Cap 31. A Procura

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-Valentina-

Eu sei que decepcionei Catarina, estou realmente muito arrependida, mas não quero me distanciar dela. Promete a Brice que eu protegeria Catarina a todo custo.
Brice já sabia que sua hora estava chegando... Então me procurou secretamente e fizemos um pacto.

Ela me explicou que alguns dons Catarina iria herdar, mas ela só os-usariam se quisesse ou se fosse absolutamente necessário.
O segredo de reviver uma pessoa... É algo sigiloso, somente as bruxas mais poderosas sabem e o destinatário.

Algumas de minhas amigas bruxas me mandaram um recado dizendo que ninguém mais está podendo usar o poder de fazer uma pessoa reviver, dizem que precisam do sangue da herdeira pra poder reabrir. Só não sabemos quem é a herdeira.

Mas eu e Catarina tememos que Felipe possa saber de algo, se ele souber... Não sei o que ele é capaz de fazer.
Fui atrás dela, precisava alertá-la e me desculpar.
Claro, muitas de nós temos poderes para desaparecer e aparecer onde quisermos, desde que já tenhamos estado no local.

Pareci do lado da janela do quarto de Catarina, ela está de costa, chamei pelo seu nome, se virou de braços cruzados e me olhou não parecia estar surpresa em me ver.

Catarina: Estou aqui Valentina, estava te esperando. -disse seria-.

Eu: Sabia que eu viria?

Catarina: Valentina o que você quer? -perguntou impaciente-.

Eu: Eu sei que errei. Mas isso não significa que eu seja desonesta com você. Promete a sua mãe que cuidaria de você...

Catarina: Valentina, eu não tenho garantia nenhuma que você permanecerá ao meu lado e... Você só está aqui porque Brice... -disse friamente-.

Eu: SUA MÃE! Eu prometi a ela e vou CUMPRIR!

Catarina: NÃO TERMINEI DE FALAR! -comunicou descrusando os braços mas alterada e com raiva-.

Eu: Termine. -pede tentando me acalmar-.

Catarina: Eu fui traída muitas vezes na minha vida. Traição é algo que sempre aconteceu. A que mais doeu foi a de Afonso.

Eu: Mas eu não te trai...

Catarina: Eu sempre aceitei a sua ajuda mas não imaginava que teria que pagar...

Eu: Nunca pede nada em troca.

Catarina: Eu salvei sua vida. Achei que pelo menos uma vez na vida que eu fizesse algo normal... Poderia ser bom, mas não. FOI PIOR PRA MIM!... AI... -ela coloca a mão na cabeça e fecha os olhos-.

Eu: Catarina... Você está bem? -perguntei preocupada-.

Catarina: Uma... Tontura... -eu ajudo ela a se sentar na cama-.

Eu: Calma. Você já tinha sentido isso outra vez... Quando estávamos em Montemor!

Catarina: Não deve ser nada de mais.

Eu: Procurou um médico? -pensei em uma possibilidade-.

Catarina: Não tenho paciência pra isso.

Eu: Catarina... -levantei minha mão devagar em direção a barriga dela-.

Catarina: O que está fazendo? -perguntou antes de eu poder encostar-.

Eu: Posso? -ela pensou um pouco, balançou a cabeça permitindo, coloquei minha mão delicadamente em sua barriga, fechei os olhos, me concentrei, senti e não tive a menor dúvida-.

Catarina: O RetornoOnde histórias criam vida. Descubra agora