- POV Luca -
Assim que bateu o sinal para o intervalo, guardei minhas coisas e me levantei até o pátio, Liam vinha logo atrás. Ainda não me acostumei com a sua presença.
Chegando no pátio, procurei um banco pra me sentir confortável.
- Ali. - Liam diz indo na frente e eu o sigo.
O mesmo escolheu um banco que fica debaixo de uma árvore um pouco afastado do refeitório.
- Esse lugar é muito bom. - digo e vejo Liam confirmar com a cabeça.
Um silêncio constrangedor se formou entre nós, aquilo começou a me deixar desconfortável então a primeira coisa que veio na minha cabeça eu disse:
- Por que vocês brigaram? - pergunto olhando para Liam e ele continua olhando para frente.
- Por causa da minha família, eles tinham medo pelo o que membros da minha família faziam. - ele diz.
- Tipo?
- Meu pai estuprou um monte de gente de todas as classes e idades no passado e ainda deve fazer isso, mesmo sendo preso minha família tem dinheiro o suficiente pra libertá-lo quando quiser. Minha mãe tem um pavio muito curto e acaba brigando com um monte de gente chegando a atacá-los, sabendo disso, você já deve imaginar o que o resto da minha família deve fazer. - ele diz com um sorriso vazio.
- Imagino... mas, seus pais estão casados? - pergunto.
- Sim.
- E por que eles acham que seu pai ainda é ume stuprador?
- Por que meus pais estão casados mais por fortalecimento econômico, os dois são donos de grandes empresas de tecnologia e roupas, então eles continuam investindo mais no dinheiro no que neles mesmos, então eles não se amam, só fingem. - Liam diz.
Outro silêncio se forma, dessa fez não sabia o que pergunta porque tinha medo de puxar para o emocional.
- Vamos falar sobre você, como são seus pais? - ele pergunta olhando para mim com um sorriso.
- São duas mulheres. - digo com uma breve risada.
- Ah sim, desculpa. - ele diz envergonhado, acho que por pensar que eram uma mãe e um pai. - É por interesse ou por amor?
- Por amor, até onde eu saiba. - rio de nervoso.
- Uau, às vezes eu tenho vontade de ter um relacionamento com alguém próximo sem ser por interesse e sim por amor. - ele diz olhando para frente.
- Uh, é só esperar que alguém pode aparecer. - digo.
Liam abre um sorriso curto novamente e o sinal toca, consequentemente, voltamos para a nossa sala.
As últimas aulas não ocorreram nada de interessante, assim que o sinal toca para irmos embora, Liam já estava com suas coisas guardadas e o mesmo me esperava ao meu lado.
Ainda não estou acostumado com a sua presença, mas, parece que eu vou ter que me acostumar.
- Vamos? - ele pergunta assim que vê que eu termino de me arrumar.
- Claro.
Andamos até o lado de fora do colégio, estávamos calado e eu odiava isso. É horrível andar do lado de uma pessoa que você quer tanto conversar mas algo bloqueia isso.
- Você quer sair algum dia desses? - Liam pergunta e meu coração bate forte no término dessa frase.
- A-Ah, claro! N-Na verdade v-vou ver com minhas mães. - gaguejo e fico bravo internamente por estar assim.
- Você está muito fofo. - ele diz e eu estranho. - Você está vermelho.
Meus olhos arregalaram, nem eu sabia que eu ficava vermelho dessa forma, por impulso em coloquei minhas mãos no meu rosto e Liam ri.
- Bem, tenho que ir. - ele diz com um breve sorriso.
- Ahm, eu também. Até amanhã! - digo e ele retribui.
O caminho inteiro que eu fiz sozinho até em casa foi completamente devagar e pensativo, várias perguntas vieram a minha cabeça e acabei desligando do mundo, só voltei a realidade quando notei que chovia e eu não estava nem perto de cada.
Me encolhi e fui apressando meus passos até que um carro para do meu lado, quando a janela do carona se abre era Liam.
- Hey, entra. Não quero que você pegue um resfriado. - ele diz e o motorista aperta um botão que destrava o carro.
- N-Não precisa, eu já estou perto de casa. - minto.
- Entra logo. - ele diz sério e me rendo.
Assim que fechei a porta, Liam me entrega uma toalha.
- Por que tem uma toalha no carro? - pergunto.
- Eu ia usar caso eu fosse para a aula de ginástica, mas como eu não fui, não usei. - diz enquanto me enxugo com minha toalha.
- Onde é sua casa? - o motorista pergunta.
- Vai dirigindo, quando estiver chegando eu aviso. - digo e encosto minha cabeça na janela.
Assim que fiquei próximo de casa, apontei para o motorista onde era. A essa altura a chuva já tinha parado então não precisei me preocupar com a chuva.
- Da próxima vez, me obedeça. - ele diz com um sorriso provocante enquanto saio do carro.
Ele acena para mim e o motorista dirige, assim que entro em casa vejo minhas mães sentadas no sofá.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Eu Serei Seu
RomanceNesse universo ABO, um jovem fica muito chocado ao saber que é um ômega e rejeita todos os alfas que sentem seu cheiro, porém, apenas um alfa consegue mudar essa idéia.