Amar você (Pausada)

Capítulo 4

Pov Yasmin

- Por favor senhor Santos me de mais uma semana.- Respiro fundo segurando as lágrimas.

- Não dá mais Yasmin, são seis meses de atraso.- Fala o Homem me olhando com pena.- Você tem uma semana para tirar suas coisas e se mudar.

- Mas...- Uma lágrima escorre.- Tudo bem, vou dar um jeito.- Ele faz um aceno com a cabeça e sai pela porta.

Me jogo no sofá e deixo as lágrimas caírem, estava desesperada, não.tinha mais o que fazer, desde a morte de minha mãe as coisas só pioraram.

Minha vida saiu dos trilhos quando meu pai falesceu a dois anos nos deixando dívidas absurdas que não faziamos idéia que existiam e com isso perdemos nossa casa, carro, todos os nossos bens e com tudo isso minha mãe entrou em uma depressão que a levou ao alcoolismo.

Fiz tudo que pude para ajuda-lá, mas ela não queria ajuda, da mesma forma foi inconsequente como meu pai, para beber dona Vivian fazia de tudo, vendia nossas poucas coisas, me roubava, só coisas desgradantes, até que um dia ela foi diagnosticada com um câncer no fígado. Não tinhamos plano de saúde e assim fui fazendo dívidas e mais dívidas para salva-lá e a três meses atrás ela falesceu e eu fiquei sozinha no mundo.

- O que eu vou fazer?- Passei a mão no rosto desesperada.

Respirei fundo, precisava trabalhar, dar aula a única coisa que ainda me fazia feliz nesse mundo.

Conseguir cursar Português/Inglês meu sonho antes de todo o caus se instalar, sempre quis ser professora e sempre tive facilidade com línguas, aprendi a falar Inglês muito nova e nunca mais parei de aprender.

Passei a mão no rosto limpando as lágrimas, peguei minha bolsa e sai de casa indo até o ponto de ônibus.

Não demorei a chegar a instituição indo direto para minha sala evitando conversas sobre o assunto do momento " O belo sheik."

Ao menos o vi e não liguei para isso, sei que esteve na ONG a alguns dias e todas as professoras, cuidadoras ficaram loucas por sua beleza majestosa.

A última coisa que estou pensando neste momento é em homem, em vida social, qualquer coisa desse tipo, ainda mais em um homem que nunca me olharia, minhas preocupações são outras.

Pego um pano e passo em minha mesa, não custava ajudar a moça da limpeza. Sento-me e fico a espera do horário da primeira turma.

- Yasmin.- Gabriele entra em minha sala com um sorriso aberto.

- Oi.- Falo sem animo.

- Que cara é essa garota? Vamos animar.- Puxa uma cadeira e se senta ao meu lado.

- Não tenho motivos para isso.- Suspiro.- Estou sendo despejada.