Caputulo 26

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                🥀Lembranças 🥀

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                🥀Lembranças 🥀

As lágrimas escorrem como uma torrente por meu rosto.
Os olhos estão totalmente embaçados, de uma maneira que é quase impossível enxergar o ambiente a minha frente.
Eu puxo a respiração.
Aperto os meus olhos com força, dispersando as lágrimas que insiste em cair.
Os meus olhos correm pela ampla  casa onde passei toda a minha vida.
Tudo está como era antes de Rachel entrar aqui.
Oh Deus...
Os porta retratos com as fotos dos meus pais.
As minhas fotos ainda pequenina.
Os quadros que ela tanto gostava despostos  nas paredes.
Os vasos de porcelana no canto da porta.
Tudo está do jeitinho que ela gostava.
Suspiro.
_ Você está bem querida?_ Amber pergunta em um sussurro e segurando os meus ombros e dando um leve aperto.
Eu apenas assinto.
Não tenho condições de falar agora.
Estamos na casa dos meus pais.
Depois de dois anos, estou aqui outra vez.
Mas do contrário, a casa não tem mais nenhum vestígio da Rachel ou da Ashley.
Está tudo como sempre deveria estar antes dela por os seus pés sujos aqui dentro.
_ Vamos ver os quartos._ Digo depois de um tempo e secando as lágrimas com as mãos.
Ela me abraça pela cintura e eu levo o meu braço ao seu ombro. Subimos juntas as escadas, agora sem aquele maldito carpete vermelho.
Abro a porta do quarto que um dia foi dos meus pais.
Caramba..!
Que saudades desse lugar!
Até a cama antiga está aqui!
Com seus lençóis de linho branco e bordados com pequenas tulipas amarelas.
Na cabeceira antiga de madeira em tons de caramelo  há alguns porta retratos descansando.
Imagens do casamento de um casal feliz.
_ Ela era linda Jen! Você se parece muito com ela._ Amber diz segurando o porta retrato do casal abraçado e com um largo sorriso, olhando para lente da câmera.
Me pergunto, quando tudo isso mudou?
Porque tudo mudou?
Quando surgiu uma pedra de tropeço?
Éramos felizes.
Éramos perfeitos juntos...
Um filme se passa em minha cabeça agora...
Eu, com seis anos de idade, correndo dentro desse quarto...
Pulando em cima dessa cama.
Mamãe rindo das minhas travessuras.
Meu pai me segurando em seus braços e imitando um avião correndo por esse cômodo.
Lembranças felizes da minha infância.
_ Se você não parar de chorar, o Cris vai achar que eu estou te fazendo mal._ Amber reclama, colocando o porta retrato de volta no lugar.
_ Eu estou bem..._ Digo suspirando alto e voltando a secar as lágrimas
_ Definitivamente isso não faz bem para minha afilhada._ Reclama. _ Vem, vamos sair daqui.
Ela diz segurando a minha mão e me arrastando para longe dali.
Adentramos os outros quartos, um a um, inclusive o meu antigo quarto... O que a Ashley tomou de mim, no primeiro dia em que veio morar nessa casa.
A antiga cama rosa está de volta, bem próxima a grande janela de vidro transparente,  onde ela sempre deveria estar.
Um sorriso largo brota em meus lábios quando a vejo ali.
O meu antigo armário branco encostado  na parede larga, de frente pra lateral da cama, totalmente conservado.
Os bichinhos de pelúcia arrumados nas prateleiras e em cima do colchão.
Além do enorme ursinho Pooh sentado no chão perto da cama.
_ Aí meu Deus..! Que quarto lindo!!!_ Amber diz entrando no cômodo._ Era o seu quarto?_ Inquire abrindo o armário branco e largo, que está vazio.
_ Sim. Minha mãe era design de móveis modernos. Ela projetou o meu quarto.  Todo ele.
A cama, o armário, as prateleiras... Tudo. Cada peça desse quarto, foi ela quem planejou.
_ E a bruxa montada na vassoura de palha veio e tirou tudo._ Ela diz com uma raiva explícita e me fazendo rir.
_ Ela trocou tudo. Contratou um arquiteto e fez uma geral na casa. Não vou negar que ficou tudo  muito lindo, mas não tinha mais nada da minha mãe aqui. Era como se ela quisesse apagá-la da minha existência.
_ Felizmente ela não jogou nada fora._ Amber resmunga.
_ Estava tudo trancado dentro da casa da piscina._ Digo.
Continuamos o toor pelas minhas lembranças felizes.
As lágrimas eram inevitáveis.
Em algum momento a Amber sai da casa, pra comprar comida pra nós duas e eu entro na biblioteca da casa.
Em algumas horas o detetive virar até aqui, me trazer as notícias da investigação.
Preferi que o encontro fosse aqui e junto com a minha amiga, porque tanto eu, Quanto ela temos interesse em saber os resultados.
Eu olho a mesa em mogno, a cadeira alcochoada, estilo colonial e meu obrigado de meu pai, trabalhando ali.
Os livros na velha estante de madeira escura, arrumados por temas e datas, como o meu pai gostava.
Observo  uma parte especial pra mim... Comércio e vendas. Eram os preferidos dele.
Pego o livro grosso e de capa amarela e o folheio observando a espessura, as folhas amareladas pelo tempo as imagens em algumas dessas páginas.
Um papel escrito a mão cai de dentro do livro e eu me agacho para ver o que é.
Ponho o livro de volta na prateleira e abro o papel amarrotado pelo tempo.
Parece uma carta...
A letra é feminina e há algumas palavras borradas.
Ando até a cadeira por trás da mesa de escritório e me sento nela.
Deus...
É uma carta da minha mãe..!

11. E Se Eu Te Beijar? - RETIRADA 1° DE SETEMBROOnde histórias criam vida. Descubra agora