- POV Liam -
Assim que chegamos em casa, pude ver o quão exausto Luca estava, não sei o que se passou nessas semanas que fiquei sem vê-lo.
— Amor, posso tomar banho? - Luca pergunta.
— Claro! - digo afirmando com a cabeça.
— Você vem comigo? - ele pergunta de uma forma bem fofa.
Afirmei com a cabeça e fomos para o banheiro, tiramos nossas roupas e entramos no chuveiro, Luca tinha me abraçado e ficamos assim por um bom tempo, eu peguei o sabão e passei no seu corpo e passei no meu. Depois, Luca saiu do banheiro e eu logo em seguida, nos enxugamos, Luca se deitou na cama sem roupa e eu já tinha vestido uma bermuda.
— Vai dormir sem roupa, bê? - pergunto sussurrando em seu ouvido e pude ver que o mesmo se arrepiou.
— Meu corpo tá tão dolorido que eu não tô com forças pra me manter em pé. - ele diz fraco.
Fiquei acariciando seu corpo e dando beijos no mesmo até ele dormir, quando aconteceu, me levantei da cama, vesti minha roupa e desci as escadas, assim que desci pude ver meu pai entrando.
Eu estava com uma sensação terrível em relação ao que iria acontecer. Trocamos olhares e meu pai suspirou.
— Onde está o Ômega? - ele pergunta.
— Dormindo no quarto. - digo cruzando os braços.
— Por que sempre que eu falo sobre ele você fica desse jeito?
— Eu sei que você estuprou Luca, Brian. - não tive tanta coragem para chamá-lo de pai, mas em seguida veio mais um suspiro vindo do mesmo.
— Por que eu sou culpado? Não existem leis que me proíbem de transar com menores!
— Você sabe que em primeiro lugar, você o estuprou! - levanto um pouco o tom mais no caminhar da frase abaixei ao lembrar que Luca dormia.
— Ele que foi ingênuo de me seguir até uma das lanchonetes!
— Não vou nem continuar essa conversa, eu sei o quão bom o senhor é em colocar a culpa nas outras pessoas e não assumir a sua responsabilidade! - me viro de costas voltando ao quarto.
Assim que entro, fecho a porta cuidadosamente e tranco me deitando na cama.
— Tá tudo bem? - ouço a voz baixa de Luca perguntar.
— Hm, acho que sim, não se preocupem e volte a dormir! - digo.
Luca vira de frente para mim colocando seu rosto no meu peito e eu o abraço, demorou um pouquinho para Luca pegar no sono, já eu demorei mais que ele.
...
Em meio a vários pensamentos acabei dormindo, bocejei e assim levantei, o quarto dos meus pais estava aberto e eles não estavam. Desci as escadas e vi Luca cozinhando, achei estranho.
Cheguei de fininho por trás dele e encaixei meu corpo no seu, o beijando no pescoço e acariciando seus braços, logo pude ver que ele tinha arrepiado.
— Bom dia. - sussurrei lentamente na sua orelha.
— Bom dia, mestre.
Mestre?!, me perguntei em pensamento. Por que ele me chamou assim?, fiquei pensativo até que Luca interrompe meus pensamentos.
— Quer que eu te conduza até a mesa? - Luca pergunta.
— Ãhn? Ah, é, não... precisa? - digo confuso.
— Tudo bem, trarei sua comida em breve. - ele diz formalmente.
Ando confuso até a mesa, me sentei olhando para Luca enquanto ele cozinhava. Será que ele foi alienado? Não conseguindo conter meus pensamentos, me levanto e viro Luca de frente para mim segurando no seu braço.
— O que é isso? - pergunto.
— Ã-Ãhn? Você não gosta de panquecas? - ele pergunta triste.
— Não é as panquecas que eu gosto de comer. - digo e ele cora.
Criou-se um breve silêncio pois eu esperava sua resposta.
— O que é isso? - pergunto novamente.
— Do que você tá falando? - ele pergunta.
— Você me chamando de "mestre", falando de forma educada, o que aconteceu? - pergunto olhando nos seus olhos enquanto ele desvia.
— Eu pensava que isso era o certo a se fazer de acordo com o contrato, eu deveria ser seu escravo. - ele vai falando e diminuindo o volume de sua voz até a última palavra sair bem baixa.
— Eu não quero que você seja meu escravo, eu quero que você seja meu namorado! - peço e ele me olha com os olhos arregalados.
— Mas, mas... isso é errado... a gente não deveria namorar... - Luca diz triste.
— Por que é errado? - pergunto e Luca continua desviando seu olhar de mim, seguro seu queixo de forma que ele não desviasse o olhar.
Pude sentir o medo que Luca estava sentido pelos seus olhos, eu não pude evitar a ira dentro de mim.
— E-Estava no contrato q-que nós não poderíamos ter relações s-sem ser sexo. - ele diz e seus olhos começam a encher de lágrima.
Suspiro e início um beijo, minha respiração estava muito forte que fazia barulho durante o beijo. Coloquei minha mão na sua nuca e fui descendo até sua bunda e ele recuou.
— N-Não... - ele diz e eu seguro seu queixo novamente, virando com força pra frente de mim.
— Seu corpo agora é meu, você não leu as regras? - digo olhando fixamente em seu rosto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Eu Serei Seu
RomanceNesse universo ABO, um jovem fica muito chocado ao saber que é um ômega e rejeita todos os alfas que sentem seu cheiro, porém, apenas um alfa consegue mudar essa idéia.