- Então, você a escondeu por 10 anos? Sem ao menos explicar o porquê?
- Era necessário... Asgore queria que ela abrisse aquela maldita barreira. Ela só tinha 8 anos... não iria deixar que machucassem ela.
- Entendo.... é coisa de mãe.
- Você vai contar?
- Eu? Não....eu sei o quanto isso é importante para você, Tori.
- Obrigada Sans.
- Mas acho melhor a tirarmos daquele tanque. Ficar tanto tempo naquela água hidratada pode fazer mal para ela.
Decidido, Sans e Alphys foram ajeitar tudo em uma sala especial para receber a garota. Sans foi até a sala onde Frisk se encontrava e configurou os sistemas de drenagem de água. Frisk estava acordada, e acompanhou cada movimento de Sans com olhos brilhantes. Ele se aproximou dela com uma toalha e a ajudou a se secar. O toque de Sans era delicado sobre a pele dela. Ele a pegou no colo, estilo "noiva" e a carregou pelo laboratório, já que os sedativos tinham deixado as pernas da garota muito fracas. Ela o abraçava pelo pescoço, o que fazia Sans sentir o cheiro de rosas dela. Ele a colocou na marca no quarto e pediu para Alphys buscar algo para ela.
- Então, é melhor para me ouvir assim?
- Sim...estava me sentindo estranha dentro daquele lugar.
- O que aconteceu com você?
- Como assim?
- Oras, para Alphys ter te trazido para cá, alguma coisa bem "osso" deve ter acontecido, não?
- Heheh....essa foi boa. Bom, eu só me lembro de ter visto um homem meio estranho antes de apagar. Eu não sei muito bem....
- Pode desenhar?
- Claro, mas não garanto um bom desenho.
- Ok
Sans buscou um caderno e uma caneta e deu a Frisk. Ela rabiscava lentamente, dando leves paradas entre o processo. Até que ela tampa a caneta e entrega o desenho a Sans, que toma um susto.
- Gaster?
- Você conhece ele?
- Conhecer é muito pouco....eu convivi com ele....meu pai....
- Nossa.... que.... estranho....
- Eu sei...como é possível você ter sonhado com o meu pai?
- Talvez eu tenha conhecido ele no passado?
- Sim....
"C-Com licença..."
Alphys entra na sala com uma bandeja com cupcakes e suco para Frisk. Sans encara a garota comendo com gosto cada coisa e pensou em seu irmão, e no quanto ele ficaria feliz em ter alguém que adorasse comer seu espaguete.
- Isso tá muito bom....
- He he...o-obrigada Frisk.
- Frisk, eu vim aqui trazer suas roupas. Acho que você vai precisar.
- Obrigada mãe.
- U-Um instante Toriel. Ela não pode ficar aqui.
- Oras, mas e o desmaio dela?
- Tori, não podemos manter ela aqui por um simples desmaio. Alguém pode encontrar ela aqui.
Sans ouvia a conversa das duas atentamente, mas seus olhos estavam na garota que agora dominava seus sentimentos. Ela estava de cabeça baixa, com as duas mãos juntas, com uma expressão nada feliz. Com certeza, a mais provável solução para essa discussão das duas, seria Toriel levar Frisk de volta ao templo e eles nunca mais se verem. Sans não podia deixar isso acontecer, não agora que ele finalmente a achou.
- Ela pode ficar na minha casa.
- O quê?!
Até Frisk se surpreendeu com essa atitude inesperada de Sans, mas diferente de Toriel e Alphys, a menina sorria para ele, como se fosse a esperança que ela estava esperando.
- Ué, porque não?
- Pelo seu irmão Sans. Ele pode contar a alguém.
- Deixe o Papyrus comigo. Ela pode ficar na minha casa. Tem certeza que depois de conversar com meu irmão, ele vai adorar a ideia.
- Sans, é muito arriscado.
- Eu prometo proteger ela com todas as minhas forças Tori. Ela vai ser bem recebida lá em casa.
Toriel olhou a filha que praticamente implorava por um sim. Tori suspirou e acentiu com a cabeça. Os olhos de Frisk ganharam um brilho inexplicável. Era muita felicidade para uma pessoa só.
- Acho que vou arrumar as minhas coisas para irmos. Vamos deixar as duas um pouco sozinhas, certo Alphys?
- Ah! Hum, certo.
Sans e Alphys sairam deixando mãe e filha em um clima tenso. Toriel se aproximou da garota e segurou sua mão.
- Tem certeza, minha menina? Pode ser muito perigoso.
- Eu preciso mãe. Nada acontece por acaso. Talvez....isso seja até bom para mim, não é?
Toriel ri com o comentário, mas não esconde a tristeza que sente em saber que a filha tinha crescido.
- Qualquer coisa.... você sabe onde me encontrar, ok?
As duas se abraçam, com todo afeto e carinho do mundo. Após um tempo, Sans aparece com seu casaco habitual, encostado na porta. Toriel já tinha ido embora, somente Frisk estava lá, arrumando sua bolsa para ir.
- Pronta?
- Mais.... impossível. Mas tem certeza que seu irmão vai entender?
- Eu já falei kiddo, deixa isso com esse esqueleto aqui.
- "Kiddo"?
- Você não gostou do apelido?
- Não mas....eu não sou criança.
- Eu sei, só que....sei lá, achei que ficou legal.
- Hahahah...."Cabeça dura"
- Ei! Cabeça dura é sacanagem....
- Porquê? Você me chamou de kiddo primeiro?
- Porque esse apelido é do meu irmão.
- É que é o seu?
- "Duro na queda"
Frisk se acaba de rir. Sans estava completamente encantado pelo sorriso dela e como ela era divertida. Talvez trazer ela para a casa dele não tenha sido uma má idéia.
- Ok, mas agora temos mesmo que ir. Papyrus deve estar nos esperando para o jantar.
- Ele cozinha?
- Se você acha espaguete todo dia um dom de culinária, sim, ele cozinha.
- Espaguete? Eu gosto de espaguete.
- Então, vocês vão se dar suuuuuuper bem.
Frisk pega a bolsa e é acompanhada até a saída do laboratório. Ela se despede de Alphys e agradece pela hospitalidade. O caminho fora do laboratório estava escuro, mas Frisk não parecia se importar com isso. Ela estava livre agora, e não podia estar mais feliz com isso.
***
Sans: Que demora em autora.... deve ser "osso" para você fazer essa história viu?
Não... é só alguns problemas que eu tive, mas tudo já foi resolvido.
E é isso pessoal, espero que tenham gostado do capítulo e até o próximo 🖤🖤🖤
VOCÊ ESTÁ LENDO
✨O Caminho para Undertale✨
Fiksi PenggemarSans e Frisk podem ser diferentes em aparência, mas compartilham de uma mesma dor: Família. Frisk nunca conheceu os pais biológicos, já que estes a jogaram em um buraco fundo no monte Ebott. Já Sans, teve a presença de seu pai, Doutor W.D. Gaster, q...