O Poder Do Amor - Obcecada pelo chefe

Capítulo XX

O jantar começou bem, com um cardápio maravilhoso.
Tivemos uma salada tropical na entrada, o prato principal foi lagarto recheado com quatro queijos ao molho de vinho tinto, acompanhado de arroz negro e mousse de chocolate suíço na sobremesa. No começo achei que nada combinaria, mas foi tudo muito bom.
Frank e Eduardo conversavam animadamente durante o jantar e deixavam o ambiente muito mais alegre. Bruno e Elisa se olhavam com carinho e por diversas vezes vi a mão de Bruno sobre a dela em cima da mesa.
Ricardo serviu um vinho tinto argentino para degustarmos durante a refeição.
- Adoro ver você bebendo vinho - Ricardo disse em meu ouvido.
- Você adora? Claro que adora, sabe que isso vai render para você - disse em seu ouvido sorrindo.
- Meu Deus, estes dois só ficam de segredinhos - disse Frank ao nos observar.
Ricardo e eu chegamos a gargalhar.
- Deixe eles Frank, só estão felizes - retrucou Eduardo que sorria apertando a mão de Frank.
- Mudando de assunto, eu encontrei uma casa aqui no condomínio para você comprar, Elisa - disse Ricardo.
- Nossa que ótimo! Ricardo nem preciso ver, pode por favor, fazer todos os trâmites? - perguntou Elisa.
- Amanhã mesmo vou resolver isso - respondeu Ricardo.
Elisa tinha recebido sua herança e deixado tudo para que Ricardo tomasse conta, investindo em imóveis.
- Precisamos contratar alguns seguranças, não sabemos do que Carlos pode ser capaz - disse Ricardo.
- Eu faço questão de proteger Elisa - respondeu Bruno.
- Pelo jeito vocês se gostam, porque não se assumem de uma vez, agora você está livre Elisa, se dê a oportunidade - disse olhando para eles que sorriam entre si.
- Eu já disse isso para Bruno, mas ele insiste em dizer que não quer ninguém pensando que ele é oportunista - respondeu Elisa.
- Desculpe Bruno, mas acho isso machismo. Você nem sabia da herança de Elisa quando o contratamos para vigiar Carlos, só veio saber disso durante o processo de divórcio e já tratava Elisa com carinho desde que a viu pela primeira vez - falei tentando persuadi-lo a não se apegar a teorias machistas.
- Só não quero que alguém pense que estou com ela por dinheiro, Ju - Bruno disse se ajeitando na cadeira.
- O que importa é o que nós pensamos e não o resto do mundo, já que somos amigos de vocês. Nós sabemos o quanto os seus sentimentos e o seu carinho por Elisa é verdadeiro, Bruno - Ricardo fez questão de dar sua opinião.
- Eu até aceito isso, mas não quero ficar por ficar, quero conquistá-la todos os dias. Eu sei o quanto ela sofreu e se chegarmos a casar, faço questão que seja com separação total de bens - Bruno falava olhando para Elisa com o semblante sério, nos deixando surpresos com suas palavras. Sabíamos o quanto ele gostava dela, mesmo antes de saber que viria a ser milionária.
- Então está decidido. Ricardo, compre a casa e Bruno se muda comigo o mais rápido possível, vou me sentir mais segura com ele ao meu lado. Quanto ao casamento, se der certo nossa convivência, a gente casa da maneira que está propondo, Bruno - Elisa disse decidida.
Bruno sorriu como um menino que acaba de ganhar um presente de natal esperado o ano todo, e isso nos fez fechar a noite com chave de ouro.
A semana passou e ajudei Elisa a comprar os móveis e a decorar sua nova casa.
Ela me confidenciava seu amor por Bruno, que tinha nascido de tanto carinho recebido dele no momento que ela mais precisava.
Duas semanas depois estávamos tomando um banho de piscina e inaugurando a casa de Elisa e Bruno, que já estavam muito amorosos um com o outro; Ricardo e Bruno ficaram muito amigos e isso fez com que nos uníssemos ainda mais.
Elisa e eu colocávamos saladas na mesa da área de lazer e vi Ricardo exaltado ao telefone, resolvi me aproximar sem que ele percebesse e acabei ouvindo.
- Mãe, não estou em casa - Ricardo disse ao telefone.
Cheguei a fazer careta de pensar naquela mulher horrenda nos visitando.
- Estou na casa de uns amigos, quando vier nos visitar, avise antes - falou sem paciência e continuou - A Juliana já está morando comigo e não quero saber o que você pensa ou não a respeito disso, entendeu? - explodiu desligando.
Aproximei-me mais e o abracei por trás.
- Calma, amor. Não deixe que sua mãe nos tire a paz e a alegria que estamos vivendo hoje.
- Minha mãe consegue me irritar com estes comentários preconceituosos dela - disse se virando.
- Eu sei, mas isso não deve nos irritar, deixe para lá, somos superiores a isso. Vou me casar com você e não com ela, o que sua mãe diz ou não é problema dela - falei acariciando seu rosto.
- Você está certa. Vamos chamar o pessoal para comer, acabei de cortar a carne - disse pegando meu rosto com as mãos e me beijando.
Voltamos para perto de Elisa e Bruno que se beijavam ao lado da mesa.
- Frank, Eduardo, venham. A carne está pronta - gritei chamando atenção dos meninos que estavam na piscina.
Sentamo-nos, comemos e curtimos a tarde toda. A noite chegou e Eduardo nos convidou para sair.
- Gente, o que acham de esticarmos a noite e sairmos para beber algo? - perguntou Eduardo.
- Eu topo - disse Elisa abraçando Bruno, que concordou com a cabeça.
- Acho uma ótima ideia - respondi.
- Não falo nada, quem manda é minha mulher, se ela quiser eu vou - disse Ricardo fazendo todos cair na risada.
- Então façamos o seguinte, vamos nos arrumar e nos encontraremos às nove horas no barzinho de sempre, já vou ligar para a Lisandra e pedir que ela reserve uma mesa para gente - Eduardo disse se levantando.
Despedimo-nos de Elisa, agradecendo o dia e fomos para casa.
Ricardo e eu tomamos banho juntos e demoramos quase uma hora no banheiro, nos curtindo.
Trocamos de roupa e Ricardo, sentado ao meu lado, ligou para um táxi.
Depois que desligou me olhou e levantou a sobrancelha.
- O que foi? - perguntei sorrindo.
- Você está linda! - disse com os olhos brilhando.
- Eu sei, você diz isso todo dia - respondi piscando.
- Você está ficando muito ousada, menina - Ricardo falou pegando em minha nuca.
- Ah! - gemi ao sentir seu puxão e me excitando.
- Não faz isso Ju, ou eu acabo desistindo de sair - brincou sussurrando em meu ouvido.
- Não vem com essa mocinho, liga para o Bruno e diga que o táxi está chegando, avise que daqui a pouco os buscamos - falei dando um tapinha no peito dele.
- Sim senhora - Ricardo brincou batendo continência.
- Bobo - respondi sorrindo.
Alguns minutos depois o táxi chegou e fomos pegar Bruno e Elisa, nos encontrando com Frank e Eduardo que nos aguardavam no lugar marcado.
A noite seria maravilhosa, bom, pelo menos era o que eu achava.