Capítulo 4 - Um Amigo

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- POV Luca -

Assim que bateu o sinal para o intervalo, guardei minhas coisas e me levantei até o pátio, Liam vinha logo atrás. Ainda não me acostumei com a sua presença.

Chegando no pátio, procurei um banco pra me sentir confortável.

- Ali. - Liam diz indo na frente e eu o sigo.

O mesmo escolheu um banco que fica debaixo de uma árvore um pouco afastado do refeitório.

- Esse lugar é muito bom. - digo e vejo Liam confirmar com a cabeça.

Um silêncio constrangedor se formou entre nós, aquilo começou a me deixar desconfortável então a primeira coisa que veio na minha cabeça eu disse:

- Por que vocês brigaram? - pergunto olhando para Liam e ele continua olhando para frente.

- Por causa da minha família, eles tinham medo pelo o que membros da minha família faziam. - ele diz.

- Tipo?

- Meu pai estuprou um monte de gente de todas as classes e idades no passado e ainda deve fazer isso, mesmo sendo preso minha família tem dinheiro o suficiente pra libertá-lo quando quiser. Minha mãe tem um pavio muito curto e acaba brigando com um monte de gente chegando a atacá-los, sabendo disso, você já deve imaginar o que o resto da minha família deve fazer. - ele diz com um sorriso vazio.

- Imagino... mas, seus pais estão casados? - pergunto.

- Sim.

- E por que eles acham que seu pai ainda é ume stuprador?

- Por que meus pais estão casados mais por fortalecimento econômico, os dois são donos de grandes empresas de tecnologia e roupas, então eles continuam investindo mais no dinheiro no que neles mesmos, então eles não se amam, só fingem. - Liam diz.

Outro silêncio se forma, dessa fez não sabia o que pergunta porque tinha medo de puxar para o emocional.

- Vamos falar sobre você, como são seus pais? - ele pergunta olhando para mim com um sorriso.

- São duas mulheres. - digo com uma breve risada.

- Ah sim, desculpa. - ele diz envergonhado, acho que por pensar que eram uma mãe e um pai. - É por interesse ou por amor?

- Por amor, até onde eu saiba. - rio de nervoso.

- Uau, às vezes eu tenho vontade de ter um relacionamento com alguém próximo sem ser por interesse e sim por amor. - ele diz olhando para frente.

- Uh, é só esperar que alguém pode aparecer. - digo.

Liam abre um sorriso curto novamente e o sinal toca, consequentemente, voltamos para a nossa sala.

As últimas aulas não ocorreram nada de interessante, assim que o sinal toca para irmos embora, Liam já estava com suas coisas guardadas e o mesmo me esperava ao meu lado.

Ainda não estou acostumado com a sua presença, mas, parece que eu vou ter que me acostumar.

- Vamos? - ele pergunta assim que vê que eu termino de me arrumar.

- Claro.

Andamos até o lado de fora do colégio, estávamos calado e eu odiava isso. É horrível andar do lado de uma pessoa que você quer tanto conversar mas algo bloqueia isso.

- Você quer sair algum dia desses? - Liam pergunta e meu coração bate forte no término dessa frase.

- A-Ah, claro! N-Na verdade v-vou ver com minhas mães. - gaguejo e fico bravo internamente por estar assim.

- Você está muito fofo. - ele diz e eu estranho. - Você está vermelho.

Meus olhos arregalaram, nem eu sabia que eu ficava vermelho dessa forma, por impulso em coloquei minhas mãos no meu rosto e Liam ri.

- Bem, tenho que ir. - ele diz com um breve sorriso.

- Ahm, eu também. Até amanhã! - digo e ele retribui.

O caminho inteiro que eu fiz sozinho até em casa foi completamente devagar e pensativo, várias perguntas vieram a minha cabeça e acabei desligando do mundo, só voltei a realidade quando notei que chovia e eu não estava nem perto de cada.

Me encolhi e fui apressando meus passos até que um carro para do meu lado, quando a janela do carona se abre era Liam.

- Hey, entra. Não quero que você pegue um resfriado. - ele diz e o motorista aperta um botão que destrava o carro.

- N-Não precisa, eu já estou perto de casa. - minto.

- Entra logo. - ele diz sério e me rendo.

Assim que fechei a porta, Liam me entrega uma toalha.

- Por que tem uma toalha no carro? - pergunto.

- Eu ia usar caso eu fosse para a aula de ginástica, mas como eu não fui, não usei. - diz enquanto me enxugo com minha toalha.

- Onde é sua casa? - o motorista pergunta.

- Vai dirigindo, quando estiver chegando eu aviso. - digo e encosto minha cabeça na janela.

Assim que fiquei próximo de casa, apontei para o motorista onde era. A essa altura a chuva já tinha parado então não precisei me preocupar com a chuva.

- Da próxima vez, me obedeça. - ele diz com um sorriso provocante enquanto saio do carro.

Ele acena para mim e o motorista dirige, assim que entro em casa vejo minhas mães sentadas no sofá.

Eu Serei SeuOnde histórias criam vida. Descubra agora