Capítulo Quatro√∆ { Daniel }

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Ouço-a descer as escadas e finjo estar dormindo, ela beija minha testa e sai, o som de seus saltos cessam e eu dou um pulo, subo as escadas e olho as horas no relógio.

21:30

Sinto meu peito saltar pelo medo e corro até o sótão, entro no cômodo abandonado e logo vejo o porta retrato com uma sombra negra sobre um corpo falecido e nu ao chão, tiro o retrato cuidadosamente e vejo um teclado pequeno, digito a data de morte da mãe dela.

8.9.2009

O estalo da madeira se movendo trás lembranças ruins para mim. O dia em que eu fui obrigado a ser oque sou, um caçador, um Grimm.

Meu nome verdadeiro e Nick Burkhardt, fui designado a proteger ela custe oque custar.

Vejo o pequeno bunker cheio de armas brancas e de fogo, pego algumas glocks e coloco no cós da calça, pego adagas e machadinhos.

Ouço a porta ser arrombada e corro até a saída, fecho o bunker e mando uma mensagem a um cara que entregará a pasta de arquivos para Summer.

Sons de passos me alertam e eu apago as luzes, vejo um par de olhos verdes cintilantes e me encosto na parede, prendo a respiração e controlo meus batimentos.

— Vamos lá, detetive, não perca seu tempo. Me entregue a garota e eu lhe deixo vivo, machucado, mas vivo.– a voz grotesca e rude da pessoa me deixa em posição de defesa.

Ela nunca será sua!

Quero gritar e pular nele, mas se fizer isso, serei pego.

Ouço seus passos e ele passa por mim. Chuto suas costas e ele cai de quatro no chão, se levanta e sorri.

— Você escolheu a opção mais divertida, detetive.– ele diz e corre na minha direção.

Pego as adagas que tem um buraco aonde se enfia os polegares e a aperto firmemente esperando ele vir.

Corro e me jogo de joelhos escorregando pelo chão, sinto a adaga entrar em contato com sua barriga e giro meu corpo acertando a outra também.

Ele vacila para frente e coloca as mãos na barriga surpreso, me levanto e corro até a parte de baixo da casa. Saio da mesma e espero ele me alcançar.

Checo minhas armas e fico com elas em punhos.

Ele aparece e eu aperto o gatilho, as balas acertam ele o deixando meio abatido, e eu aproveito isso para lançar a machadinha no centro do seu peito.

Ele dá passos para trás e eu sorrio vitorioso, arregalo meus olhos ao ver ele tirar e uma gosma verde sair do mesmo. Ele a joga no chão e sorri avançando até mim.

— Mas que droga! Você não morre não?– digo e ele para a alguns centímetros de mim.

— Morrer eu morro, cabe a você, descobrir como.– ele murmura e avança.

Reviro meus olhos e me lanço contra ele também. Nossos corpos se chocam e eu caio com ele por cima, ele prepara um soco de direita e eu desvio, ele soca o chão e uma cratera pequena se forma, o olho surpreso.

— Puta que pariu.- murmuro e o empurro com toda minha força.

Ele cai e eu subo nele e começo a socar seu rosto e peito, ele prende uma de minhas mãos e eu tento soltar, não consigo e ele vai entortando e apertando, sinto meus ossos se partirem e grito pela dor.

Dou-lhe uma rasteira e faço uma cambalhota para trás ficando de pé logo em seguida, minha mão está quebrada mas isso não vai me parar.

— Você é bom.– ele limpa o sangue dos lábios e logo sorri, um sorriso escarlate, encoberto pelo próprio sangue.— Mas eu ainda vou te matar, quem sabe quando ela chegar eu não me divirta um pouco.

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