Capítulo Sete√∆ { Klaus }

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Abro meus olhos ao ouvir sua respiração se suavizar e levanto, ando até ela e fico observando a mesma.

Fico pensativo sobre oque ela disse, eu não vou admitir em voz alta, mas se ela se matasse, eu morreria junto.

Não importa quantas vezes ela me deixe, não importa quantas vezes ela rejeite ser vampira para ficar sempre ao meu lado, não me importo nem com oque minha família pensa sobre mim, não quando estou com ela.

— Eu não vou mais fugir, Sweet, agora só você tem o poder de me destruir.– murmuro e beijo sua testa.

Me deito ao seu lado e círculo meu braço pela sua cintura, ela se aconchega a mim e eu sorrio.— Espero que não me mate quando acordar.

Coloco meu rosto entre seus cabelos com cheiro de chocolate e adormeço.

O primeiro sonho sem pesadelos, durante mil anos.

( ... )

07:05 da manhã.

— KLAUS MIKAELSON, SAÍA JÁ DA MINHA CAMA, SEU IDIOTA!!– sinto várias travesseiros na minha cara e rio alto.

Saio dali com minha V.D.V.E.H ( pra quem não sabe, velocidade de vampiro e híbrido. ) e mostro a língua num ato infantil.

Aí senhor, oque eu me tornei perto dela?

— Eu vou te esganar Klaus.– ela corre sobre a cama e quase cai, quase.

Sinto mãos no meu pescoço e continuo a rir ao sentir ela tentar me derrubar, vamos brincar um pouco.

Finjo cair e ela fica em cima de mim segurando minhas mãos acima da cabeça, sorrio malicioso e mexo minha cintura, ela arregala os olhos.

— Se me queria desse jeito, era só pedir, love.– ela me olha com raiva e sai de cima de mim.

— Idiota.– ouço-a murmurar e sorrio olhando para o teto, ela entra no banheiro.

— Sim, mas seu idiota.– sussurro para que ela não ouça e sorrio largo.

( ... )

10:30 da manhã.

— Klaus você nunca me apresentou para sua família, por que isso agora?– ela pergunta e eu reviro meus olhos de tédio.

— Para tudo tem uma primeira vez, sweet.– murmuro meio sonolento.

Ela não me deixou dormir a tarde, e eu estou com sono, oque? Só por que eu sou imortal não signifique que eu não me canse.

— Mas e se sua família não gostar de mim? E se eles tentarem me matar? Aí senhor Jesus Cristo, tenho que ir embora sou nova demais para morrer e...

A pego pelos ombros e paro na sua frente, cara a cara.— Não, ele não vão te matar.– e ela não parece mais calma, droga.— Eles vão ter que passar por cima do meu cadáver para isso.

Vejo seu corpo paralisar e seus pelinhos se arrepiarem.

— Se for assim, prefiro que me matem. Você não vai morrer klaus.– ela murmura com a voz falha e eu a fito confusa e perdido.— Não por minha culpa, não sei se aguento mais o peso de corpos mortos nos meus ombros.

A abraço e ela me aperta, como... Como é possível que ela, uma humana com algo mágico que simplesmente pode morrer por algo tão pequeno, me faça querer ser melhor?

Nos soltamos e continuamos o caminho de mãos dadas e em um silêncio confortante.

Sim! De mãos dadas, eu Niklaus Mikaelson, não consegui ignorar sua mão estendida para mim.

Oque eu estou me tornando?

Saio dos desvaneios ao sentir ela me cutucar e se encolher sobre meu braço. Vejo meus irmãos na porta com feições sérias e bravas.

— Que o show comece...– murmuro e sorrio sarcástico.

Elijah me olha sem expressão alguma e logo seu olhar mudar para ela, vejo um lampejo de dor, saudade e felicidade.

Será que eles se conhecem...?

O mesmo sorri contido e anda até nos, a aperto firme sobre mim e a mesma me olha estranho.

— Você deve ser a Summer, não? Klaus não parava de falar sobre você e o quanto estava atiçado para reve-la.

Ela se desgruda de mim mas ainda segura minha mão, a olho agradecido. A mesma estende a outra para ele e manda um sorriso gentil.

— Prazer, senhor Mikaelson, sim, pelo que eu sei esse é meu nome...– ela fala baixo e irônica.

Sorrio, essa é a minha garota.

Espera, não, ela não é minha, eu... acho, mas ela é sim minha... A que se foda.

— Nik? Quem é ela? Mais um de seus brinquedos?– olho Rebeka mortalmente e ela sorri para mim.

— Não... Eu não sei que definição de brinquedos você quer dizer, mas não, eu sou uma amiga passageira do "Nik"– ela faz aspas com os dedos no meu nome.– Mas de passageira eu não tenho nada, considero ele meu melhor amigo, então... Sem relações amorosas.– ela finaliza e Rebeka a olha com raiva.

Eu não sei se sou o único a notar, mas minha irmã começa a se transformar e querer avançar, sem hesitar eu corro até ela e quebro seu pescoço, Elijah me manda um olhar acusador.

— Eu disse, love. Só por cima do meu cadáver.– beijo sua bochecha e sua expressão de pavor muda para brava.— Oque!? Ela iria lhe matar.

Ela cruza os braços e começa a bater o pé constantemente no chão, bufo e me sento emburrado no sofá da casa em que estamos.

— Espero que tenha um discurso de desculpas pronto, Niklaus Mikaelson.– ela murmura e eu bufo.

— Por que? Ela é imortal, e ela iria te machucar.– digo e me arrumo melhor sobre o seu olhar penetrante.

Ela me olha e da as costas, começa a andar até a saída e eu corro em V.D.V até ela parando na sua frente a impedindo de ir.

— Ok, você venceu...– ela sorri alegre e eu sorrio de lado.— Mas na próxima eu não me desculpo.

A mesma fecha a cara mas concorda, volta e se senta no sofá mexendo no celular.

Ando até a mesa e pego a garrafa de Bourbon colocando uma dose para mim e para Elijah. Ele me olha surpreso e eu dou de ombros.

— Oque eu não faço pelas amizades...– murmuro e ele nada diz só observa a pequena garota no sofá.

Pequena mas que tem um grande poder sobre mim.

( ... )

“Basta encarar os olhos dela e se perderá.”

Eu fui tolo o suficiente achando que eu era forte para não cair nos seus encantos, oh! Como eu estava enganado, eu não me arrependo de ajudar ela naquela silenciosa noite.

Ao olhar o mar azul transbordando sobre o corpo de sua mãe eu soube oque significava a palavra fraco por que nesse dia eu me senti assim. Eu me senti inútil ao tentar salvar a mulher e falhar, me senti um idiota por seus braços frios pela chuva e tremendo me abraçarem pedirem um silencioso pedido de socorro. E eu lhe atendi prontamente.

Ao olhar ela adormecida na minha cama esse momentos passam como flashes e eu ainda me culpo, mesmo ela dizendo que aquilo não foi minha culpa, mas foi.

Naquela noite eu havia provocado um coven de bruxas e elas queriam vingança, mataram uma inocente para concluir um feitiço que me causaria mais dor do que elas conseguem.

Eu paguei o preço por isso, e ainda pago por tê-la aqui, nos meus braços clamando por socorro a um desconhecido.

Nesse dia eu me vinguei e ela também. Nesse dia, começaram os malditos pesadelos.

Pesadelos em que eu há vejo me abandonado.

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