Eu Serei Seu

Capítulo 3 - Medo

- POV Luca -

Esse homem começo a aproximar seu rosto do meu e sua mão apertava conforme força a minha cintura. Não conseguia me soltar, ele aproximou ainda mais o seu rosto e então, eu virei meu rosto.

- Hm, ok. - ele diz - Você vai querer um emprego? Você sabe que achar alguma oportunidade sendo ômega é difícil, né?

Ele diz e eu suspiro, a essa altura ele já havia soltado sua mão de mim e eu me senti mais desconfortável que tudo.

- Você me dá um tempo pra pensar? - pergunto.

- Tanto faz, só não demore muito, não gosto de esperar. - ele diz e me entrega um papel com o seu número. - Bem, já vou indo.

Olho para o papel pensativo, com a onda de azar que eu estou tendo, penso que seja suspeito aceitar uma proposta de emprego.

Não fez 1 dia que eu descobri meu papel na sociedade e já fui estuprado, assim que eu saí da lanchonete, caminhei rápido para casa. Assim que cheguei, suspirei aliviado.

Por que homens sentem tanto tesão em ômegas mais novos?!, pergunto a mim mesmo, subo para o quarto e vou para a janela. Ouço, então, alguém entrar em meu quarto. Era Susan.

- Oi, filho. Não conversamos o dia todo então, eu queria perguntar, você está bem? - ela pergunta e se senta na cama.

- Você viu no papel que eu sou um ômega, né? - digo e ela concorda com a cabeça. - Então, não sei o porquê, de que no exato momento que eu descobri que eu sou um ômega, eu fui estuprado.

Digo e a mesma coloca a mão em sua boca espantada, seus olhos também estavam arregalados.

- Quem que fez isso? - ela pergunta enfurecida.

- Foi um homem que parecia ter uns 25 anos, sei lá. - ela então, suspira.

- O triste é que, as pessoas consideram isso normal. Isso não tem nexo, estuprar uma criança de 14 anos de idade. - ela suspira e coloca seu rosto na palma das suas mãos.

- Calma, mãe. Prometo tomar mais cuidado, eu fui muito inócuo indo atrás de um Alfa sem ao menos conhecê-lo. - digo.

- Tudo bem, evite sair tanto, também não vou contar a sua mãe se não ela vai querer matar o desgraçado. - ela diz rindo.

Depois disso, fui jantar e logo voltei ao meu quarto para dormir.

...

Acordei ainda sem acreditar nas muitas coisas que aconteceram em um dia só. Tomei um banho e arrumei minha mochila para mais um dia escolar.

Assustado com o que poderia acontecer, andei mais rápido para o colégio. Ao chegar, suspirei aliviado e entrei.

- Foi embora ontem e nem falou comigo né? - ouço uma voz familiar atrás de mim.

- Hã? Você tá falando comigo? - olho para trás e vejo que é Liam.

Liam é um dos garotos mais altos e lindos do colégio inteiro, sua família é formada na grande maioria por Alfas. No ano passado, ele sempre andava com um grupinho e pouco dava atenção as outras pessoas, principalmente a mim que sou bastante relevante a ser notado.

- Sim! Quanto tempo, né? - ele diz e eu estranho.

- É... por que você está falando comigo? - pergunto.

- Como assim?

- Você nunca sequer falou comigo ou olhou pra mim no ano passado, acho que você nem sabe qual é meu nome. - digo.

- É... Luca??

- Isso foi uma pergunta?

Saio andando na frente e vou até meu armário, abro e coloco alguns livros lá e tiro outros.

- Tá, me desculpa. Eu sei que eu fui um babaca ano passado não só com você mas com as outras pessoas. - ele diz se encontrando no armário ao meu lado.

- Ainda bem que você notou. - digo andando na frente.

A essa altura eu não sabia aonde eu queria mas, eu estava me divertindo.

- Por que você está assim comigo? - ele pergunta.

- Eu via as maldades que você fazia com a galera da minha sala. - digo e ele arregala os olhos.

- Oh, me desculpe. Pensava que ninguém sabia disso...

Levanto uma sombrancelha para ele e saio andando até que o mesmo me segura pelo braço.

- Por favor, me desculpa. É que eu e os meus amigos tivemos uma briga, então não quero ficar sozinho enquanto eles andam juntos.

É meio estranho querer começar a andar com ele sendo que o mesmo só quer andar comigo para não se sentir sozinho?

- Ah, tudo bem então.

Um sorriso contente e delicado aparece em seu rosto junto a uma covinha. Aquela situação me deixou com vergonha e assim o sinal bateu.