2° Capítulo - Esquecimento...

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Sabe o que é pior que saber do seu passado? Não saber de alguém que passou por ele. No meio da grande mesa de escritório, aquele colar estranho estava. Sans o encarava, com várias teorias na cabeça, mas uma única dúvida. Quem era essa tão importante Frisk que agora dominava seus pensamentos? Para ela estar na sua caixa de recordações, alguma importância tinha. Não havia nenhuma frase no colar, nem foto dentro, nem nada. Nada que ajudasse ele a desvendar esse mistério.

Andava de um lado para o outro, buscando uma solução. Nada, nenhum livro, nem mesmo a sua própria mente conseguia se lembrar.

- Merd*! Seu tivesse.....espera.... já sei!

Foi então que uma coisa veio a sua mente. O antigo diário de seu pai. Como Sans foi criado em laboratório, seu pai não o deixava sair e anotava tudo que acontecia com ele. Talvez tenha alguma coisa lá. Foi até sua estante e pegou um pequeno caderno grosso que tinha na capa o título: Memórias. Sans procurou, procurou, até que finalmente achou algo de útil.

20xx/xx/xx

Hoje, estou levando Sans para conhecer o rei Asgore. Foi por minha culpa que ele viu o meu filho naquele dia, e agora, insisti para que eu o leve para conhecê-lo. Já combinei com Sans para ele fingir ser um robô, não importa que pergunta o façam. Mas eu não contava que a filha do rei, a princesa Frisk, estaria lá. Ela o chamou para brincar. Vi o olhar de Asgore sobre mim. Ele não podia descobrir que eu tinha um filho, caso contrário, me tiraria das pesquisas, que são a minha vida. Acabei deixando Sans ir brincar com ela. Sempre estava de olho no que eles estavam fazendo. Espero que Sans não fale nada.

- Frisk....o nome dela era Frisk. Agora eu me lembro....

*Flashback*

"Sans, você lembra o que eu disse?"

"Sim papai"

Gaster e Sans caminhavam em direção ao grande palácio do Rei Asgore. Sans estava apreensivo.

" Não precisa ficar nervoso. Você só irá responder simples questões. Como um robô, entendeu?"

Eles logo se aproximam de um imenso jardim. Sans vê um homem alto e grisalho regando algumas flores.

"Asgore"

"Ah! Dr. Gaster. Eu estava esperando vocês. Venham"

Eles seguem o homem, que os leva até um mesa com 4 cadeiras.

"Vamos tomar um bom chá"

Sans tenta subir em uma das grandes cadeiras, mas somente com a ajuda de seu pai, ele consegue.

" Eu realmente não estava esperando que você o traria junto dessa vez."

"Como eu poderia desobedecer a ordem do rei?"

O tal "Asgore" olha para Sans e mostra um sorriso calmo e sincero.

"Então Sans, eu sinto muito em não ter lhe dito "Olá" da primeira vez que nos vimos.

"Asgore, ele é um robô. Não precisa se desculpar"

"Eu não estava falando com você"

Asgore tem um tom de voz sério e decidido. Mas volta a calma ao olhar Sans.

"De qualquer forma Sans, você passa boa parte do tempo naquele laboratório. O que você faz por lá?"

Sans encara seu pai, que o olha sério. Ele entende e ajusta sua postura.

"Como o meu corpo não é perfeito, eu passo a maioria do tempo com o Dr me concertando ou melhorando. Quando não estamos fazendo isso, resolvemos pequenos puzzles juntos, para testar minhas habilidades lógicas."

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