Cap 5. Isabel

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-Afonso-


Ao entrar no quarto de Isabel, vi uma pessoa perto de seu berço olhando pra ela.

Eu: Quem é você? O que está fazendo aqui? -perguntei assustado-.

A pessoa não se virou, permaneceu parada e em silêncio. Dei dois passos a frente... Ela se mexe parecia estar nervosa... Um vento percorreu o quarto. No momento em que eu ia virar a pessoa de frente para mim...
Ouvi a voz de Rei Augusto entrando no quarto olhei pra ele.

Rei Augusto: Afonso o que faz aqui?

Eu: Rei Augusto quem é essa...? -quando me virei novamente não havia ninguém lá-.

Rei Augusto: Do que você está falando Afonso? -pergunta confuso-.

Eu: Tinha uma pessoa... Ela estava aqui... -comecei a procurar por todo o quarto-.

Rei Augusto: Afonso se acalme. A única pessoa que está aqui é eu, você e minha neta Isabel! -falou se aproximando do berço e eu paro de procurar e vou até lá também-.

Eu: Eu tinha certeza que...

Rei Augusto: Olhe para ela Afonso... Não é linda? -olhei para Isabel e realmente era uma linda criança, parecia muito com... Enfim, melhor não pensar nisso-.

Isabel: Pa... Pa...

Eu: O que ela disse?

Rei Augusto: Não, nada!

Eu: Ela já fala?

Rei Augusto: Sim. O que é estranho para uma criança normal.

Eu: Sim... Realmente! -olhei nos olhos dela e ela também olha pra mim, se ela não fosse um bebê eu podia jurar que estava se comunicando ou querendo falar alguma coisa pra mim- Ela tem olhos tão escuros! Não é?

Rei Augusto: Sim. Os olhos de minha neta são realmente muito escuros. -continuei olhar pra ela junto ao Rei-.



-Catarina-

  Meu Deus... Afonso quase me viu... Como eu não consegue ouvir que ele vinha? Pouco importa. Se ele tivesse me visto, o que ele teria feito?
Eu fiquei tão nervosa... Não consegui nem me mexer, minha respiração ficou muito ofegante... E temia com o que poderia acontecer.
Mas o importante é que tudo deu certo. Eu saí usando o feitiço antes que qualquer pessoa veja.
Ouvi um barulho do lado de fora, abri a porta era Valentina.

Eu: Você voltou! Que bom! -ela entra e coloca as coisas encima da mesa-.

Valentina: Sim. Me preocupei que você fizesse algum err... -ela olha para minha face preocupada e pergunta- O que houve?

Eu: Eu fui visitar minha filha e...

Valentina: E...?

Eu: Afonso me viu!

Valentina: O QUÊ? -pergunta espantada-.

Eu: Calma...

Valentina: Como calma? Agora tudo foi pros ares, ele sabe que você está viva e...

Eu: Eu não terminei! Ele não viu meu rosto eu estava de costas.

Valentina: Por que você não usou seus dons para escutar o momento de alguém aparecer?

Eu: Eu não consegui! -me sentei-.

Valentina: Como assim não conseguiu? -ela senta ao meu lado disposta a ouvir-.

Eu: Foi... Como se alguma coisa não me deixasse saber que ele se aproximasse, como se quisesse que eu e ele nos encontrassem.

Valentina: Talvez alguma coisa queira que vocês se reencontrem?

Eu: Eu não sei. Mas pra mim pouco importa, Afonso não significa mais nada pra mim.


-Afonso-

Amália: Mas quem poderia ser meu bem? Tem certeza que você não imaginou ou...

Eu: Você não estava lá. Você não sentiu o que eu senti.

Amália: Meu bem, você está cansado. Ter vindo a Artena não foi uma boa ideia! -ele me olha e pega minhas mãos-.

Eu: Amália... Por favor acredite! Aconteceu. Tinha alguém naquele quarto!

Amália: E quem poderia entrar e sair do castelo sem ninguém ver? O fantasma de Catarina? -ela disse em ironia- Vamos. Descanse um pouco!

Eu: Você não vai ficar aqui comigo?

Amália: Não. Eu prometi a Diana que iria mostrar a ela a floresta de Artena!

Eu: Está bem. Volte logo! -dei um beijo nela-.

Amália: Claro. Voltarei!

Me deitei. Mas achei melhor não dormir, pois se dormisse eu iria sonhar com Catarina. Então fiquei a pensar...


-Amália-

  Eu e Diana estávamos andando a cavalos. Conversando e vendo cada local daquela floresta. Era bem diferente de Montemor. Montemor na floresta tinha plantas mais secas e aqui em Artena as plantas tem mais vidas.
Ouvimos um barulho.

Diana: O que foi isso? -desce do cavalo-.

Eu: Vem dali! Eu vou até lá.

Diana: Mas Amália...

Eu: Fique aí! -ela obedece-.

  Fui em direção ao barulho em passos lentos e com um certo receio da minha escolha.
Vi um homem andando a pé com o cavalo do seu lado. Era um pouco loiro, olhos azuis e usava vestis estranhas. Me aproximei e paramos em frente ao outro mantenho uma certa distância. O-olhei com calma e... Nunca o tinha visto antes.

Eu: Quem seria você? -ele me encara-.

Nilton: Meu nome é Nilton!

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Catarina: O RetornoOnde histórias criam vida. Descubra agora