Octagon.

Diana.

Diana ouviu um pequeno murmúrio na sala e desceu correndo para ver o que era.

- Você não vai acreditar pai, era enorme, eu que o derrotei! - Destres estava empolgada, feliz por conseguir usar seus poderes.

- Filha você está indo longe demais, não há dragões em Octagon - Camillus estava sentado sobre a lareira, olhando as brasas. Recusou a ideia de Destres de tal forma que lhe deixara chateada

- Mas pai, estou lhe falando a verdade - ela recuou.

- Já chega, não precisa ficar saindo por aí inventando historinhas - ele levantou irritado - Não há dragões em Octagon!

- Meu senhor, a criança tem razão, eu vi tudo, não é mentira dela - Jorge tentou defendê la, assistindo a grosseria de Camillus.

- Jorge já está tarde, pode ir embora - Camillus ordenou.

- Não expulse meu ami... - Destres foi interrompida com o empurrão da irmã que saia em disparada em direção ao pai.

- Filha!! - exclamou Camillus - como está? O que fez o dia todo? Será que... - Destres deixou os dois na sala acompanhando Jorge até o portão.

- Absolutamente nada, o dia está tão chato pai - ela olhou para ele e depois para o fogo - Quem era aquele rapaz?

- Amigo de Hadassah, veio de Froid - respondeu Camllus voltando a se sentar - Que bom que apareceu, preciso falar com você.

- Ótimo, pode falar - disse a menina.

- Vamos até Dália - Camillus se levantou e foi até o jardim com Diana. Ouviu sua filha voltar enquanto estavam no salão.

- Destres, estamos indo ao jardim. Você vem? - de lá debaixo, Diana gritava para que sua irmã pudesse lhe ouvir. Destres ignorou e foi direto ao seus aposentos.

- Ela não está em um bom dia hoje - disse Camillus.

- Ela nunca está em um bom dia - diana retrucou e gargalhou em seguida.

Eles entraram no jardim, grande e bonito.

- Você é muito importante para Octagon, assim como Destres também é, só que, tem uma diferença entre vocês duas - Camillus começou a falar, porém hesitou.

- Achei que éramos iguais - disse ela.

- Sim, claro, iguais, mas... - Camillus sentou - Vamos, sente se comigo - ela se sentou.

- Continue - disse sua filha sem paciência.

- Sua irmã é muito forte, temo que ela...

- Pai, não estou te entendendo - estreitou os olhos.

- Se for preciso usar seus poderes contra sua irmã, não hesite - disse de uma vez, sem conseguir respirar.

- Mas que loucura é essa pai, eu...

- Prometa a seu pai Diana, que não irá pensar duas vezes! - Camillus apelou segurando a mão de sua filha levemente.

Diana ficou quieta, olhando para frente. Que tipo de assunto seria aquele? Atacar a própria irmã? Seu pai estava ficando louco.

O dia amanheceu em Octagon, Diana acordou.Camillus estava falando com Jorge no portão, foi até a janela e viu seu pai voltando para o castelo. Camillus subiu as escadas para chegar no quarto de Diana, ela deitou rapidamente e fingiu que estava dormindo. Ele se aproximou dela e deu um beijo na sua testa.

- O riacho de Neya é legal? - perguntou a menina - Eu a ouvi falando que iria até lá com Jorge - se explicou.

- Não muito - respondeu - Apenas água e pedras, nada demais - Camillus ouviu ruídos vindos de fora. O ruído aumentou até Camillus ouvir perfeitamente o bater de botas no chão, ele olhou para fora e viu os camponeses chamando pelo seu nome. Estavam berrando em desespero.

- Mas o que está acontecendo pai? - Diana se levantou rapidamente. Camillus não deu explicações. Saiu em disparada até o portão.

- Graças, graças - disse o camponês afobado.

- Se acalme - pediu Camillus.

- Senhor perdão por estar lhe incomodando - disse outro.

- Eu o vi...

- Quem você viu? - perguntou Camillus impaciente.

- O dragão senhor, enorme, enorme! - o camponês respondeu apavorado.

- Voltei para suas casas - Camillus orientou - Eu cuidarei disso.

Eles voltaram. Camillus estava pasmo. Um dragão?

- E não é que...- Camillus disse - Destres tinha razão.