Capítulo 23

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Autora Point Of Views

A notícia da gravidez de Camila havia sido mencionada aos familiares, chocando-os. Doutora Gina explicou para Sinuhe sobre a condições de Lauren, como essa gravidez havia ocorrido e também usou as palavras de Camila para explicar que havia sido tudo da maneira de Camila, como desejou e com seu consentimento. Conversaram sobre o óbvio, as duas se amavam, um fato. Keana pareceu frustada de imediato. Era sua melhor amiga, embora entendesse.

A situação era que Camila era adulta, mas dependente. Sua mãe mal lidava com o fato de perder-lá e agora com a recente notícia da filha grávida e possível o feto não poder ser lavado à diante, à espera de um aborto espontâneo que puderia acabar com a vida de Camila em sopro, desesperou-se critindo a ideia de Camila se negar a um aborto com antecedência.

Então, voltava a mesma fase. Ninguém poderia entender Camila como ela mesmo, sentir o que só ela sentia. Era a decisão da latina, precisavam parar e deixa-lá. Lauren com a notícia desesperou-se, não por ter um filho, mas porque Gina não deixou a mesma ser agraciada com a notícia de ser mamãe, seguidamente ela ouviu que teriam de realizar um aborto ou o feto mataria Camila.

Dois baldes de água fria, como poderia lidar?

Camila repetiu suas palavras para Lauren, ela gostatia de poder gerar o filho de ambas, embora fosse impossivel. A morena entendia que Camila era um cabeça dura e tão pouco ajudou na ideia de Sinuh convencer Camila em abortar. Lauren suspirou em um murmurar "Eu estou com você." Então, era tudo que Camila precisava ouvir.

Gina voltava a dizer que era uma loucura, Camila não aguentaria, nem com os tratamentos, em uma semana não mostrou bons resultados. Porém, era uma decisão da latina, era o seu corpo e o seu feto.

— Por favor. – Camila suplicou. — Você precisa me ajudar. Em toda a minha a vida, jamais pude prever algo assim, mas o tendo feito, sinto que jamais poderia retira-ló. Eu o estou desejando com todas as minhas forças.

— É complicado, minha querida. – Gina murmurou. — Estou fazendo o meu melhor, estudando o seu retrocesso, que, infelizmente, é o que tem acontecido. Desde o início do tratamento, não houve bons resultados.

— E o que eu devo fazer? Não é mais por mim, Gina, é po- É interrompida.

— Não há como levar essa gravidez à diente, estou a alertando novamente disso. Outro fato é, se essa criança pudesse vir ao mundo, passou por sua cabeça que ela poderá nascer com a mesma condição especial que você?

Camila apertou os lábios, foi pega de supresa.

— Me escute, Camila. A sua chance de está estável, é iniciando o aborto logo. Eu sei que é difícil de lidar, mas é o certo a se fazer. – A mais velha suspira.

— Olhe, Gina. – Camila a fita com atenção. — Estou certa de que minha condição é agravante, mas por que eu trocaria alguns meses por um vida que poderia ter anos?

— Não é possível o nascimento desse bebê, Camila. – Gina levanta da beira da cama a movimenta-se pela bolha. — Tenho grande carinho por você, mas se seu corpo alarmar pioras, com a autorização de sua mãe iremos realizar o aborto, não é justo trocar o certo pelo duvidoso.

— E não cabe a você e mama decidir por mim. – Camila é rude, assustando Gina. — Me desculpe. – Suspira. — Eu só nunca pensei que em como novelas, seria necessário escolher entre mim e o meu bebê.

— Pense por algum tempo. – Gina propõe. — Eu a vejo mais tarde. – Avisou antes de se retirar.

Camila estava certa de que não realizaria aborto algum, apenas cederia seus últimos meses em um hospital, lutando para a vida de um ser que insistiam em dizer que jamais viria ao mundo.

Um pouco mais tarde, Lauren voltava ao hospital, trazia em mãos livros, bastante livros. Adentrou ao cômodo que a latina estava lhe arrancando um sorriso de canto.

— Uh, quantos livros, não? – Questionou fitando-a com atenção.

— Boa tarde. – Lauren diz sorrindo ternamente. — O bastante para o tempo necessário. – Informou pousando-os na escrivaninha.

— E o que temos para hoje?

— Oh, vamos lá... Não está mesmo desconfiada que seja uma das obras de Machado de Assis?

Camila ri.

— Interessante. – Aperta os lábios. — Você está bem?

— Estou sim. – Lauren responde ao vesti-lá com uma roupa protetora, seguidamente usando luvas. — E você continua bela.

— Sim, estou fazendo o cosplay da noiva cadáver. – Responde divertidamente ganhando um rolar de olhos de Lauren.

— Quando digo que está bela, é porque realmente está. Com todos traços em seu rosto, consigo ver o quão bela é lutando.

Camila sorri altamente envergonhada.

— Pare com isso. – Pede em súplica quando Lauren adentra a bolha com um livro, após limpar sua capa com álcool em gel.

— Tudo bem, vamos lá... Hoje leremos Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Camila anima-se, ajeitando sua cabeça melhor no travesseiro.

Então Lauren, sentou-se na beira da cama e começou a ler.

—  Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou
pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a
minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento,
duas considerações me levaram a adotar diferente método: a
primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco....

Camila tinha os olhos vidrados ouvindo com atenção a leitura de Lauren, até que parou para observar a garota à sua frente. Tão linda e tão decida em está com Camila, em ama-lá.

Então Camila pensou.

Talvez não fosse tão amaldiçoada assim.

Em meio as trevas, ela tinha alguns dias de luz.

Todos proporcionados por Lauren.

A Garota da Bolha Onde histórias criam vida. Descubra agora