Eu Serei Seu

Capítulo 12 - É você?!

- POV Liam -

Já se fazem 2 semanas que eu não vejo Luca na escola e nem em sua casa, suas mães dizem que ele tem que passar um período fora para se dedicar ao seu novo trabalho, porque é o primeiro dele.

Eu também já desisti de ir ao colégio, minha grande e principal motivação de ir para o colégio era Luca. O garoto que eu fiquei e me arrependo bastante, agora me segue querendo forçar algo entre nós.

- Filho? Quer ir no trabalho comigo, já que você não quer ir mais na escola? - ele pergunta.

- Tá.

- Anime-se! Tem produto novo que vai entrar em leilão, ninguém lá sabe e vai que você se interessa eu posso comprar pra você! - ele diz animado e eu apenas suspiro.

Brian me deu um tempo para me arrumar e logo fomos ao carro, o caminho inteiro fui pensando em Luca e o quanto eu sentia sua falta.

Me desligando dos meus pensamentos, notei que estávamos saindo da cidade. Onde que meu pai trabalha?!, pergunto em meu pensamento.

Nós estávamos passando por uma floresta até que chegamos em uma pequena cidade que tinha um prédio enorme que chamava a atenção de quem chegasse.

Saí do carro com um estranhamento do ambiente, haviam algumas casas envolta do prédio e nas portas tinham vários cadeados e outros métodos de fechaduras. Isso me assustava. Entramos no prédio e haviam muitos homens altos, musculosos e alguns usavam poucas roupas que mostrassem o seu corpo.

Todos eram Alfas, mas eu conseguia sentir de bem distante o cheiro de alguns Ômegas, logo, um homem começou a anunciar que o leilão ia acontecer, o cheiro dos feromônios estavam a flor da pele.

Dois homens entraram trazendo um garoto que estava acorrentado, com vários hematomas e os jogam no chão sem pena, olho para meu pai com os olhos arregalados e ele parece achar tudo isso normal.

Os holofotes se acenderam na direção dele, um homem andou e deu um murro nas suas costas e gritou para o mesmo levantar a cabeça, assim que ele levantou meu coração doeu no peito.

- Luca!!!!!! - gritei.

- Então vamos começar o leilão! - um homem de terno diz. - Aqui temos um Ômega pequeno, tímido, quieto, difícil de tirar gemidos, um ótimo desafio, quem dá mais?!

- 50.000! - um homem grita.

Logo vários gritos começam a ser soltados e várias mãos se levantando.

- Pai! Compra o Luca! Não posso deixar que outro homem fique com ele! - grito para que ele possa me ouvir.

Meu pai revira os olhos e começa a dar lances, assim que meu pai da o último lance os outros homens se calam.

- Vendido para o senhor Brian! - ele anuncia e os outros homens aplaudem.

Meu pai saiu na frente para poder entregar o dinheiro, nós estávamos indo para o fundo do prédio, assim que chegamos, 3 homens vieram, dois segurando Luca em ambos os braços que estavam acorrentados.

- Não toque nele antes de eu assinar o contrato! - meu pai sussurra por cima de seu ombro.

Luca levantou seu rosto e eu pude ver seus olhos, parecia que ele estava morto por dentro, ele pedia socorro apenas com os olhos, ele também estava sem roupa nenhuma igual no palco mas eu já o vi sem roupa.

- Vou assinar no nome do meu filho. - ouço meu pai dizer.

Nem me perguntei o que isso significa, eu só queria abraçar Luca, eu não aguentava o ver assim.

- Liam, venha assinar o papel! - meu pai me chama.

Peguei o papel e eu li algumas frases, algumas delas possuíam o mesmo contexto como: ele deverá obedecer minhas ordens, eu poderei fazer o que quiser com o corpo dele, se eu quiser ele pode morar em outra casa seja na casa dos pais ou uma moradia próxima da minha.

Ao mesmo tempo que eu tinha gostado de algumas eu achava meio doentio, assinei, assim que eu terminei eu o abracei. O corpo de Luca estava mole e gelado, eu tirei meu moletom e coloquei no mesmo.

- O-Obrigado... - Luca diz baixo com o rosto afundado no meu ombro. - E me desculpa...

- Shh, depois nós conversamos.

Coloquei seu braço envolta do meu pescoço e eu o ajudei a ir para o carro.

- Leve-o para casa, eu dou um jeito de voltar pra casa ainda preciso resolver algumas coisas. - meu pai diz e eu confirmo com a cabeça.

Coloquei Luca de uma forma confortável no banco de trás para caso ele queira deitar. Dei a partida e liguei o GPS para eu poder voltar pra casa. Alguns minutos depois pude ouvir Luca chorar no banco de trás.

- O que foi? - pergunto.

- Não era pra eu ter feito isso com você... - ele diz.

- Como assim?

- Se eu não tivesse brigado com você eu não teria sido torturado, estuprado e quase vendido pra outro homem que sabe lá o que iria fazer comigo. - ele diz chorando.

Olhei para a estrada e não havia nenhum carro, então parei o carro e olhei para Luca em seus olhos.

- Ei, independente do que aconteceu você tem que esquecer tudo isso que aconteceu, mas o que importa é que você está comigo, vamos ver o que o tempo quer com nós dois. - eu digo e Luca se inclina pra me beijar.

Eu coloco minha mão na sua nuca e acaricio enquanto o beijo, logo eu coloquei minha mão na sua bochecha e acariciei, quando encerramos o beijo eu pude ver finalmente o sorriso de Luca.