Capítulo Treze√∆{ Summer e Narradora}

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Sons de choro e risos reverberam sobre o ambiente escuro, cabelos negros voam e uma menina aparece, vestido rosa, pele pálida, olhos azuis e sorriso inocente.

— Summer, assim não vale! Você sempre sabe aonde eu me escondo.– o menino resmunga e cruza os braços.

Ela ri baixo e logo o olha divertida.

— Caio, não importa aonde, eu sempre sei em que lugar procurar.– diz e então, pega na sua mão.— Tá com você!

Ela corre rindo alto enquanto o menino grita seu nome e logo ri, a floresta vibra pela aproximação da garota. A mesma desvia do garoto e entra na floresta, ele a chama mas não tem resposta.

Assustado, ele corre até a casa chamando os pais.

Perdida e agora sem um sorriso no rosto, a menina se encolhe olhando as coisas ao redor. Andando devagar, vira a esquerda, direta e depois reto.

— Caio?– chama mas a única coisa ali são os animais.

As aves param de voar e se alojam nos galhos observando a menina, ela corre e tropeça caindo de barriga para baixo, seus olhos azuis lacrimejam e lágrimas caem de lá.

Se levantando e com machucados nos braços, ela começa a andar na direção que acha ter usado para chegar aonde está. Um choro baixinho de animal chama sua atenção, ela corre até o bicho e vê uma raposa filhote com a pata machucada, os pelos vermelhos e ralos, as orelhas pequenas e fofas.

— Tá machucado...– murmura e se senta perto do animal.— Vou te ajudar!

As mãozinhas dela seguram o corpo do animal que se encolhe com pavor, ela sorri e seus olhos mudam de cor. Roxos com brancos gelo, o animal a observa admirado e lambe os dedos dela causando risos. Suas mãos brilham intensamente cegando todo o lugar, segundos depois esse brilho cessa e a raposa está bem. A pata machucada está normal, os olhinhos estão fechados e a expressão de sono do animal a deixa encantada.

— Está cansada, não é?– sussurra e a coloca no chão.— Cadê a sua mamãe?

Um barulho de galhos chama sua atenção, uma raposa grande sai de lá e pula sobre o corpo da menina, o animal mostra os dentes e quando a morderia, ouve o som do filhote.

A raposa a olha sem expressão e vai até o filhote o cheirando e mordendo a orelha, os barulhos mais parecidos com reclamações a deixam aquietada. A menina se levanta, bate as mãos no vestido e começa a andar para trás, o filhote a olha e pula no chão alegre.

Logo os perde de vista.

Uma borboleta roxa e azul voa na sua frente, ela começa a correr tentando pegar a borboleta, o animal a leva de volta para a trilha sem a mesma desconfiar. Voando mais devagar, para na ponta do nariz da criança que ri baixinho e encantada.

— Linda...– estende as mãos e tenta pegar.

A borboleta voa para cima e some, a menina faz bico e ameaça chorar mas é surpreendida pelo irmãos que a abraça forte.

— Summer!– um homem a chama e sorri aliviado.— Graças a Deus.

— Oque papai?– ela tenta ver a face do homem mas não consegue.— Papai...

O cenário vai mudando, o irmão e pai viram fumaça e são levados pelo venroz a menina cai e logo se torna fumaça também...

( . . . )

— Me deixa, droga!– a mulher ralha e vira a garrafa de bebida.

Uma garota, adolescente, suspira e fecha os olhos passando os dedos lá, como se quisesse amenizar uma dor de cabeça.

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