Catarina: O Retorno

Cap 25. Verdades Ditas

-Catarina-

Abri os olhos devagar... Acordei, era sedo ainda mas já dava pra ver os raios de sol pela janela, senti uma quentura em meu rosto, era a pele de Afonso. Eu estava abraçada com ele.
Quando eu o-vi me recordei do ocorrido na noite passada, me mexe e levantei de pressa fazendo ele se acordar, ele me olha eu já de pé.

Eu: Me disse que isso é um pesadelo!

Afonso: Bom dia pra você também. -disse se sentando na cama-.

Eu: Meu Deus onde eu estava com a cabeça que deixei isso acontecer?

Afonso: Você se entregou ao sentimento... -peguei a blusa dele e a-joguei em sua direção-.

Eu: Vista sua roupa e vá embora! -falei com pressa-.

Afonso: Você vai me expulsar daqui, depois da noite inesquecível que tivemos? -perguntou vestindo a roupa-.

Eu: Felipe pode pegar você aqui!

Afonso: Por que você está me tratando assim? -perguntou se levantando, vindo até mim e fica numa certa distância frente a frente-.

Eu: O que você quer que eu diga Afonso? O que você espera de mim? -cruzei os braços fingindo impaciência-.

Afonso: Uma outra chance.

Eu: E se eu lhe der uma outra chance, como vai ser? Você pretende que eu seja sua amante é isso? -perguntei ainda de braços cruzados friamente-.

Afonso: Não! Não! -respondeu imediatamente-.

Eu: Claro que sim. Você é casado e eu também.

Afonso: Eu vou me tornar um homem melhor!

Eu: Deixa eu vê se eu entendi. Você está me dizendo que quer abandonar a mulher pela qual você largou tudo, lutou, iludiu e disse a todos que a-amava para ficar com a mulher que você tanto disse que odiava. É isso que você diz ser um homem melhor?

Afonso: Catarina, eu não sei mas o que eu sinto pela Amália!

Eu: Mesmo assim você abdicou tudo por ela e quase tiveram um filho! -descruzei os braços, andei em direção a janela, ele me puxa pelo braço me fazendo ficar novamente o-encarando-.

Afonso: Me escuta...

Eu: Me solta! -exige afastando meu braço de sua mão-.

Afonso: Nós dois podemos ir embora daqui, sumir da Cália!

Eu: Eu não vou abandonar minha filha!

Afonso: Não, ela vem com a gente, deixamos tudo como está...

Eu: Afonso você está querendo que eu seqüestre minha filha e fazer ela viver longe do avô, pior viver numa incerteza porque você não sabe nem o que você quer e se você desistir de tudo, como eu vou ficar? -perguntei zangada-.

Afonso: Eu só quero achar uma saída pra gente ficar juntos.

Eu: Não há saída!