Capítulo 13 - O pedido

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- POV Liam -

Assim que chegamos em casa, pude ver o quão exausto Luca estava, não sei o que se passou nessas semanas que fiquei sem vê-lo.

— Amor, posso tomar banho? - Luca pergunta.

— Claro! - digo afirmando com a cabeça.

— Você vem comigo? - ele pergunta de uma forma bem fofa.

Afirmei com a cabeça e fomos para o banheiro, tiramos nossas roupas e entramos no chuveiro, Luca tinha me abraçado e ficamos assim por um bom tempo, eu peguei o sabão e passei no seu corpo e passei no meu. Depois, Luca saiu do banheiro e eu logo em seguida, nos enxugamos, Luca se deitou na cama sem roupa e eu já tinha vestido uma bermuda.

— Vai dormir sem roupa, bê? - pergunto sussurrando em seu ouvido e pude ver que o mesmo se arrepiou.

— Meu corpo tá tão dolorido que eu não tô com forças pra me manter em pé. - ele diz fraco.

Fiquei acariciando seu corpo e dando beijos no mesmo até ele dormir, quando aconteceu, me levantei da cama, vesti minha roupa e desci as escadas, assim que desci pude ver meu pai entrando.

Eu estava com uma sensação terrível em relação ao que iria acontecer. Trocamos olhares e meu pai suspirou.

— Onde está o Ômega? - ele pergunta.

— Dormindo no quarto. - digo cruzando os braços.

— Por que sempre que eu falo sobre ele você fica desse jeito?

— Eu sei que você estuprou Luca, Brian. - não tive tanta coragem para chamá-lo de pai, mas em seguida veio mais um suspiro vindo do mesmo.

— Por que eu sou culpado? Não existem leis que me proíbem de transar com menores!

— Você sabe que em primeiro lugar, você o estuprou! - levanto um pouco o tom mais no caminhar da frase abaixei ao lembrar que Luca dormia.

— Ele que foi ingênuo de me seguir até uma das lanchonetes!

— Não vou nem continuar essa conversa, eu sei o quão bom o senhor é em colocar a culpa nas outras pessoas e não assumir a sua responsabilidade! - me viro de costas voltando ao quarto.

Assim que entro, fecho a porta cuidadosamente e tranco me deitando na cama.

Tá tudo bem? - ouço a voz baixa de Luca perguntar.

— Hm, acho que sim, não se preocupem e volte a dormir! - digo.

Luca vira de frente para mim colocando seu rosto no meu peito e eu o abraço, demorou um pouquinho para Luca pegar no sono, já eu demorei mais que ele.

...

Em meio a vários pensamentos acabei dormindo, bocejei e assim levantei, o quarto dos meus pais estava aberto e eles não estavam. Desci as escadas e vi Luca cozinhando, achei estranho.

Cheguei de fininho por trás dele e encaixei meu corpo no seu, o beijando no pescoço e acariciando seus braços, logo pude ver que ele tinha arrepiado.

— Bom dia. - sussurrei lentamente na sua orelha.

— Bom dia, mestre.

Mestre?!, me perguntei em pensamento. Por que ele me chamou assim?, fiquei pensativo até que Luca interrompe meus pensamentos.

— Quer que eu te conduza até a mesa? - Luca pergunta.

— Ãhn? Ah, é, não... precisa? - digo confuso.

— Tudo bem, trarei sua comida em breve. - ele diz formalmente.

Ando confuso até a mesa, me sentei olhando para Luca enquanto ele cozinhava. Será que ele foi alienado? Não conseguindo conter meus pensamentos, me levanto e viro Luca de frente para mim segurando no seu braço.

— O que é isso? - pergunto.

— Ã-Ãhn? Você não gosta de panquecas? - ele pergunta triste.

— Não é as panquecas que eu gosto de comer. - digo e ele cora.

Criou-se um breve silêncio pois eu esperava sua resposta.

— O que é isso? - pergunto novamente.

— Do que você tá falando? - ele pergunta.

— Você me chamando de "mestre", falando de forma educada, o que aconteceu? - pergunto olhando nos seus olhos enquanto ele desvia.

— Eu pensava que isso era o certo a se fazer de acordo com o contrato, eu deveria ser seu escravo. - ele vai falando e diminuindo o volume de sua voz até a última palavra sair bem baixa.

— Eu não quero que você seja meu escravo, eu quero que você seja meu namorado! - peço e ele me olha com os olhos arregalados.

— Mas, mas... isso é errado... a gente não deveria namorar... - Luca diz triste.

— Por que é errado? - pergunto e Luca continua desviando seu olhar de mim, seguro seu queixo de forma que ele não desviasse o olhar.

Pude sentir o medo que Luca estava sentido pelos seus olhos, eu não pude evitar a ira dentro de mim.

— E-Estava no contrato q-que nós não poderíamos ter relações s-sem ser sexo. - ele diz e seus olhos começam a encher de lágrima.

Suspiro e início um beijo, minha respiração estava muito forte que fazia barulho durante o beijo. Coloquei minha mão na sua nuca e fui descendo até sua bunda e ele recuou.

— N-Não... - ele diz e eu seguro seu queixo novamente, virando com força pra frente de mim.

— Seu corpo agora é meu, você não leu as regras? - digo olhando fixamente em seu rosto.

Eu Serei SeuOnde histórias criam vida. Descubra agora