A Garota da Bolha

Capítulo 22

Autora Point Of Views

Duas semanas depois...

Quatro dias. Camila manteve-se desacordada por meros quatro dias. No quinto dia da semana, após o abrir das pálpebras, expondo os castanhos enfraquecidos, a latina iniciou seu tratamento. Com passar dos dias, Camila comerá a ter enjôos com frequência, o que cogitaram ser possíveis efeitos da doença. Após duas semanas, em meio desta, foi preciso realizar mais exames em Camila e questiona-lá do que poderia está sentindo.

A aparência de Camila, era drástica pelas duas semanas. Seus olhos continha orelhas fortes e vermelhas, o rosto ainda mais pálido pela ausência em dezoito anos de sol. Os lábios rachados e rosto fundo, maças do rosto enfraquecidas. Lauren, Sinuhe e Keana passaram as duas semanas no hospital, embora nos quatro dias não pudessem fazer nada além de observar. Lauren por ter trabalho e faculdade e Keana também, na primeira semana começou a revezar com a amiga, até pedir licença no trabalho e paralizando sua faculdade por um tempo. Ao acordar de Camila, ambas mulheres ficaram contentes, se encaminhando para vê-lá. O baque de não presenciar uma Camila sorridente e saltitante, com tanto brilho em sí esmagou o coração de Lauren, ela assistia uma Camila de aparência cansada e dolorosa.

Novamente sobre a bolha e aparelhos Camila insistia na ideia de não continuar alí, o mencionar do seu estado agravante e o seu curto prazo, a fez questionar usufruiu-ló da maneira que sempre desejou, deixando Sinuh e as demais mulheres chorosas pois assim, Camila não estaria em um tratamento que a ajudaria ter mais tempo no mundo, com sua mãe, prima e sua paixão.

Mas era compreensível demais.

Por que passaria seus últimos meses em um hospital? Tratando para um prolongar de... Meses?

Bom, antes de uma possível saída de Camila, Dra. Gina pediu para ficar sozinha com a latina por alguns minutos, retirando Sinuhe e Keana que estavam por lá.

Gina se aproximou, adentrando a bolha com sua preparação, oferecendo um sorriso de canto para a latina.

- Hey, minha querida! Como se sente? - Sobre as luvas, tocou levemente o rosto da menor.

- Uh, péssima, um fato. - Soltou um riso nasal, seguidamente trazendo uma careta em seu rosto.

- Vou pedir para Meredith medica-lá depois para anestesiar suas possíveis dores, mas antes... Tenho algo importante para falar com você.

Seu tom sério fez Camila focalizar seus castanhos com atenção na mulher mais velha.

- Vai insistir para eu continuar? Gina... Eu não posso e ne- Foi interrompida.

- Sinto muito, Camila, mas o assunto é realmente sério e envolve sim o seu continuar no hospital. - A mulher suspira puxando sua prancheta. - Vamos lá... - Aperta os lábios, um tanto envergonhada pela pergunta. Ela acompanhará Camila desde quando era um bebezinho. - Você manteve relações sexuais? - Perguntou, embora já sabia que sim. Porém, temia o pior e gostaria de poder escutar de Camila como havia ocorrido.

- Oh... - Camila abriu e fechou os lábios até suspirar e mexer sua mão esquerda inquietamente. Gina era quase como sua segunda mãe. - Sim.

- E você não usou preservativo, presumo, sim? - Questionou. Camila encolheu os ombros antes de assentir. - Não.

- Camila, sei que não me desrespeita, mas estou um pouco curiosa e preocupada já que pelo seu caso tão delicado, tem me deixado assustada com tudo... - Apertou seus olhos. - Você autorizou, sim?

- Sim. - Seu murmurar relaxou Gina. - Foi algo a qual eu quis e obviamente no dia em que eu sai da bolha. - Confessou. - Para mim foi especial, eu jamais poderia descrever o quanto. - A latina sorri com lembranças à mente.

- Eu conheço? - Questionou. Bom, Camila não conhecia muitas pessoas, talvez fosse possível.

- É Lauren.

Gina estreita os olhos, confusa.

- Lauren?

Camila assenti.

- Sim. Eu tive uma noite mágica, Gina. Nunca achei que pudesse amar tanto alguém e entregar-me a Lauren, foi um dos atos a qual eu mais me senti viva e completa, feliz verdadeiramente. - Então Camila relaxou os ombros tensos, confessando tudo para sua doutora. - Lauren tem uma condição especial, é intersexual.

Oras...

Agora tudo faz sentido, mas não tanto.

- Lauren? Intersexual?

- Sim, Gina. - Camila da de ombros com a mulher mais velha olhando algo em sua prancheta.

- Camila, eu sinto muito. - Seus olhos estão sérios. - Eu quis falar antes com você para entender o caso e não levar a notícia diretamente para sua mãe. - Camila tem o cenho franzido. - Você está grávida, Camila, o que não deveria ser uma péssima notícia, mas em seu caso é. Dificilmente uma intersexual engravida, mas há um feto de duas semanas dentro de você.

Camila encara Gina, pasma, sem acreditar, negando com a cabeça ao murmurar.

- Uh, isso não está certo. Gina... - Camila está alarmada. - Por que você sente muito?

- Seu corpo está em desfalecendo, irá acontecer um aborto espontâneo que poderá agravar ainda mais o seu caso, ou será mais seguro realizarmos o seu aborto antes pois, infelizmente, o feto só irá... A prejudicar, as chances são zero de levar uma gravidez à diante.

Camila negou fortemente.

Por que caralhos...

O que estava acontecendo?

Sentia-se amaldiçoada.

- Eu não posso e nem quero fazer isso. - Jamais murmurou tão firme como agora.