Abro meus olhos e pisco atordoada, mexo meus braços e agora eles estão soltos.
— Por que fez isso?– ouço perguntarem e viro meu rosto. Jacob.— Por que se torturar, sem motivo algum?
O olho e vejo sua feição cansada, e parece que ele emagreceu. Noto que o mesmo está com o braço e peito enfaixado. — Oque ouve com você, Jake?– levanto e me sento na cama, minhas costas ardem e eu faço uma careta.
Ele me olha nos olhos e eu fico mais confusa ainda.— Eu me machuquei, nada mais.– ele dá de ombros e se levanta.
Estende a mão para meu rosto e eu não me afasto, sua pele quente manda uma corrente elétrica por todo meu corpo e eu fecho meus olhos para aproveitar melhor essa sensação.— Nunca mais faça isso, sim?– ele murmura e sinto um beijo na minha testa.
Não concordo mas também não nego, ele suspira e anda até a porta, sinto meu corpo entrar em pânico.— Não! Espera...
Ele se vira e eu saio da cama, vou andando lentamente até ele e fico parada na sua frente.
— Eu... Posso tentar.– sussurro e abaixo a cabeça.
Sua mão vai para meu pescoço e eu fico parada, a mesma faz círculos ali e eu me arrepio, ele tira a mão e leva até meu queixo me obrigando a olhar em seus olhos.
— Isso está de bom grado para mim.– ele se aproxima mais e nossas respirações se misturam, o mesmo encosta nossas testas e faz carinho com o polegar na minha bochecha.— Boa sorte com seu irmão.
Fico parada ali, abalada e ele anda até a porta não olha para trás e logo fecha a mesma. Não havia percebido que prendia a respiração até agora, solto o ar preso e passo a mão sobre o peito.
Meu coração está acelerado demais.
Balanço a cabeça para os lados mandando isso para longe, tiro minhas roupas e entro no chuveiro.
A água fria cai sobre meu corpo e eu sorrio fraco, ele fez com que eu não tenha água quente.
Depois de alguns minutos eu saio do box e sigo enrolada na toalha até o closet, pego uma roupa qualquer e vou até a porta.
Fico parada atrás da mesma tomando coragem para descer.
— Vamos lá, a situação não deve estar tão ruim assim, eu acho.– murmuro e abro a porta.
( ... )
— VOCÊ ENDOIDOU SUMMER DI MARCO!?– meu irmão grita e eu fecho meus olhos pela dor de ouvido.— SABE O PAVOR QUE EU TIVE AO TE CHAMAR E VOCÊ NÃO ATENDER?? O PENSAMENTO DE VOCÊ TER...– ele para e respira fundo.
Passa os dedos sobre os olhos e eu me sinto uma bosta por fazer aquilo. Mas eu não me arrependo.
Afinal de contas, a culpa foi minha.
— Eu sinto muito.– me encolho sobre o olhar raivoso dele e logo abaixo a cabeça.— Eu... Precisava daquilo.
Ele murmura algo que não entendo e logo está me abraçando.
— Nunca mais faça isso, ok? Você quase me fez ter um infarto.– respiro fundo e seu cheiro de whisky com morango me faz sorrir.
— Tudo bem.– minha voz sai abafada e eu o sinto me apertar mais.
( ... )
Desço do carro e vejo a mansão Cullen. A mesma está quieta demais.
Ando a passos decididos até lá e bato na porta, me viro e fecho os olhos me sentindo melhor por estar perto da floresta, sorrio.
— Oh. Summer, como você está querida?– a voz de Esme me tira dos desvaneios e me viro.
Sorrio e arrumo uma mecha do cabelo atrás da orelha, amasso uma folha com o pé e dou de ombros.
— Estou bem, senhora Cullen. A Bella está?– ouso perguntar e ela me puxa para dentro.
Escondo minha surpresa e medo por estar na casa novamente.
As lembranças de antes, de quando eu recebi a maldita notícia faz com que meu coração, recém reconstruido pelo meu irmão, queira se partir e virar caquinhos.
— Não, ela saiu com Jacob e ainda não voltou, precisa de algo?– ela continua a me puxar e logo estamos na sala.
Vejo os Cullens pararem oque estava fazendo e me olharem surpresos e alguns felizes. Tipo a Rosalie.
— Não... Eu só vim me despedir mesmo.– mando um olhar meio perdido para ela.
A mesma arregala os olhos e sorri sem graça.— Por que vai se mudar, se me permite saber...– nego com a cabeça e ela me faz sentar no sofá e logo se senta ao meu lado.
— Bom, com tudo oque aconteceu, eu decidi que esse não é meu lugar. Preciso achar uma pessoa, e ela irá me dar respostas.– ela assente e logo segura minha mão, ignoro a sua dureza e frieza.
— Estamos aqui para oque precisar, tudo bem?– concordo e sinto meu celular vibrar.
O pego e abro as mensagens logo arregalando os olhos.
· Estarei lhe esperando em New Orleans, love.
Ass: O irmão mais bonito.Sufoco um riso e logo percebo que todos me olham em dúvida.
— Ahn, eu tenho que ir... Diga a bella que eu sinto muito.– me levanto e ela de levanta também.— Pode deixar, senhora Cullen, eu conheço a saída.
Ela sorri acolhedora e logo sinto seus braços frios circularem meu corpo.
Fico parada por alguns minutos mas logo retribui, –sem jeito– mas retribuo.
— Precisa de carona?— Rosalie me pergunta assim que sua mãe me solta.
— Não, não precisa, eu gosto de andar pela mata.– digo como se fosse algo normal.
— Você tem certeza, mesmo Summer?– ouço uma voz rouca e masculina com um pouco de preocupação e me viro vendo Edward ao lado de Carlisle.
Sorrio na direção de Edward e assinto.— Sim, Edward, eu tenho certeza.– bato minhas mãos na minha calça jeans e sorrio amargurada e meio sem graça para todos.— Tenham um bom dia, e me desculpa por qualquer problema.
Eles negam e me dão tchau, Jasper se propõe a me seguir até a porta e ao sair ele se vira e eu agarro seu braço.
— Nunca mais... – ele me olha assustado e eu aperto seu braço.— Nunca mais faça seja lá oque for que você fez.– ele fica sério e avança.— Acredite, eu não sou sonsa igual a Bella, sei que vocês têm algo de errado e não os julgo, até eu tenho segredos, eu os respeito. E muito.– o largo e vejo seu braço trincado voltar ao normal.
Faço uma careta e olho para minha mão em dúvida, olho para seus olhos e ele está assustado, dou de ombros e sorrio.— Não pergunte, nem eu mesma sei.
Saio andando sem esperar por uma resposta e monto na minha moto, a ligo e ponho o capacete e acelero até que eu veja a placa de forks, passo por ela e logo ouço uivos atrás de outros, olho para trás e sinto como se eu estivesse caindo em um abismo, meu irmão não me deixou.
Eu que lhe deixei...
Ele está melhor sem mim...
Está melhor sem uma pessoa que constantemente atrai a morte...
Eu o amo, nunca me perdoaria de algo acontecer com a última pessoa da minha família.
Mesmo que isso custe minha felicidade.
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Mais que Droga!
FanfictionNinguém nunca me viu realmente, eu sou aquela pessoa insignificante que não tem nenhum papel na vida. Mas isso mudou, Ele me viu, Ele me quiz. Me chamo Summer Di Marco, tenho 18 anos e estou prestes a terminar o colegial, estudo em High School Forks...