem? Tem algum lugar um pouco mais reservado no qual a gente possa sentar um pouco?

- Ah! Claro! Reservamos uma área VIP para vocês. Já que é a primeira vez do Bakugou aqui, a primeira impressão é a que fica, não é? Venham por aqui!

O grupo seguiu a mulher de cabelos preto-azulados, Cheap Thrills tocava alto enquanto as pessoas já se aglomeravam. A decoração envolvia luzes multicoloridas e discos antigos, pairando entre o moderno e o contemporâneo. Não era à toa que a boate havia recebido avaliações positivas. Subiram ao andar da cabine do DJ, porém, indo na direção de uma sala de portas fechadas e vidros pretos.

Ao entrarem no local, todos, com exceção a Bakugou e Kyoka, se viram em um daqueles filmes de gente rica. Garrafas de champanhe Chandon e Vodka em baldes de gelo, espalhadas por todo o lugar, camarões maiores que o braço de um bebê, profiteroles, presunto ibérico, damasco e brie. Além da comida inacreditável, sofás de couro e poltronas para receber muitas pessoas. Era mais luxo do que os Kirimigos já haviam experimentado na vida inteira.

A dona da boate se aproximou do amigo enquanto os outros distraíam-se com o luxo.

- Bakugou, sinta-se à vontade. Não é todo dia que você decide deixar de ser antissocial e ficar trancado naquele escritório.

O Diabo Não Usa CrocsOnde histórias criam vida. Descubra agora