PFW e as Crocs azuis de All Might

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Notas iniciais:

Tá acabando, gente. Pretendemos soltar mais 2 capítulos até amanhã de noite. Esperamos que vocês fiquem conosco até o final.
Boa leitura e bem-vindos à Paris.

*

Sete horas de viagem. Sete horas confinado com Kirishima em um avião que nunca pensou ser tão pequeno. Não sabia se agradecia por aquilo ou se surtava e o distanciava. Ele era tão confuso! Se não queria ficar perto dele, não aceitasse aquela merda de trabalho.

O editor tinha em mente que era tudo culpa do Deku de merda! Ele havia dito que se virava sozinho, mas não! Aquele filho da puta de cabelo verde não tinha a porra da capacidade intelectual para entender uma merda de frase tão simples.

Bakugou sentiu-se ainda pior tendo que encarar o sorriso profissional do atual primeiro secretário. Ele era tão perfeito em seu trabalho que não conseguia sequer encontrar motivos para brigar com ele. E agora estava… Diferente. O loiro não conseguia decidir se para melhor. Mas tinha que encarar aquele desafio. Eijiro estaria ao seu lado durante aquela semana e precisaria de toda a força de vontade do mundo para não se declarar novamente, ou mostrar que precisava dele, e não era como secretário.

Logo ao chegar no aeroporto, flashes de câmeras começaram a disparar. Era óbvio que alguém como Bakugou Katsuki não passaria incólume às lentes. A mídia estava ali. Esperando por um aceno, ou um deslize. Quando o editor-chefe da U.A percebeu, seu secretário andava atrás de si, como uma sombra, usando óculos escuros e uma boina preta da Dior. Estava praticamente irreconhecível. Certamente Deku estava por trás daquilo, e claramente Kirishima não queria ser reconhecido. Daria certo, se ninguém olhasse para seus pés.

Entrou no carro, passando os dedos pelo cabelo e esperando que o secretário ditasse o endereço do hotel, onde chegaram em pouco tempo.

A cidade ficava lotada de fashionistas e celebridades que concorriam para frequentar os desfiles mais disputados e trazer mais cor à às vezes tão cinza Paris. Estava mais que acostumado com aquilo. Era quase como seu habitat natural.

Conhecia o hotel como a palma de sua mão e sempre fora bem recebido ali. Geralmente, o secretário que o acompanhava ficava no quarto à frente. Eles já conheciam o esquema. Então, estranhou quando a recepcionista entregou apenas uma chave nas mãos de Kirishima.

- E o outro quarto?

Perguntou Eijiro à recepcionista.

- Só recebemos a reserva de apenas um quarto, senhor.

O loiro observava de longe a retórica entre ambos o secretário e a mulher. Aquilo já deveria estar mais do que resolvido, já que Midoriya lhe garantira que a reserva estava feita. Decidiu intervir para tentar chegar ao quarto o mais rápido possível, estava cansado e toda aquela reviravolta o deixara com dor de cabeça.

- O que está havendo Kirishima? Por que ainda não estou em meu quarto?

- Bom… Aparentemente houve algum tipo de erro no pedido e há apenas 1 quarto reservado para a U.A.

- Como assim?

Katsuki dirigiu-se dessa vez à recepcionista.

- Nós estranhamos o pedido, senhor Bakugou, mas o senhor Midoriya reservou uma suíte de casal e disse que seria mais apropriado. Eu mesma recebi a reserva e está no nome de ambos os senhores.  

- Apropriado?

- Senhor, não fazemos questões quando as suítes são reservadas.

- Então reserve outra para ele!

O Diabo Não Usa CrocsOnde histórias criam vida. Descubra agora