Sinto algo no bolso vibrar e fecho os olhos gemendo de insatisfação. Os dois conversam e ele pergunta sempre oque aconteceu. A mesma sempre se aquieta.
Pego o celular e vejo o nome de Cairo na tela. Respiro fundo e deixo a ligação cair.
Espero que me perdoe algum dia.
( ... )
Entro dentro de sua casa e não analiso direito, ela sobe as escadas e nos a seguimos, quando entramos nessa rua, já esse lado estava mais movimentado.
- Sinto muito, só tenho um quarto e a cama é de casal, então...- ela encolhe os ombros.
Antes que eu pudesse dizer algo ele foi mais rápido em fazê-lo.- Tudo bem, nós dividimos.
O olho cínica e bufo.- Vai sonhando, ainda não chegamos na parte da relação em que dividimos algo, Luke.- digo e entro no quarto.
Ouço seu riso abafado e sorrio de lado, isso vai dar oque falar.
Alguns minutos depois ele entra e eu me jogo na cama, fito o teto pensativa -sobre meu irmão, lógico-.
- Tudo bem?- ele se senta ao meu lado.
- Sim, é que...- penso e respiro fundo.- Quando eu te encontrei, eu havia deixado uma pessoa importante para trás. E não sei se ele vai, algum dia, me perdoar.
- Se essa pessoa ama você, não importa oque faça, ou diz. Ela sempre, vai te perdoar. Por que é isso que pessoas que amam fazem, ela perdoam.- murmura e deita ao meu lado.- Quem é?
- Meu irmão, minha família. Meus amigos.- respondo e minha garganta se fecha.
Não chora!
Não ouse!
- Vai ficar tudo bem...- ele sussurra e deita minha cabeça em seu peito, fazendo carinho no meu cabelo.
Adormeço.
( ... )
Abro meus olhos e não estou mais no quarto, viro em círculos e tudo esta escuro, frio. Estou no fundo de um lago, tento subir mas algo segura meu pé, chuto, soco, grito. Nada.
NÃO!!
Olho ao redor e sinto a falta de ar chegando, tento segurar mas logo algo força minha boca se abrir e a agua entrar, como se estilhaços descessem e estraçalhassem a mesma.
Eu sinto muito, sinto muito mesmo.
O corpo imóvel do meu pai aparece na minha visão, uma sombra negra está em pé, perto de sua cabeça e olho para cima, como se rezasse.
Meu corpo formiga e sinto uma ardência na barriga, coloco a mão lá e algo quente e viscoso aparece, sangue. O meu sangue.
A tontura me atinge e só vejo escuridão.
Puxo o máximo de ar possível e levanto rápido, respiro ofegante e olho ao meu redor assustada.
Vou me acalmando devagar e passo a mão no rosto, tirando os resquícios de suor.
- Bom dia.- viro minha linha de visão até ele e o vejo com uma toalha da cintura.
Gotinhas caem sobre seu tronco nú e bem marcado, o cabelo úmido e jogado para trás, o rosto envergonhado e vermelho.
Oh, paizinho do céu. Que perdição!
- Eu vou sair daqui, porque eu não vou me responsabilizar pelos meus próximos atos, contra você.- saio da cama e vou para a porta sentindo seu olhar sobre mim.- Ah! Bom dia, gotoso.

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Mais que Droga!
أدب الهواةNinguém nunca me viu realmente, eu sou aquela pessoa insignificante que não tem nenhum papel na vida. Mas isso mudou, Ele me viu, Ele me quiz. Me chamo Summer Di Marco, tenho 18 anos e estou prestes a terminar o colegial, estudo em High School Forks...