Aqui estou eu, no hospital esperando o laudo da morte do meu pai.
Morte. Ela vem e vai sem que vejamos e é tão traiçoeira quanto uma cobra, tão silenciosa quanto um caçador, te ataca e você nem percebe, espreita as esquinas a sua espera e você nunca irá notar.
Por que ela é cruel, ela tira aquilo que te mantem forte e firme no mundo, te tira oque lhe é mais precioso.
Ela me tirou meu bem mais precioso.
Minha família...
Minha liberdade...
Minha sanidade...
Minha vida...
Me tirou tudo...
Como ela quer que não a odiamos quando faz isso? Sinto vontade de pular na frente de um carro e ir junto a eles. Mas então eu paro e penso no meu irmão, ele ficaria só, mesmo que diga que não se importa, eu sei que sim...
- Summer?- ouço uma voz conhecida e cautelosa.
Não me mexo, não quero saber quem é, ou se ele realmente veio.
Sinto a presença de alguém do meu lado e dedos extremamente quentes no meu queixo puxando minha linha de visão para si, vejo olhos azuis cintilantes e uma pele muito pálida, queixo marcante e bochechas fundas mostrando sua magreza.
- Estou aqui agora, meu anjo.- ele sussurra e sinto uma solidão sem explicação se apoderar de mim.- Podemos ir para onde você quiser, oh meu pobre anjo, tão quebrada...- ele murmura e me abraça.
Me deixo cair em seus braços, me deixo esvair ali, eu confio nele, o amo. Ele é meu irmão, entendo que ele não gostava de nossa mãe pois a mesma havia traído nosso pai, nos nunca descobrimos quem era o pai de Caio.
- Por que não vamos para casa?- ele pergunta e eu levanto minha cabeça olhando para a porta branca aonde eu vi levarem o corpo dele.
- Eu quero saber oque o matou.- murmuro e minha voz sai cansada.
Ele não diz mais nada, ele não foi embora igual a antes, ele ficou, aqui, comigo.
O analiso e percebo olheiras fundas em baixos de seus olhos. Eu não havia percebido mais a cor dos mesmos havia mudado, estava mais nebulosa, como uma tempestade.
- Senhorita Di Marco?- ouço chamarem pelo sobrenome do meu pai e levanto minha cabeça.
Um médico qualquer me fita neutro com uma pasta na mão.
Ele a estende a mim e eu o olho desconfiada.- Seu pai me falou para lhe entregar caso algo assim acontecesse.- ele diz e eu a pego trêmula.
Fito a pasta azul como se ela fosse uma bomba prestes a explodir. Ouço uma confusão na recepção e levanto andando a passos decididos até lá.
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Mais que Droga!
FanficNinguém nunca me viu realmente, eu sou aquela pessoa insignificante que não tem nenhum papel na vida. Mas isso mudou, Ele me viu, Ele me quiz. Me chamo Summer Di Marco, tenho 18 anos e estou prestes a terminar o colegial, estudo em High School Forks...