A Garota da Bolha

Capítulo 10

Autora Point Of Views

Ao passar a tarde assistindo novelas mexicanas, Lauren demostrava que não só se acostumava, como também gostava. Passou a achar o roteiro interessante e até discuti-ló com Camila. A latina enchia as palavras em sua boca, quando o assunto era uma de suas novelas, ela falava por mais de uma hora. Lauren ria, ria bastante pois Camila era ela, engraçada e tão austral alto. Os dias que começará a dividir com Camila deixavam Lauren conhecer mais da latina e a achar incrível. Gostaria de fazer tantos elogios incomuns à Camila, questionando à sí se podia ou se Camila iria gostar. Era um misto de questionamentos internos, mas Lauren estava fascinada com Camila. Ela se perguntará, como uma alma pode brilhar tanto, Camila resplandecia. Olhava para a latina dentro de um bolha, tão limitada e presa em um cômodo, ela deveria ser tão triste e solitária, mas Camila chegava a gargalhar, o som era tão dócil, Lauren mal notou quando havia virado o seu som favorito. O barulho do mar era o mais envolvente e único já ouvido, mas ainda sim a risada de Camila superava. A morena não notava mas estava ficando perdidamente apaixonada por Camila. Seu coração começava a vibrar com a visão do sorriso de Camila com a língua entre os dentes.  Parecia que a parte interna de Lauren queria gritar, gritar o quanto tudo aquilo era bom. Porém, Lauren quando notar, teria mais questionamentos; Como? Quando? Era possível?

Jamais teve contato com Camila e jamais poderia ter. A latina nunca poderia ser exposta, sua vida era a bolha ou a roupa protetora. A quentura de sua pele, jamais poderia ser sentida e apreciada, isso à levaria a óbito.

Então, as coisas começariam a se complicar.

— Camz, já assistimos três novelas. – A morena boceja e se movimenta para estalar os ossos, causando um barulho de quebra.

A latina fez o mesmo, sentindo seu corpo menos tenso.

— Então, agora irá mostrar o que trouxe? – Perguntou com ansiedade.

Lauren revirou os olhos, Camila quando colocava algo em sua mente, ninguém tirava.

A morena olha para a janela, estão abertas e escuras, o céu em um azul escuro e totalmente sem estrelas.

— Vou sim. – Ela murmura se aproximando da mochila e a capturando. — Mas irá precisar fechar os olhos.

— Tudo bem. – A latina força suas pálpebras a se fecharem.

— Não agora, Camila. – Ela diz, assistindo o cerrar de olhos da menor.

— Mas você não falou quando. – Resmugou. Lauren arrastou-se até a bolha e apontou para mais algumas almofadas.

— Coloque elas na beira da bolha, da maneira correta para que possa deitar e apoiar todo o seu corpo.

— Tem mesmo necessidade? – Camila tinha preguiça, muito preguiça.

— Não conteste, Camz. – Lauren reclama. — Quer ou não ver o que eu trouxe?

A latina assente levemente e faz o que Lauren havia pedido.

Lauren faz o mesmo. Porém colocando o começo das suas almofadas no final das de Camila.

— Agora você pode deitar e fechar os olhos, so os abra quando eu pedir. – Decretou e Camila o fez, apenas por está anciosa e curiosa para o que poderia ser.

Lauren pressionou seu dedo no interruptor e apagou a luz do cômodo, Camila soube pois a luz em suas pálpebras fechadas, enfraqueceu.

Após achar a tomada desejada e conectar o aparelho, Lauren caminhou até suas almofadas ao lado de fora e se deitou.

O rosto de Camila estava na altura do de Lauren, apenas em posições diferentes, já que Lauren estava de cabeça para baixo e Camila de forma certa.

— Antes que abre os olhos, quero pedir que imagine um lugar, a qual queria estar.

— México. –  A latina rapidamente diz, e Lauren já sabia. Afinal, era exatamente isso.

— Então agora, imagina que estamos indo, viajando para o méxico e abra os olhos.

A latina abriu os olhos e encontrou a ilusão próxima das estrelas bem em seus olhos. Ao teto exibia estrelas em um céu escuro, diferente do real céu naquela noite.

Pasma, a menor vira seu rosto em direção aos de Lauren e nota fórmulas de estrelas refletindo na face da maior.

Era um visão linda, o rosto de Lauren era extremamente perfeito. Os traços angelicais e as íris esverdeadas idênticas as galáxias que a ilusão no teto agora mostrava.

Seguidamente, o barulho de uma fita é tocada. O som de diversas pessoas em um espanhol perfeito se comunicando quando a ilusão muda para uma estrada do méxico, após amanhecer.

Lauren colocou as estrelas, como uma viagem à noite, a galáxia como se demostrasse atingir o inalcançável e o México, o destino que Camila queria.

As órbitas castanhas fitaram pessoas em uma perfeita ilusão de que pudessem está próxima e Camila também estivesse lá. Era exatamente como é feito ilusões em 8D em shoppings.

Camila olhou admirada para Lauren, com um sorriso de rasgar o estômago, a morena retribui. Quando ao virar seus rostos estam extremamente próximos, já que estavam na mesma altura.

Ficarem breves segundos se encarando quando a luz pareceu ficar forte atraindo o olhar de Camila, a ilusão parecia descer até sí, Camila se sentiu estando realmente no México.

As imagens mudaram expondo as praias de Cancún, Caribe, Camila agitou seus pés quando a ilusão de tocar a areia pareceu real demais. O som de vozes foi trocado pelo baralho relaxante do mar, como um assovio, o mar misturando-se com o barulho dos pássaros.

Camila assistiu o movimento das águas, sentindo seu coração borbulhar quando a luz em um baque traz a perfeita ilusão de está sobre a água, o seu balanço e até mesmo uma onda a atingindo.

Camila gargalhou.

Era essa a sensação de ser atingida por uma grande onda? 

A latina ainda sorria, largamente. Admirada, realizada, fascinada... E agradecida.

Desviou os olhos do teto e virou seu rosto para encontrar novamente os olhos de Lauren, a morena rapidamente murmura:
 
— Se você não pode ir ao México, eu trago o México até você.