Capítulo 5 - Estrada

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Uma longa viagem nos aguardava pela frente. 

Caçadores evitavam o uso de qualquer tipo de transporte que não fosse o próprio, por motivos de segurança, isso significava que nosso meio de locomoção seria unicamente o carro. 

Poderíamos encurtar a viagem para pouco mais de três horas, mas não seria nada agradável se encontrassemos uma colônia de demônios dentro de um avião, era melhor manter nosso código de segurança e evitar resultados desastrosos.

Jonathan vivia no Sul do país e nós estávamos na região Sudeste, haviam muitos quilômetros nos separando do destino final. Vivíamos no Brasil, um país conhecido por suas belezas naturais e IDH baixo, a população sobrevivia, em sua grande parte, com uma condição de vida ruim e não fazia muito para mudar isso.

Felizmente essa cindição não me atingia, para caçadores não existe um lar definitivo, não vivemos por amor a cidades ou países. Vamos para onde é necessário e nosso objetivo é manter o mundo humano longe de demônios.

Todas as nossas necessidades eram sanadas pela Igreja, poderíamos até ser considerandos como uma espécie de seita secreta. Também tínhamos outros contatos, já que nem todos os caçadores tinham a função de caça.

Muitos de nós eram investidores de grandes empresas, ou faziam parte de órgãos do governo. Tudo em prol de facilitar idas e vindas em missões, identidades secretas, falsas ou simplesmente para pagar o luxo de um carro importado para uma viagem de 12h.

Éramos uma instituição bem construída e até mesmo populosa, mas o sigilo era nosso principal aliado para nossa sobrevivência. A Igreja também nos assistia em proteção, demônios não conseguiam aproximar-se de locias sagrados.

Clarissa dormia no banco de trás do carro e a mão de Bruno repousava sobre minha perna. Comecei a cochilar e por um instante deixei a cabeça pender sobre o corpo:

- Acho melhor pararmos. - Bruno sussurrou para não me assustar. - Também estou cansado e você não pode dirigir ainda.

- Na verdade posso. - respondi sonolenta. - Mas não quero.

Ele sorriu e seus olhos se iluminaram, a visão me fez despertar:

- Vamos procurar algum lugar para ficar. 

- Acho que um hotel seria o suficiente. - Bruno respondeu.

- Não estaremos protegidos, estamos todos com sono e temos Clarissa aqui. 

- É só por algumas horas. - ele me olhou suplicante e eu cedi.

Estacionamos o carro no primeiro hotel que apontou na estrada. Preferimos um quarto no qual todos poderíamos ficar juntos, era mais seguro.

Bruno e eu ficamos com a cama de casal e Clarissa de arrastou para a única cama de solteiro do recinto. Assim que minha irmã deitou, voltou a adormecer.

Também me joguei com a roupa do corpo na cama e procurei os braços de Bruno:

- Sempre quis dormir com você. - ele piscou para mim.

- Desejo realizado. - beijei seus lábios e ele retribuiu.

Apesar do sono, sentia-me desperta. Inicialmente pensei ser por estar tão próxima de Bruno, meu corpo reagia de uma forma diferente principalmente quando ele me beijava, eu desejava mais. Começamos a nos empolgar no beijo e ele desceu sua mão até meu quadril.

Uma onda de eletriciade correu por meu corpo e ele me apertou com mais força, subindo sua outra mão até minha blusa e começando a levantá-la aos poucos. O barulho de Clarissa movendo-se na cama que voltou nossa cabeça para o lugar.

Imortal - As Sombras (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora