As Crocs Vermelhas e o Aniversário do Bakugou

5.7K 765 2.7K
                                    

Notas iniciais

Vamos começar agradecendo por todos os comentários, os mais de 2k de visualização e as nossas mais de 200 estrelinhas. Vocês são o máximo e a gente começou essa história sem pretensão alguma. MUITO OBRIGADA!

SOBRE O CAPÍTULO: Não há muito pra dizer, só que a gente ama o Marvin Gaye e surtamos escrevendo. Achamos que vocês vão gostar.

LET’S GET IT ON…

*

Kirishima estava sentado em sua mesa, tarde da noite. O trabalho extra parecia surgir de todos os lados. O celular pipocava com mensagens de Midoriya, as quais sequer conseguia ler. Tudo desesperador. Precisava cumprir seus prazos, arrumar a pilha de roupas de um editorial qualquer que havia acabado de surgir e ainda havia a tonelada de copinhos de café que agora precisavam ser corretamente separados por tipo, cafeteria e tampa. Sentia-se sufocado e quanto mais fazia, mais coisas apareciam, em um ciclo sem fim.

Foi quando tudo sumiu, trazendo um alívio imediato. Mas a atmosfera pesou. Algumas luzes se apagaram, o cheiro de shampoo de morango surgiu no ambiente. Engoliu em seco. Tentou concentrar-se no computador. Uma música saía da sala do chefe. Conhecia bem aquela melodia. Era Let´s Get It On.

- Kirishima, quero você aqui. AGORA!

Chamou a voz rouca na sala ao lado.

Levantou-se apressado, derrubando uma pilha de papéis, mas pouco se importou. A porta parecia mais distante a cada passada, mas queria muito entrar naquela sala. Abriu, afoito. Sua respiração descompassou, suas pupilas dilataram, e sentiu vontade de exclamar qualquer palavrão que Bakugou não gostaria que ele dissesse.

O chefe encontrava-se sentado de pernas cruzadas na mesa. COMPLETAMENTE NU. Exceto pelos pés que portavam um belíssimo par de Crocs vermelhas.

Era muito mais do que Eijiro poderia suportar.

Sentia seu corpo perder o controle perto daquele espécime de masculinidade polida.

- B-Bakugou? O senhor me chamou? Precisa de alguma coisa?

- Achei que você fosse competente o suficiente para entender o que eu preciso, sem que eu tenha que pedir. Ou vai me decepcionar, cabelo de merda?

Respondeu o loiro, com um olhar ameaçador, e ao mesmo tempo, sedutor. Descruzou as pernas devagar, abrindo-as convidativamente. Qualquer chave de consciência em Kirishima foi desligada.

O ruivo caminhou até o editor, e, como em uma reverência, ajoelhou-se no chão de frente ao membro já ereto do outro.

- Quem manda aqui sou eu, cabelo de merda…

Bakugou estendeu a perna e afastou o secretário para longe de si. De repente, um barulho alto e estridente surgiu.

Kirishima estava duro. DURO. E não eram nem sete da manhã. Abriu os olhos e sacudiu a cabeça tentando livrar-se daquele sonho. Eles só haviam se beijado, uma vez! Uma única vez! E ele estava totalmente fora de órbita. Era difícil ignorar quando Bakugou chegava no escritório, quando ficavam sozinhos discutindo os problemas que o editor precisava resolver. Seu estômago revirava, a boca ficava seca. Aquele beijo havia sido um acidente, mas…

Às vezes, tinha impressão que o chefe não estava tão alheio àquilo. O percebia olhando-o, mas ao mesmo tempo, podia ser só uma avaliação cuidadosa de seus novos looks, afinal, Midoriya testava todos os tipos de cortes e estampas possíveis no ruivo.

O Diabo Não Usa CrocsOnde histórias criam vida. Descubra agora