Capítulo 11

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Autora Point Of Views


Já estava tarde, Lauren sabia já já iria embora. Sinuhe já havia chegado e feito um lanche para Lauren, ligando o aparelho de Camila. A latina sentiu-se envergonhada de Lauren assistindo a forma como se alimetava. Do outro lado, Lauren mal se importava, estava contante por está se alimentando e Camila também. A latina relaxou os ombros quando de Lauren não partiu mudança em seu olhar. Era como se Lauren a vesse comendo normalmente, assim como a própria.

A ligação que estavam tendo, a cada dia se intensicava mais, até Sinuh notava. Ninguém era frequente com visitas para Camila, nem a própria prima, Keana. De certa forma, Sinuhe tinha receio, imaginando como aquilo acabaria, sua filha ficaria sozinha e sentida com a partida de Lauren, pois ela, sabia que Lauren era livre, diferente de Camila. Lauren após a faculdade ou entre ela, faria viagens, além do mais, a própria escolha da faculdade era exatamente isso.

E foi temendo isso, que chamou Lauren para uma rápida conversa na cozinha, alegando para Camila que precisaria da ajuda da morena.

— Exatamente com o que precisa de ajuda? – Lauren questiona de bom agrado, sorrindo gentilmente ao adentrar à cozinha.

— Na verdade eu menti, não preciso de ajuda alguma, apenas queria trocar algumas rápidas palavras com você. – Sinuhe não foi rude, mas não deixou de preocupar Lauren.

— Uh, pode dizer. – Balbucionou fitando os castanhos com atenção.

— Lauren, querida. Você sabe que tenho certo apreço por você, não é mesmo? Senti que você era uma ótima pessoa quando veio aqui pela primeira vez um mês atrás. – Lauren parecia confusa com as palavras de Sinuh, não entendia onde a mesma queria chegar. — Mas eu não posso deixar de preocupar com Camila. Vocês tem se tornado próxima demais, você vêm vê-lá todos os dias, não que eu não goste, você fez bem à ela. Porém, o que me preocupa é até quando poderá visita-lá, você é jovem e uma vida toda à diante.

— Estou até um pouco ofendida, não pretendo abandonar Camila. Além de mim, Camila também tem toda uma vida pela frente, mesmo com sua condição. E eu não pretendo parar de visita-lá. – Lauren pronunciou-se evitando a carranca, não havia gostado da insinuação de Sinu. Não pretendia deixar Camila.

— Lauren, querida. Eu estaria sendo ingênua se isso fosse realmente verdade, já parou para pensar que Camila jamais poderia ser livre como você? Após sua faculdade, se lhe surgir oportunidades de fora ou entre os anos de faculdade?

— Sinto muito Sr. Cabello mas isso não desrespeita a você, somente a mim, e me desculpe a grosseria, mas não vejo nexo nessa conversa. O que você exatamente quer?

— A segurança de Camila, fisica e emocional. Me desculpe intrometer em sua vida, querida. Só estou... Um pouco aflita. – Respondeu.

Lauren sorri amerelo. 

— Eu a entendo, mas não vejo necessidade. Sabia que está longe de mim magoar Camila. – A morena explica, ainda se sentia desconfortável com a conversa.

— Eu sei que sim. – Sorri de canto. — Poderia não contar nada a Camila? – Seus olhos suplicam.

— Está tudo bem. – A mulher sorri reconfortante. — Vou me despedir de Camila, já está tarde.

Sinuh assente assistindo Lauren sumir pelas escadas.

— Camz? Já está tarde, acho que já vou indo. – Lauren murmura ao adentrar ao cômodo.

Camila assistia tevê com uma feição sonolenta.

— Fica mais um pouquinho. – A latina pede, gostava muito da presença de Lauren.

— Por meia hora. – A maior indaga, sentando na almofada próxima da bolha.

Camila era adorável sonolenta, Lauren sentiu vontade de lhe servir apoio, mas não era possível.

— Então eu acho melhor não perde-ló com novela. Podemos conversar, sim? – Sugere com um sorriso preguiçoso.

— Camz, você está caindo de sono.

Camila revira os olhos.   

— Daqui meia hora eu durmo, mas então... O que podemos falar?

A pergunta chegou a um ponto que Lauren se interessou.

O que poderiam falar?

— Acho que com os trinta e um dias de convívio diário me fez conhecer muito você e nossa afinidade crescer. Então, devido a eu te conhecer tanto, talvez você deve me conhecer um pouco também.

— Eu a conheço. – Camila parece se divertir. — Você é a safada que come os charutos de mama e diz que estão uma delícia, mesmo sentindo vontade de cuspi-los.

Lauren a encarou pasma.

— Como você pode dizer isso? Eu os acho... – Lauren pareceu pensar, buscando as palavras certas.

Camila tem uma feição divertida, apertando os lábios para não ri.

— Hm? Diga-me. – A latina provoca.

— Ah. – Lauren suspira. — Eles são... Incomuns.

Camila gargalha.

— Meu Deus, Lauren! Não deixe mama ouvir isso, ela ficaria totalmente ofendida. – Diz, ainda rindo e Lauren sente-se envergonhada.

— Mas é sério agora, Camila. Quer me conhecer?

— O que você quer me contar? – A garota arquea uma das sombrancelhas sugestivamente e Lauren suspira.

— Bom... Todas as pessoas que são próximas de mim, familiares e amigos e você, eu confio cegamente. – Camila sentiu-se feliz com a palavra, confiança, conquistar algo como isto, era difícil. — Todos sabem Camila, eu ainda não contei pra você, não por sofrer alguma crise existencial por causa disso ou por temer. Na verdade, é muito aceitável por mim, eu não tenho problema algum, sinto-me até exuberante.

— Meu Deus, como pode misturar suspense com o seu ego? – Lauren gargalha. Camila não seria Camila se não alfinetasse.

— Deixe-me terminar. – A morena reclama. — Eu nasci com um condição especial, o nome é intersexualidade. – Camila franzi as sombrancelhas, Lauren se apressa em explicar. — Isso quer dizer que eu nasci com um corpo feminino e minha genitália masculina.

— Uh. – Camila aperta os lábios. — Isso quer dizer que você...?

— Um pênis. – Lauren confirma. — Eu tenho um pênis,  já não sou tanto normal como você acreditava.

— Você não é normal não por ter um pênis, Lauren. Você não é normal porque você separa as comidas diversificadas uma das outras, em cantos no prato, é tão engraçado. Você não é normal porque você coloca toda sua atençao em mim enquanto eu falo, parece odiar ouvir minha voz sem me fitar. Você não é normal porque você se enrola nos seus próprios pés e você não é normal porque é a única ao fazer meu coração disparar.

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