Capítulo Três√∆ { Summer }

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Aqui estou eu, no hospital esperando o laudo da morte do meu pai.

Morte. Ela vem e vai sem que vejamos e é tão traiçoeira quanto uma cobra, tão silenciosa quanto um caçador, te ataca e você nem percebe, espreita as esquinas a sua espera e você nunca irá notar.

Por que ela é cruel, ela tira aquilo que te mantem forte e firme no mundo, te tira oque lhe é mais precioso.

Ela me tirou meu bem mais precioso.

Minha família...

Minha liberdade...

Minha sanidade...

Minha vida...

Me tirou tudo...

Como ela quer que não a odiamos quando faz isso? Sinto vontade de pular na frente de um carro e ir junto a eles. Mas então eu paro e penso no meu irmão, ele ficaria só, mesmo que diga que não se importa, eu sei que sim...

- Summer?- ouço uma voz conhecida e cautelosa.

Não me mexo, não quero saber quem é, ou se ele realmente veio.

Sinto a presença de alguém do meu lado e dedos extremamente quentes no meu queixo puxando minha linha de visão para si, vejo olhos azuis cintilantes e uma pele muito pálida, queixo marcante e bochechas fundas mostrando sua magreza.

Sinto a presença de alguém do meu lado e dedos extremamente quentes no meu queixo puxando minha linha de visão para si, vejo olhos azuis cintilantes e uma pele muito pálida, queixo marcante e bochechas fundas mostrando sua magreza

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- Estou aqui agora, meu anjo.- ele sussurra e sinto uma solidão sem explicação se apoderar de mim.- Podemos ir para onde você quiser, oh meu pobre anjo, tão quebrada...- ele murmura e me abraça.

Me deixo cair em seus braços, me deixo esvair ali, eu confio nele, o amo. Ele é meu irmão, entendo que ele não gostava de nossa mãe pois a mesma havia traído nosso pai, nos nunca descobrimos quem era o pai de Caio.

- Por que não vamos para casa?- ele pergunta e eu levanto minha cabeça olhando para a porta branca aonde eu vi levarem o corpo dele.

- Eu quero saber oque o matou.- murmuro e minha voz sai cansada.

Ele não diz mais nada, ele não foi embora igual a antes, ele ficou, aqui, comigo.

O analiso e percebo olheiras fundas em baixos de seus olhos. Eu não havia percebido mais a cor dos mesmos havia mudado, estava mais nebulosa, como uma tempestade.

- Senhorita Di Marco?- ouço chamarem pelo sobrenome do meu pai e levanto minha cabeça.

Um médico qualquer me fita neutro com uma pasta na mão.

Ele a estende a mim e eu o olho desconfiada.- Seu pai me falou para lhe entregar caso algo assim acontecesse.- ele diz e eu a pego trêmula.

Fito a pasta azul como se ela fosse uma bomba prestes a explodir. Ouço uma confusão na recepção e levanto andando a passos decididos até lá.

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