Capítulo 13

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Autora Point Of Views

Tão rápida como um vulto. Bastou uma ligação de Keana e Lauren já havia pegado o primeiro vôo e voltado para Massachusetts. Assustada, seu coração doía incontrolavelmente. A culpa a corroendo por dentro, embora não devesse. Se martirizou, "É a minha culpa." Sinuhe havia conversado com Lauren, a morena havia dito que jamais magoaria Camila e aquilo servia para seu físico abalado, não queria ter colocado Camila em risco. Prometeu que voltaria, mas Camila sempre foi incomum.

Lauren esmurrou seu volante, resmungando um "Droga Keana, por que não me atende?" Necessitava muito de informação, até que pudesse está no hospital mencionado pela amiga.

Alguns kilometros de distância, Lauren implorava ao seu Deus, para que Camila estivesse bem. Ela jamais se perdoaria, ou saberia lidar  com aquilo.

Ela temeu mais ainda quando pensou sobre a condição de Camila e quão difícil seria realoca-lá até o hospital e em como isso poderia ser feito. O alívio era ter ouvido sobre a doutora Gina está com Sinuhe no momento ocorrido.

Provavelmente em uma hora, Lauren esteve na entrada do hospital. Totalmente desorientada e preocupada. Keana não atendia e ao menos sabia onde Camila se encontrava.

Porém, para sua sorte uma Keana chorosa a chama, apertando em súbito seu corpo.

— Lauren! – A morena acolhe Keana em seu corpo, retribuindo o abraço.

— Keana! Onde está Camila? O que há com Camila? – Seu tom aflito preencheu os ouvidos da menor que afastando negou com a cabeça.

— Lauren, estão horas lá dentro! – Apontou para as portas brancas, a mesma continha uma placa vermelha. "Emergência."

O corpo de Lauren tremeu, temendo todos seus pensamentos aterrorizantes.

Sinuhe voltava com um café, notando uma presença nova, travou seu maxilar.

Os olhos verdes avistam a mulher mais velha.

— Eu sinto muito! – Ela murmura, com os olhos marejando.

— Infelizmente suas desculpas não valem de nada. – Seu tom é rude. Keana estreita os olhos e enxuga os  olhos.

— Tia, por favor... – Súplica. — Estamos todas preocupadas.

Após as palavras de Keana, Doutora Gina sai da sala de emergência, segurando sua prancheta.

—  Gina! – Sinuhe exclama. Era íntima da mulher. — Como está Camila?

A mulher sorri levemente, quando próxima toca os ombros de Sinuhe.

— Está tudo bem. – Neste momento todos parecem respirar fundo. Soltar o ar pesado de seus pulmões que nem ao menos sabiam que o prendiam. — O excesso de tempo foi porque a condição de Camila é extremamente delicada, tivemos que acampar uma bolha para que Camila pudesse retirar a roupa protetora e então ser examinada.

Sinuh suspira.

— Isso me alivia tanto. – Seus olhos estão marejados. — Santo Deus, nunca estive tão preocupada.

— Na verdade, a grande heroína foi você apertando até a mão dar calos uma minúscula bombinha de ar, isso salvou a sua filha. – Ela diz com ternura, fazendo a mulher a sua frente assim chorar.

Keana aproxima da tia e a abraça.

— Heroína. – Ela sussurra em seu ouvido, apertando seu corpo.

Com o passar do tempo, Camila pôde começar a receber visistas.

— Eu vou ver a minha filha. – Sinuh rapidamente diz, mas Gina a pede para acompanha-lá primeiro. — Irá me dá uma má notícia? – Sinuhe pergunta enquanto caminhava pelo corredor com Gina.

— Na verdade não, é uma novidade para Camila. – Sinuh tem os olhos curiosos. — É uma nova roupa protetora, semelhante a de astronauta, olhe só. – Expôs o produto. – Assim do pescoço para cima é transparente, não como a ruim que só deixava os olhos de Camila exposto.

Toda aquela roupa protetora acompanhava um enorme aparelho de ar, com rodas que necessitava do auxílio de alguém para empurrar na medida que Camila andasse.

— Ela irá adorar. – A mais velha diz contente.

— Sim, mas irá precisar seguir o meu conselho, entrar em contato com um arquiteta. – Diz gentilmente.

— Amanhã mesmo. – Se apressou em dizer.

Do outro lado do hospital, em um cômodo, Keana e Lauren visitavam Camila.

— Que susto nos deu, hein? – Keana reclama, apertando os labios ao ver Camila tão distante, rodeada pela bolha.

Após um susto como este, quis espremer a prima em seus braços, mas infelizmente não podia.

Camila do lado de dentro da bolha abre um sorriso fraco, provavelmente os remédios estavam lhe cansando.

— Ao menos a Lauren veio, não é mesmo? – A latina tentou ser divertida, mas nem Keana e nem Lauren sorriu.

— Isso não é engraçado Camila, se quisesse me ver, me ligasse e eu voltaria no mesmo dia. Tem noção que quase tive cabelos brancos antes de tempo? – Ela parecia raivosa.

A latina gargalhou, de maneira cortante, seguidamente fazendo uma careta.

— Isso é resultado por um surto que quase te matou. – Keana falou, assumindo uma feição triste. — Por favor, nunca mais faça isso. – Suplicou, o que deixou a latina triste.

— Me desculpe. – Pediu envergonhava.

O celular de Keana vibrou e após ler a mensagem, murmurou:

— Meus amigos estão lá em baixo, vieram te ver, vou busca-los. – Informou fazendo a latina assentir.

Quando a sós, Lauren pareceu desabar.

— Eu nunca senti tanto medo em toda minha vida. Nunca temi tanto perder você. Que droga Camila, o que seria de mim sem você?

— Eu sou tão necessária assim? – Questionou, totalmente surpresa.

— É mais que isso, é uma parte de mim.  

A Garota da Bolha Onde histórias criam vida. Descubra agora